sexta-feira, abril 01, 2011

Agora do Rio...

Me deu uma saudade de escrever aqui...
Agora trarei minhas experiências novas aqui do Rio de Janeiro.
Deixa só chegar meu laptop do conserto que todos os dias terei o maior prazer em contar algumas pérolas que só acontecem comigo...

domingo, julho 04, 2010

Vale a pena?

Preciso reclamar um pouco da vida, só pra variar. Então se você procura algum toque de humor pule este post, pois neste momento estou com cara de pouquíssimos amigos, com fome, cansado e num mau humor homérico.

Depois de uma sexta-feira light com direito a assistir a um ataque de loucura no Frango no Cesto (que contarei depois) e um sábado mais que agradável com minha adorável Laura, meu grande amigo Matheus e a sempre amada Lunara – sem esquecer a companhia agradabilíssima da Délia – acordei no domingo num ótimo humor. Sentimento de família feliz no coração.
Mas foi só descobrir que minha mãe me passou a perna, mais uma vez, que todo o El Niño interno adormecido em mim acordou. Ouvi que eu parecia o El Niño de uma pessoa que foi, há tempos atrás, muito importante pra mim. Mudo de humor numa questão de segundos. Tenho plena certeza que não tenho nenhum distúrbio, TOC, DAD, Bipolaridade e nada disso. O que desencadeia toda a minha irritabilidade é me fazer de trouxa, dizer coisas que eu não disse ou mandar em mim sem razão.

Como alguns devem saber, minha avó faleceu há alguns dias e agora vem a parte mais complicada que é tentar evitar que minha mega consumista mãe não torre o pouco que ela nos deixou em dezenas de potes de margarina, potes de plástico, muda de planta ou inúmeras comidas que irão, com certeza, apodrecer na geladeira. Apesar do testamento deixar claro que tudo o que nos foi deixado deverá ser dividido entre minha mãe, eu e meu irmão, na primeira oportunidade minha mãe já se apropriou de parte do dinheiro.
Importante registrar que não se trata do dinheiro em si, pois não sou uma pessoa que, ao contrário da minha mãe, enlouquece por ele. Trata-se de confiança, de caráter, de pensar nos outros e principalmente jogar limpo desde o começo. Sou mega honesto e jamais passaria um dos dois para trás, mas infelizmente não se pode dizer o mesmo da outra parte. Pior foi descobrir por terceiros e ficar com a cara de babaca. Bastou para que eu não trocasse uma palavra durante o dia todo. Pra não dizer que não falei nada, fui curto e grosso: espera sentada uma assinatura minha pra liberar o resto. SENTADA.

Ontem eu estava comentando que estou cansado de ser o fio terra da minha família e hoje confirmo o que eu tuitei estes dias: é difícil ser eu. Sou incapaz de passar alguém pra trás, extremamente maleável e de fácil convivência, prezo pelo bem de todos e sou amigo pra todas as horas. Com o tempo, começo a me perguntar se isso realmente vale a pena.

Vale a pena levar patada atrás de patada no trabalho e não dizer todas as verdades que guardo secamente dentro de mim pra não magoar as pessoas? Vale a pena me deslocar de onde eu estiver e a qualquer hora pra levar alguém ao médico só porque nunca aprenderam a guardar míseros R$ 50 pra pegar um táxi? Ou perder minhas preciosas horas de sono enchendo a cara de cerveja num boteco para ouvir os problemas alheios e tentar ajudar a pessoa? Sem contar, é claro, pagar a conta, a viagem, os táxis, sem receber nunca de volta? Perdoar todas as traições do meu pai e ainda ser um exemplo de educação e carinho com a mulher com a qual ele traiu minha mãe por 20 anos? Ou escutar minha mãe gemer de dor – ok, às vezes sentindo algo mesmo – os 32 anos da minha vida? Repetir 347 mil vezes a mesma coisa pro meu irmão e ter plena certeza que ele não vai fazer o que eu digo e se fuder? E tudo isso sem quase nunca ouvir a simples frase: tá tudo bem contigo?

Para estas pessoas eu não sofro por amor, não tenho (sérios) problemas financeiros, não tenho trancos e barrancos no trabalho, não tenho absolutamente nenhum problema. Não corro risco de ter cirrose e morrer de câncer aos 50 anos, de ter uma crise de stress ou dar uma patada tão grande capaz de mandar na hora a pessoa pastar no Uzbequistão.

Pois caso ainda não saibam, sim, sou capaz de tudo acima e muito mais. É só me deixar no estágio que estou hoje. Nem a caminhada de 1h30 da tarde, vendo uma coisa lindíssima na pista e ouvindo as músicas que estava horas pra baixar, me curaram. Então, graças à insistência da amiga Laura e ligação posterior da dupla de super amigas Rê & Raca, vou pro samba agora, tomar uma cerveja e ver gente interessante.

Prometo não morder. Assim espero.

sexta-feira, junho 25, 2010

É foda...

Cof, cof, cof ...
Se este blog fosse uma edição impressa seria, com certeza, um encontro de ácaros que fariam a festa no monte de pó incrustado.
A equação falta de tempo + falta de paciência + falta de inspiração + twitter = blog desatualizado resume o tempo que não passo por aqui.
Mas, numa sexta-feira chuvosa de inverno, entre comer uma torrada vendo TV e decidindo entre abrir um vinho ou tomar um suco, cá estou para postar um resumo dos últimos tempos.
E bem do meu jeito será feito por tópicos, sem ordem cronológica nenhuma e, hoje, provavelmente sem nenhum toque de humor.

Adeus ao momento elefante: depois de 3 meses de ortomolecular e 20kg a menos pude, finalmente, voltar a usar minhas calças 42. E com cinto! E com isso - já era hora - voltar a comer alguém(s)...

A repartição: como nem tudo na vida são flores, a vida na repartição não andou das melhores nos últimos meses. Durante a produção da ativação do nosso cliente, cheguei a nível 9.8 (de zero a 10) de paciência ouvindo o que não precisava, trabalhando 21h seguidas por dia, me alimentando de barra de cereais e sem absolutamente nenhuma gota de álcool neste corpo. Nos meses seguintes, nada de férias ou aumento, computador melhor ou lâmpada no banheiro. Só um festival de patadas e ataques histéricos como se aquilo fosse a sede da Otan sendo atacada pelo Irã, diariamente. Ameacei pedir as contas, mas me lembrei da fatura do cartão. Então falido - ortomelecular é caro -cansado, estava na hora de estar ou ter, fodido...

Mi Buenos Aires querido: fui pela terceira vez para Buenos e decidi comer além de alfajores e panchos. Em 4 dias peguei mais do que nos 2 últimos anos em Porto Alegre. Descobri o verdadeiro charme e força portenha. Santa Evita, deve ter algo no dulce de leche de lá. Não é a toa aquele monstro obelisco no meio da cidade. Tudo faz sentido. Por via das dúvidas, trouxe 7 potes de doce de leite...

Domingo, quero te encontrar: meus finais de domingo estão sendo tão divertidos que abro mão do sábado a noite. Ir ao samba na comunidade, a nossa "portelinha", superou as expectativas. O que não tem de gente bonita e interessante nas minhas noites de sexta, tem no Odomodê. Eu pegaria metade das pessoas, mas como ainda não tocaram Vogue na versão samba de raiz fico, então, na companhia maravilhosa dos meus amigos queridos...

Aqui "Jaz" Bar: o aquece pro Ocidente começa no barzinho da Vasco onde eu e meu querido amigo Matheus encontramos parte do nosso passado algumas vezes. Foi muito legal encontrar 2 pessoas que foram importantes pra mim há 14 e 12 anos atrás e ver que ainda me querem bem. Nunca fomos amigos, apenas fomos sexualmente compatíveis. E como. Mas como não da para viver no passado, continuo sonhando com a criatura do departamento ao lado do meu. Já ofereci me converter ao judaísmo e fazer circuncisão. Mas acho que aquele corpo eu pego só depois de morrer e nascer de novo. Mas eu casaria na hora que me quisesse...

Até que a morte nos separe: quando eu era criança achava estranho o porquê eu tinha 3 avós e todo mundo 2. Hoje não tenho nenhuma e ficou aquele vazio dentro de mim que me faz pensar que eu podia ter tido mais momentos legais com as minhas últimas 2 vós a morrer. Nenhuma das duas me deu aquele amor incondicional que só as vós sabem dar. Aquele doce na geladeira, aquele cachorro quente, aquela história antes de dormir. Mas cada uma ao seu jeito me amou. Pena que na maioria das vezes, eu sou quem tinha que provocar isso. Ver o enterro da minha vó, o som das pás, a marcha fúnebre, o cemitério decadente do interior, me deu um vazio enorme e me fez rever alguns conceitos na vida. Me lembrei da minha amada vó Dora, a primeira a ir embora, que me amou o suficiente para suprir o amor que, talvez, não tenha sido bem demonstrado pela outras duas. Esta sempre disse que eu sabia viver. Sorte de quem teve a minha vó como amiga...

Kikito de gesso: amigo que é amigo se fode todo pra ajudar o outro. Para ficar mais pertinho da minha amiga Juli que passou férias no Brasil aceitei o convite para fazer figuração no longa que ela estava produzindo. Cena de assalto a banco e eu era um dos reféns. Precisava fugir do assalto, me jogar no chão e fazer cara de espanto. Fiz uma, duas vezes e cai em cima do ombro, me estourando todo. Mas, bem profissional, repeti a cena mais 23 vezes com uma dor incontrolável. Para tentar poupar o ombro, forcei os joelhos e isso me causou hematomas enormes e o fim das minhas caminhadas diárias que tanto me ajudaram a emagrecer. E com o inverno chegando, cheio de dor, as idas ao boteco aumentaram e jantar ficou mais frequente. Não quero esta vida pra mim novamente. Chega de cerveja todos os dias ou alimentação ruim. Não pretendo nunca mais encontrar o tais 20kg de lá de cima, nunca mais. Já encontrei 2kg em 2 meses, mas assim que o tempo melhorar e eu puder ir pra academia, vou me puxar como um louco para manter tudo como já foi há tempos atrás...

A fila anda: 2009/2010 estão sendo os anos em que mais conheci e redescobri (verdadeiros) amigos. Da repartição ao boteco da esquina tive o prazer de conviver com gente muito legal. Alguns eu amo tanto que não me consigo ver vivendo sem. Meus amores da suíte 1000 que nunca saíram ou sairão da minha vida, minhas ex colegas de repartição, meus assistentes, meus colegas, meus amigos de infância, de bar - de muito além bar. Me fazem rir, me fazem chorar. Não me deixam em nenhum momento, de viagem a velório, sempre lá. Há claro, sempre alguém que mostra quem é, cedo ou tarde, mas mostra. E, como dizem os outros amigos, quem não é visto não é lembrado. E aos poucos a fila anda e quem não sabe brincar, que não desça pro play.

Vou beber meu vinho chileno, ver merda na TV pesquisar por passagens aéreas baratas.
Falar em Buenos + foda + loucura me deu uma louca vontade de comer comida nativa.
E não tô falando de parrilla ou empanadas.
E esta chuva que não passa, vinho, inverno, endredon ... é foda, é foda. Ou não.

quarta-feira, março 24, 2010

3 porquinhos no Rio...

Friozinho chegando em Porto Alegre, graças a São Pedro que já estava ameaçado de (re)morte por mim e pela galera que simplesmente odeia o calor desta cidade.

Duas semanas atrás eu quase derreti no Rio de Janeiro, mas no Rio eu derreto, suo, pingo, viro um nojo sem o menor problema. Sexta vez na cidade, sexta vez que me apaixono. Desta vez a viagem foi mais que especial: fomos, eu e Raca, levar a amiga Rê para passear depois que um certo alguém sem noção a dispensou.

Aproveitei para fazer os pontos turísticos que nunca tinha feito. Fora a beleza absurda, o que me chamou mais a atenção foi o despreparo da cidade e das pessoas para com os turistas que não falam português. Raríssimas - ou nenhuma - placas com informações em inglês nos principais pontos turísticos, filas diferenciadas para turistas e moradores que, apesar de valorizar o carioca, deixa centenas de turistas que têm poucos dias na cidade horas a fio para pegar o bondinho, por exemplo.

Taxistas, porteiros, garçons... ninguém falando inglês. Fiquei imaginando o fiasco que será na Copa e Olimpíadas. E nas oportunidades para aqueles com visão, que podem tirar uma boa grana fazendo o MÍNIMO que uma cidade como o Rio tem que fazer: receber bem e com qualidade aqueles que fazem girar muita grana lá.

A viagem foi ótima, muito boa mesmo. Amigas incríveis, 100% de cumplicidade nos programas, muito chopp, muita gente linda, muito chute na dieta. Amiga com medo de voar, amiga com medo de subir no bonde, os 3 na praia sem vergonha (odeio Atlântida), ligação pra amiga Leti... ai, ai, ai.

Falta muito pro carnaval?

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Carnaval 2011...

Carnaval e eu em Porto Alegre, bem feliz em poder dormir até mais tarde, churras na casa dos amigos, cinema e principalmente por não estar fazendo o calor desumano que fazia nesta cidade.

Mas, ano que vem, prometo estar no Rio de Janeiro nesta época, desfilando uma noite e fubanguiando as demais nos blocos de rua. E para isso já comecei a primeira parte do plano no dia 4 de janeiro, quando resolvi criar vergonha na cara e encarar uma dieta com médico. Optei pela medicina ortomolecular que, por muitos anos e depois de ler várias coisas, me parecia a saída pra aqueles que querem entrar em forma sem muito sacrifício físico, mas financeiro.

Fui indicado para uma médica que, entre fama de milagreira e caríssima, transformou uma colega em um ser magro e elegante. Fui lá. Abri a carteira e o coração e, em 36 dias já tinha secado 13kg sem o mínimo esforço, sem aquela cobrança de nutricionistas loucas e - principalmente - sem as boletas que te deixam magro, mas louco, cardíaco e ligadíssimo. Diga não a sibutramina!

Não vou explicar a dieta aqui, mas fica a dica: quer fazer algo sério, com profissional competente e fazendo valer o investimento? Pergunte-me como!

Ainda faltam alguns quilinhos, uns 3 meses pela frente para sair de lá o Luigi Baricelli depois de ter entrado igual ao André Marques (sim, tô vendo o Vídeo Show neste momento), mas já estou tão feliz que já valeu tudo.

Em Março começo academia e mais algum outro esporte light (ou gay) como patinação ou polo aquático, quem sabe?

Já em Maio, com corpo e mente em dia, um pulinho em Buenos Aires para compras, cafés, bons vinhos e gente bonita como aquecimento para a temporada maior que quero (e vou) passar lá em setembro. Um mês aprendendo a língua portenha: na teoria e na prática! Mais uma vez desisti de tentar um visto pros EUA e finalmente conhecer NY. Além da grana, não tenho mais saco pra implorar na embaixada norte-americana para poder gastar meus dólares na país deles. Adoraria que todos os turistas do mundo resolvessem ir para a Turquia e nunca mais gastassem um centavo na terra do Tio Sam.

E em dois toques já será verão novamente, trabalhos na praia, Planeta Atlântida, correria e - por bem ou por mal - carnaval no Rio 2011. Se meu pai, aos 62 anos desfilou ontem na Salgueiro (mesmo eu achando que ele se enganou e era Viradouro), não posso mais ter desculpa para não ir. Sungas na mala e vam'bora curtir o carnaval antes que o mundo acabe em 2012 (#larissa martins feelings).

E como há males que vem pra bem, minha relação com o álcool, antes tão saborosa e quase diária, transformou-se num mero happy uma vez por semana, sempre seguido de uma ressaca horrível com míseros chopps.

Antes eu acordava de ressaca 5 vezes por semana. Hoje, 4 vezes ao mês. Economizo, não me estrago, não engordo e continuo indo aos mesmo bares com todos meus amigos bebuns, mas muito, muito mais feliz acordando sem me sentir um looser.

Agora, minha tarefa mais árdua: cancelar a assinatura do Catho e ligar para Claro para entender o meu celular não existe para o meu telefone de casa e outros clientes Oi. Não tem remédio pra tudo!

sexta-feira, janeiro 01, 2010

2010...

Completamente relapso com este blog, eu sei.
Falta de tempo, falta de vontade, twitter... coisas que encurtam minha passagem por aqui.
Mas com 2010 ai, queria dizer algumas coisas e, quem sabe, voltar à ativa por aqui.

Só tenho a agradecer a 2009, que apesar de um ano chato, me trouxe novos amigos maravilhosos, mesmo emprego, mas ainda mais divertido, saúde pra minha família, meu novo carrinho, meu novo laptop, poucas viagens, mas muito legais: Garopaba, Floripa, Rio, Sampa... lugares de gosto de ir e coisas que gosto de fazer.

Dos amigos antigos, algumas surpresas: gente indo, crises existenciais (não minhas), mas que acabaram me atingindo, visitas dos amigos distantes, a volta da Raca.... muito mais coisas boas do que ruins. Acho que o ano passado foi o ano em que vi meus amigos mais tristes...

Acabei não saindo na virada, fiquei em casa tomando um mísera cerveja (apesar de ter 17 outras no freezer), bem na paz, sem o corriqueiro clima de enterro da minha família nestas datas.

Feliz, feliz pelo meu paizão que vai desfilar no carnaval do Rio. Orgulhoso fiquei.

Planos bons para o ano que chegou. Incluindo uma parada forçada na cerveja... mas por uma boa causa que falarei depois dos primeiros resultados.

Cheio de pensamentos bons e torcendo muito pelos planos dos amigos... Matheus, vai fundo que tu consegue aquele que não suporta a minha cara (nem eu a dele) de volta. Tenho certeza que vocês ainda vão se divertir muito juntos.

Não ganhei na mega da virada... estou exatamente 142 milhões mais pobre neste momento, mas persistente no jogo, já que ganhei míseros R$ 478 na quadra estes dias.

Tenho dois Planetas Atlântida pela frente este ano, trabalhando pra uma marca de cerveja, sem poder ao menos encher a cara no final. Por que não atendo a conta do Ice Tea então?

Já posso fazer uma coleção de Havaianas... todo mundo resolver dar de presente chinelos personalizados estes ano?

Virada de 2010 pra 2011 no Rio, com certeza.

Algum pulo em Buenos Aires e/ou Santiago nos próximos meses.

Muita reza para que o calor de Porto Alegre acabe o mais rápido possível.

E que 2010 venha cheio de coisas boas, que eu tenha toda força necessária para fazer deste ano um ano melhor pra mim e pra que estiver ao meu redor.

Salve Iemanjá!!!

quarta-feira, outubro 28, 2009

... Babaca

Os últimos dias têm sido os que eu menos saco tenho para as coisas.
A cada dia que passa eu venho travando uma batalha entre os sentimentos de mandar todo mundo tomar no cu, de cansar de ser honesto, de cansar de ser bom filho ou o amigo fiel.

No trabalho, uma eterna batalha com meu eu interior: me deixo entrar no sistema onde todo mundo tira proveito de tudo e de todos? Mantenho meus princípios e continuo na minha guerrilha de não passar a perna em ninguém ou vejo poucos ganhando e muitos se fudendo? Vendo o "chão de fábrica" se contentar em poucos elogios ensaiados e migalhas de agrado me faz refletir a cada final de expediente se é isso que eu quero para a minha vida.
Peder cardiologista, dentista e dermato em nomes de reuniões "intransferíveis" que não levam a nada além de um "novo processo" quando ocorrem e se ocorrem não vai me fazer bem.

Será que a cada dia as pessoas perdem um pouquinho da parte lúdica e bonita da vida? Será que o esquema viver pra trabalhar e não trabalhar para viver é a doença do século? #momento babaca 1

Fora das 9h diárias matando um leão atrás do outro, nem mesmo a cervejinha de final de tarde me desce bem. Demoro horas para relaxar e quando me dou conta já está na hora de ir pra casa, me preparar para mais um dia daqueles.

Chego em casa e todo santo dia tenho que pedir, implorar para minha mãe o dinheiro que mensalmente ela ou me deve ou, de um jeito ou de outro, rouba de mim. Seja pegando nas minhas coisas ou me enrolando para pagar todos os meus cartões que ela usa.
É tão difícil alguém entender que se me deve R$ 300,00 em cartão e eu paguei a fatura em dia, não pode me pagar em suaves prestações de R$ 1,50??? Que meus credores não vão aceitar que eu pague as minhas contas do jeito e quando eu quiser? #momento babaca 2

Até o cara do boteco da esquina que eu tenho conta dá uma de esperto cobrando aumento em cima das cerveja consumidas antes dele aumentar de preço. Mais um que acha que eu nasci ontem.
Devo, não nego e pago todo dia 5 minha santa conta, mas se eu consumi uma ceva de absurdos R$ 5,00, não me venha cobrar R$ 5,50 depois. E mesmo assim, eu cansei de ficar com vergonha de cobrar meu troco que, por várias vezes, não veio. #momento babaca 3

E por fim, por mais que a gente se rasgue pelos amigos, converse, se preocupe, chega uma hora em que o saco estoura. Acredito em depressão. Acredito que a vida pode ser uma merda. Acredito em momentos de reclusão. Acredito numa caralhada de coisas, mas acredito acima de tudo que quando se precisa de ajuda, é só aceitando a mão amiga que a coisa pode melhorar. Não atender telefone, não responder email, não dar sinal de vida, pra mim das duas uma: ou não está precisando ou ganhou na mega sena e está bem feliz tomando champagne em Nice. #momento babaca 4

Vou dormir babaca hoje.

segunda-feira, agosto 24, 2009

Eu os declaro ...

Tenho sido um amigo relapso.
Quando o cara marca, eu nunca posso, pois surge alguma coisa de última hora ou eu simplesmente acordo 3h depois do combinado.
E graças a minha operadora "Tim, viver sem fronteiras, viver sem sinal", meu telefone vive desligado.
Mas, o cara sabe mesmo o quanto eu gosto dele e o quanto a amizade dele é importante pra mim.
Pois bem, meses atrás, este cara, meu amigo de longa data, Maurício-agora-casado-Bondan, juntou as escovas de dentes e as pantufas com um guria linda e eu tive o prazer de presenciar o momento tão importante pra vida deles.
E quer saber?
Eles se merecem.
Eu que sou um mega romântico e acredito piamente que existe sempre uma alma gêmea por ai, jamais duvidaria que a Manu é a metade da laranja do meu amigo Mad. A começar pela (falta de) altura, os dois são um dos casais mais lindos que eu já vi se formar, se não, o mais.
Muita química, muita felicidade explícita e um excesso de atenção de dar inveja naqueles que não cultivam amizades tão antigas.
Há muito tempo não me sentia tão bem numa festa, tão bem recebido, tão eu. Mesa com amigos (uns até que eu não sabia o quanto gostavam de mim), muita, mas muita ceva, músicas da nossa época e o frio absurdo da noite de Osório City fecharam a noite com chave de ouro.
Aos meus dois M&Ms só tenho a desejar uma longa e feliz vida a dois.
E que nem a catapora os separe!

Assumo: fiquei de comprar o presente e até hoje nada... mas um dia vem... nem que seja um tip top pro piá que logo deve estar chegando.

Boooo ...

Vim pra São Paulo hoje pela manhã para dar uma força no lançamento da revista aqui.
Apesar de acordar às 4h30 da madrugada não ser, nem de longe, o que mais gostaria de fazer numa segunda-feira, gostei de estar presente neste momento tão bacana que a empresa está passando.
Meu primeiro trabalho hoje foi em uma escola de um bairro nobríssimo da capital paulista, onde me deparei com muita gente com grana e sem um pingo de educação. Sério, a criançada parecia nunca ter visto refrigerante na vida. Por pouco não massacram meus promotores.
No avião da vinda, vim como uma múmia louco para dormir, mas sem conseguir, pois cada vez que eu conseguia pegar no sono, tinha a nítida sensação que ia me mijar nas calças. Tô ficando velho mesmo.
Agora estou num quarto maravilhoso, mas com certeza mal assombrado (uma lata de ceva se mexeu sozinha, a tela do telefone mil e uma funções se acendeu sozinha...) e graças a uma janta que não saiu como eu imaginava, cá estou tomando Bohemias compradas no botequim da esquina para não ter que pagar R$ 7,50 cada uma no hotel.
Amanhã, mais escolas, escritório e volta à Porto Alegre, que - milagrosamente - me faz falta hoje. Não a cidade-fim-de-mundo-província alegre, mas minha casa.
Hotel me deixa triste.
Odeio hotel que não se pode abrir a janela.
E que se paga R$ 20,00 para usar a internet!
Vou esvaziar o meu frigobar falsificado.

Amém ...

Eita semaninhas cheias de stress estas últimas duas.
Muito, mas muito trabalho.
E graças à Nossa Senhora Protetora das Úlceras, nada que não se resolvesse com toda a calma do mundo.

Você foi...

A gente vê que está velho quando derrama a primeira lágrima num show do Roberto Carlos.
Pois tive esta experiência na terça passada quando levei minha mãe ao show do Rei...
Ao ouvir os primeiras frases "você foi, o maior dos meus casos, de todos os abraços, o que eu nunca esqueci..." deixei uma lágrima tímida rolar e quando estava quase comprando a faixa de Roberto eu te amo, todas as minhas emoções viraram um vontade incontrolável de tocar as duas amigas da minha mãe arquibancada a baixo.
Nem meus amigos ficam tão chatos bêbados, imagina senhoras de 60 anos gritando SOZINHAS o show inteiro "ah, eu sou gaúcho"?
Nas duas horas da minha noite, briguei com velhas histéricas, mandei algumas se fuderem, raptei uma velha de 157 anos em troca da filha dela sentar e deixar minha mãe assistir o show sentada, como estavam as outras 13 mil pessoas ao redor. Só as bagaceiras em pé, tirando foto e repartindo, entre pessoas desconhecidas, inúmeros copos de cerveja.
Nem a gripe suína parou aquelas leitoas!

quarta-feira, agosto 12, 2009

Vamos passar a sacolinha...

A melhor novela no ar nestes últimos dias está sendo o bate boca entre a Globo e a Record.
Reconheço vários erros da Globo, mas não tem como negar que pelo menos ela mantém uma elegância nas denúncias contra a rival.
Já a tele-igreja-visão está tentando fazer a mesma lavagem cerebral que seus bispos fazem, agora tendo como porta-vozes ex globais como Ana Paula Padrão, Celso Freitas, Britto Jr...
Estar à frente da bancada de um telejornal e dizer que o chefe não rouba dinheiro dos pobres (e bobos) fiéis soa tão mal quando os discursos pró dízimo feitos na mega estrutura montada pela Igreja Universal em mais de 100 países. Imagino o quão sofrível para eles deva ser.
Uma coisa é defender a notícia, outra é apelar em nome de Deus para defender um cara que não consegue esconder a cara de salafrário. Outra é não trazer nenhum prova a seu favor e só acusar a outra de vingança em nome do Ibope.

Numa das poucas vezes que tive faxineira, vi a fundo o poder de persuasão destes bispos. A pobre (literalmente) velhinha de 68 anos, depois de limpar a minha casa, foi para o templo. Vi que ela havia trazido produtos de limpeza da casa dela e perguntei o por que:
- É para limpar a templo.
- A senhora vai limpar de graça e tem que levar produtos da sua casa?
- Sim, o pastor pediu. Deus quer que a gente prove o quanto somos fiéis.

E assim lá se foi a Dona Eva, rumo ao terceiro turno. Dois pagos por mim. O terceiro, o momento onde o dinheiro ganho 8 horas atrás seria todo entregue para comprar seu pedacinho no céu... ou o champanhe do pastor!

Louvável seja a guerra pela audiência, que gera emprego para centenas, milhares de pessoas, nos dá outras opções de entretenimento (nem sempre de bom gosto).
Pecado seja roubar de milhões de fanáticos que juntam seus poucos (ou muitos) reais e dão em nome de um Deus que, por incrível que pareça, só enriquece o bispo todo poderoso!!!

Sem falar que estes fanáticos são chatos pra caralho!

sábado, agosto 01, 2009

It's a Family Affair - Part II ...

Tem vezes nesta vida que eu realmente não entendo o que é prioridade quando se trata em relações familiares.
Minha família não o que se pode chamar de família louca ou desestruturada, mas também fica longe de ser a típica família feliz. Não tenho muito o que reclamar, mas algumas atitudes me fazem pensar mais uma vez em me mandar para qualquer lugar deste mundo.
O tempo que passei em Londres foi o suficiente para chegar a duas conclusões básicas: amo muito eles, mas a convivência jamais será a mesma. Lá aprendi muito mais a viver em harmonia comigo mesmo do que em 30 e poucos anos aqui.
Por mais que eu tente ser o ponto de equilíbrio entre eles, meu saco já não aguenta mais.
É realmente triste gastar meu latim todos os dias e tentar fazer desta casa um "lugar para chamar de meu".
Além de não ter a MÍNIMA privacidade nem no meu quarto, não poder dormir uma manhã de sábado sem ser acordado às 8h da manhã, ser controlado por gastar muito gás ao tomar banho (e levo no máximo 10 min), ainda tenho que escalar a pilha de louça para pegar um copo ou dividir a mesa com quilos de frutas e verduras passadas, milhões de potinhos de todas as formas e incontáveis garrafinhas de Coca pela metade que NUNCA são consumidas até o fim e - evidentemente - nunca são colocadas fora.
Mas hoje tive uma prova que a minha mãe não tem a menor noção de que os atos delas afastam todos que viveram aqui e eu, último morador e sobrevivente desta família, estou indo pelo mesmo caminho.

Meu irmão veio almoçar e como ele não come carne de porco, ia comer o restinho da carne com batata que eu tinha feito ontem. Antes do meu irmão pegar a colher para se servir, eis que minha mãe serve primeiro a cadela com a comida do guri!!!!!!
Na boa, não sei como ele não mandou ela enfiar a comida no cu e foi embora, mas como o guri precisa, tem que engolir à seco.
Eu, por outro lado, vim pro meu quarto e estou "almoçando" chocolates que trouxe de Gramado de raiva. Muita raiva!

Claro que isso é só um pequeno gesto perto de tantos outros, como, por exemplo, a vez que eu tive que dormir numa pocilga em Imbé a trabalho, infestada de mosquitos, teias de aranha e tomar banho num banheiro mais sujo que banheiro de estádio em dia de GreNal - pagando ainda por cima - enquanto meu pai passa 3 meses de verão na casa de praia com piscina com a nova família que ele nunca teve a coragem ou hombridade de assumir.
E como se não fosse o suficiente, ainda tive que ouvir dele ao ir me visitar: “não acredito que tu vai ficar aqui!” Sim, como se meu sonho de vida fosse passar o carnaval em Imbé na colônia de férias das pulgas e carrapatos ao invés de estar numa cama limpa com ventilador, no mínimo!

Depois, quando saio de casa às 8h e volto a meia noite, ninguém entende!

sábado, julho 04, 2009

A, E, I, O, U ...

Voltei no blog pelo menos para ver se me lembrava da senha depois de tantos meses sem dar as caras por aqui.
Queria escrever hoje, mas meu computador quase não funciona de tanto vírus. Meu teclado está lento e as vogais quase não saem.
Esta merda acabou de voltar do conserto e já está com mais vírus que avião vindo do México com conexão em Buenos Aires!!!!!
Esta semana vou tirar o laptop da mochila e escrever decentemente.
E pra ajudar, estou virado em corisa... não é gripe A, mas deve se a E, I, O, U com certeza!!!

terça-feira, abril 14, 2009

Ela merece ir pro tronco...

Inadmissível que no ano de 2009 ainda tenha gente com um mente tão fechada.
Já não bastasse enfiarem goela abaixo que o padrão de beleza é gente esquelética, agora a tosca Glória Coelho (???) larga esta pérola em relação a participação de modelos negras(os) no SPFW:

"Nosso trabalho é arte, algo que tem de dar emoção para o nosso grupo, para as pessoas que se identificam com a gente. (...) Na Fashion Week já tem muito negro costurando, fazendo modelagem, muitos com mãos de ouro, fazendo coisas lindas, tem negros assistentes, vendedoras, por que têm de estar na passarela?".

O que esta imbecil está querendo dizer é que lugar de negro é nos bastidores costurando para nós brancos desfilarmos cheios de galmour!!! Onde o mundo vai parar, meu Deus? Ainda tem gente que pensa que existe diferença entre brancos e negros?

Isabel Filardis, Tais Araújo, Shreon Menezes, Naomi Campbell, Iman, Riahna só para citar poucas negras lindas e famosas, são mais maravilhosas que muita branquela pálida.

Será que este débil mental acha que roupa boa e cara só pode ser usada por brancos?

Fiquei horrorizado com isso.

Fonte: Terra

(http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3701321-EI6581,00-Fillardis+Preconceito+de+estilista+doi+e+da+pena.html)

domingo, janeiro 25, 2009

Cúmulo do olho grande...

Há várias semanas minha mãe andava me cobrando minhas habilidades culinárias. Pediu muitas vezes para que eu fizesse empadas, pois queria presentear uma grande amiga que está passando por alguns problemas de família.
A tal amiga é grande fã dos meus quitutes desde quando passei 3 meses vivendo disso antes de ir à Londres.
Pois bem, neste sábado passei 3 horas do meu dia cozinhando peito de frango, desfia, tempera, põe um requeijão, farinha, ovo... Todos ingredientes na mesa, mãos à massa. Logo que terminei de sovar a massa desconfiei que a manteiga estava mais pra lá do que pra cá.
Mas, antes mesmo de olhar a validade já tinha colocado tudo no forno.
30 minutos depois, experimenta uma e 15 empadas estragadas graças a uma manteiga vencida há 4 anos!
Graças ao consumismo compulsivo da minha mãe - que é doença, todo mundo sabe, menos ela (???) - nossa geladeira, numa casa de 2 moradores, é um verdadeiro jazigo de coisas vencidas e que graças ao pavor da minha mãe em se desfazer de qualquer coisa, não tem espaço para nada.
Como tinha me comprometido, fiquei mais 5 horas do meu sábado refazendo tudo, aproveitando as claras dos ovos para fazer tortinhas de limão com merengue no forno. Tudo para dar quitutes de alta qualidade para a mulher. Gosto quando as pessoas lambem os dedos com as minhas coisas.
Mas dou R$ 100,00 para quem advinhar o final da história...




... sim!!! A mulher - super amiga da minha mãe - veio buscar e minha mãe dá as empadas azedas pra mulher, para não dar as boas que ela queria guardar para comer depois (umas 25 que vão ficar uma semana dentro do forno). Me justificou que "se tirar a massa e comer só o recheio tá boa".

Agora, alguém pode me dizer o que eu fiz para merecer isso?

domingo, dezembro 28, 2008

Sticky and Sweet...

Depois de algumas semanas de expectativas, finalmente chegou o dia de ir a São Paulo para ver o último show da Madonna no Brasil durante a Sticky & Sweet Tour.

Ir a São Paulo é sempre um prazer. Amo aquela cidade. Desta vez, ir com a Fers e ainda por cima para ver o show... muito bom.

Mais uma vez, a pessoa que ia me receber não pode ficar em SP e me deixou o apartamento liberado. Coisa mais querida minha amiga Dani. Amei o teu cantinho.

O apartamento, todo arrumadinho e aconchegante na Vila Olímpia, perto de muitos bares, mercadinhos, avenidas importantes, caminho para tudo. Melhor impossível.

Não fizemos muitas noites, mas as duas que fizemos foram fortes para compensar. Conseguimos a proeza de fechar dois bares ali da prainha (numa das travessas da Paulista) depois de bebermos mais de uma dúzia de chopps cada um.
Mas a canseira mesmo foi o bate perna para comprar presentes: 25 de março e Zé Paulino (óbvio!!!) e 2 idas à Liberdade, onde realmente valeu as compras.
Foram 6 dias muito bacanas.

O show... bom, o que posso dizer do show?
Tentamos em vão ir no sábado comprar ingressos de cambistas, pois só tínhamos ingressos para domingo. Todo mundo estava falando que na quinta os cambistas estavam vendendo a 30 reais. Claro que no sábado eles não pediam menos de 200 reais, mesmo o show pela metade. Mas valeu a pena ouvir ali de fora o que nos esperava no domingo. E sábado, claro, não choveu.

No domingo, dia pelo qual a gente tanto esperava, choveu o mundo em São Paulo. De depois do meio dia até às 17h30 eu tinha certeza que a gente teria que ir a nado até o Morumbi e o show seria cancelado.

Chegamos ao estádio debaixo de chuva e de dentro do táxi mesmo, compramos uma capa de chuva leitosa, que nos deixou como dois grandes espermatozóides. Correria para entrar (na real para fugir da chuva) e acabei nem tendo com vender o ingresso extra que eu tinha. Marchei com um ingresso. Menos um fã viu o show.

Claro que foi a gente sentar, de capa de chuva, ingressos a mais no bolso e parou de chover! Quanto mais se aproximava do início do show, mas o céu se abria. Quando os primeiros acordes de Candy Shop começaram, o céu estava totalmente estrelado.

Com duas horas de atraso, o show começou e pelas próximas 2 horas eu pulei, dancei e cantei sem parar. Muito bom, mesmo. Não tão bom quanto o Confessions (e sem comparação ver de perto do palco e em Londres, mas...) bom, bons efeitos de telão, som bom. Até o repertório e o figurino que eu tinha implicância ficaram ótimos no final das contas.

Só vê-la cantando Like a Prayer já valeu a pena. E quase chorei em You Must Love.

No mais a viagem foi ótimo, me diverti bastante.
Não consegui ver quem eu queria, mas foi bem feito para eu deixar de ser idiota e tomar vergonha na cara mesmo. Cheguei tarde, a fila anda. Pra todos.

Refrão que resume todos os momentos de SP:

“Say what you like
Do what you feel
You know exactly who you are
The time is right now
You got to decide
Stand in the back or be the star”

Pois é ... 2009.

domingo, novembro 23, 2008

Echo ...


Quarta feira passada, fui com a Mary no show da Cindy Lauper.
Meio estranho estar de frente com ela, ainda mais num ambiente tão intimista, no meio da semana e principalmente: em Porto Alegre.

Mas, apesar de não conhecer algumas das músicas, o show foi bacana. Uma seleção de clássicos (que eu sabia de cor) e as do novo CD fizeram valer o show. Claro que me emocionei ouvindo I drove all night e True Colors e, por mais que eu odiasse a música All through the night no auge dos meus 15 anos, ouvi-la ao vivo me deu uma nostalgia absurda.
Agora, um comentário maldoso que fiz para a Mary: se caísse uma bomba naquele teatro, o homosexualismo no Rio Grande do Sul seria erradicado. Estavam todas lá em aquecimento pro show da Madonna.

E desde o show, não para do ouvir o novo CD da Cindy Lauper: Bring ya to the brink. MUITO bom.

Eu que nunca fui muito com a cara do Hard Candy da Madonna, já joguei ele na pilha de CDs e coloquei o da Cindy no som, e que ali ficará por dias e dias, sendo tocado por alguns minutos enquanto me arrumo para ir trabalhar todas as manhãs.

Fim das minhas rugas ...

Faz um tempão que não escrevo aqui e por isso não faz muito sentido contar as últimas viagens, mas não resistirei a um comentário curto para cada uma delas.
Depois de Cuaibá, a saga de viagens do projeto seguiu ainda para Londrina, Brasília e Rio de Janeiro.
Amei Londrina. Que cidadezinha querida, bonita e limpa. Moraria lá certamente.
Brasília eu fui pela terceira vez este ano. Gosto muito de lá e depois do último dia de evento (no formato original) passei uma tarde muito, mas muito agradável com minha super-melhor-mega amiga Raca, que - mais uma vez - me recebeu de braços abertos. Se não tivesse que trabalhar na sexta, poderia ter ficado mais umas 15 horas conversando e tomando chopp com ela no pontão.
E o que falar sobre passar 4 dias no Rio, na beira da praia? Vida ruim, hein? Cheguei na quinta ao meio dia, trabalhei 2h na sexta de manhã e ponto final. O resto do tempo, tomei minha ceva na beira da praia, lendo meus livros e no final da tarde, caminhada do Leme à Ipanema. Não me importaria com essa vida, não. Antes fora dos meus planos, agora o Rio faz parte do projeto 2009.
Agora, um doce para quem advinhar, pela vista da janela nas fotos abaixo, qual hotel eu paguei e qual o cliente pagou:








Mas a melhor parte disto tudo é poder dizer, depois de 3 meses como um nômade: Esta merda de projeto acabou!!!! E em 2009, longe de mim!

domingo, outubro 19, 2008

Viciado...


Estou viciado em Brothers & Sisters!!!


terça-feira, setembro 23, 2008

Tele-memória ...

No mínimo 3 vezes por semana eu ligo para a mesma companhia de táxi para ir trabalhar. Sempre cansado e atrasado, acabo optando em gastar um pouquinho para poder dormir uns 15 minutos a mais e ao invés de pegar uma lotação e um ônibus, acabo pegando um táxi. E todos os dias depois de dizer o endereço, alguma das atendentes diz:

- É para o senhor Maurício?- Não! É para Adriano - respondo eu com o meu por-incrível-que-pareça-bom humor matinal.

O Maurício dormiu na minha casa dois dias e chamou um táxi para ir embora. Há anos atrás! E mesmo assim é o nome dele que consta no cadastro da companhia de táxi. Meu endereço, meu telefone, o nome dele.

Certa vez liguei da casa de uma amiga e a atendente perguntou se era para o Tiago. Falei que não. Ela perguntou se era para o Mauricio (outro), então. Disse que não e resolvi falar o meu nome antes que ela me dissesse o nome de todos os ex namorados da minha amiga que tinha chamado táxi da casa dela.

Fiquei imaginando a confusão que daria se o atual namorado ouvisse que o ex, provavelmente, tivesse chamado táxi na noite anterior. Até explicar que as atendentes não trocam o nome do último chamado, um namoro estaria abalado. E se a pessoa tivesse morrido? Teria que ouvir para o resto da vida a atendente perguntar se o táxi ela para ele? Toda santa manhã ouvir o nome de alguém que já se foi? Ou o nome de alguém que não se quer nem ouvir? No meu caso, ouço toda a semana o nome Maurício, que graças a Deus continua bem vivo e que, independente da atendente, eu nunca esqueci e nem vou.

Meu amigão de anos, e para o Tele-táxi, morador oficial da minha casa.

Dos 40 aos 12 graus ...

Fazia tempo, muito tempo que não sentia saudades de Porto Alegre.

Depois de 10 dias em Cuiabá, vi a minha cidade natal com outros olhos, olhos de turista, talvez. Me encantou as suas ruas bem arborizadas, seus parques com grama verde e árvores imponentes ao passar de táxi pela Redenção e principalmente seus habitantes. Já tinha discordado uma vez aqui neste blog que Porto Alegre era terra de gente bonita, mas depois das idas e vindas de tantas cidades brasileiras, tive que me render e admitir que minha cidade realmente é bem servida de pessoas belas.

E o que me fez mais feliz, sem nenhum pingo de dúvida, foi o friozinho tímido que estava na minha volta. O calor de Cuiabá me fez odiar a cidade. Além de não ser um lugar com muito atrativos, passar calor todos os dias não é minha praia. Falando em praia, fiquei abismado com a quantidade de cuiabano que nunca viu o mar. É, realmente, um outro mundo para mim.

Um Brasil tão grande, tão desigual, tão cultural. Falando com um amigo de São Paulo ele me falou que "tinha ido à Cuiabá uma vez apenas, para prometer nunca mais voltar". Eu voltaria a Cuiabá, desde que São Pedro olhasse para baixo e presenteasse os cuiabanos com um inverno gaúcho.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Fornália...

Em dois dias na capital-matogrossense, cheguei a uma conclusão:

Deus usa Cuiabá como forno para assar todos os pães da Santa Ceia!!!!!

Resistência ...

Depois de cinco horas do previsto, peguei um vôo de Porto Alegre à Sampa e de lá para Cuiabá.
Graças ao fuso horário daqui que é uma hora a menos em relação ao horário de Brasília, consegui chegar a tempo de montar o evento a noite.
Chegar usando blusão de lã em Cuiabá não é nada agradável...

Depois de ter montado tudo e ter virado um sacolé sabor suor e pó, fui para o hotel onde eu deveria tomar um banho longo e dormir, relaxar e não acordar com a cara da Amy Winehouse. Deveria ficar, pois "por um erro (overbooking), não temos quarto para o senhor hoje a noite (01h da madrugada), mas colocaremos o senhor em outro local..."
Mas ao invés de me colocarem num Deville da vida, me colocaram num DAVILLA em Várzea Grande, cidade coladinha a Cuiabá, separada pelo rio e por, digamos, "casinhas humildes em ruelas escuras, povoadas de pessoas suspeitas".

Chegando no hotelzinho chinelão, minha surpresa: não tinha elevador, meu quarto era no terceiro andar, duas malas, uma mochila e um laptop de baixo do braço escada acima. Nesta hora eu já me sentia fedendo mais que mendigo e só queria tomar um banho e uma ceva gelada. No mini quarto amarelo (alguém pode explicar para os decoradores de plantão que amarelo em locais pequenos pode enloquecer alguém?) tinha uma cama com um colchão tão grosso quanto o meu celular e só.
Um dos funcionarios entrou no banheiro, foi até o chuveiro e falou: ué, não tem frigobar neste quarto. Vou buscar um pro senhor.

Medo 1 - o frigobar fica de baixo do chuveiro? Tomo banho e me sirvo ao mesmo tempo, correndo o risco de morrer eletrocutado em Várzea Grande?
Medo 2 - o frigobar, na verdade, era uma caixa de isopor com gelo já que ele iria trazer um pra mim?

Dois minutos depois, eu descalço e tirando a roupa, batem no porta para me trocarem de quarto, pois "não tem como tirar o frigobar". Óbvio que não!!!! Não tinha a menor dúvida.
Já quase duas da matina e exausto, abri uma ceva para relaxar enquanto preparava o material da palestra. Duas latinhas e capotei na cama, de cueca, suado, podre. Durante as três horas de sono que me separavam entre sair daquele lugar e ir para o hotel decente, sonhei que tava tomando banho, colocando meu pijama quentinho (na minha casa)... e ao acordar a primeira coisa que fiz foi abrir o chuveiro elétrico!!!! Tudo bem que a cidade é um forno, mas chuveiro elétrico é foda em qualquer temperatura, pois sempre, sempre é entupido e os micro jatos d'água sempre descem em direções opostas.
Me lembrei do banho em Veneza em que para molhar os cabelos, eu tinha que andar em roda no box catando as gotas. A primeira água que desceu veio numa temperatura capaz de cozinhar beterraba em 1 minuto. Olhei ara os 5 (sim, cinco) registros e fui tentando abrir mais a água... mais... mais....puff. Acabou a água!!! Eu tinha molhado as "partes importantes", pois sempre que tenho medo de não conseguir acabar o banho, me protejo lavando de baixo dos braços e a ... a Disney! Fui para a pia. Sem água. Liguei para a recepção e ouvi um "acabou a água no bairro, senhor". Me dei conta que o chuveiro era elétrico e corri pro banheiro tentando, em vão, decobrir qual dos malditos cinco registros fechava o chuveiro e .... explodiu o chuveiro.

Tenho pânico de chuveiro elétrico por isso. Enquanto o chuveiro tremia todo soltando mais fumaça que a bomba atômica, eu coloquei a roupa (meio ensaboado ainda) e desci correndo com as duas malas, mochila e laptop. Seis da manhã, eu um trapo humano, com uma cara de louco, sem banho passei reto pela recepção em direção ao carro do motorista do outro hotel que viera me buscar, pois o combinado era que o café da manhã já seria no hotel bom. Minhas únicas palavras foram: Se tivessem me avisado que não tinha água, eu não teria queimado o chuveiro! Corre lá que ainda tá derretendo. Ah, e não vou pagar as duas cervejas por isso. Tchau!

De volta ao hotel bom, tomei um dos melhores banhos da minha vida, onde não podia abrir o máximo da água, caso contrário seria esmagado na parede da frente. Café da manhã muito bom. Não vejo a hora de poder sentar e comer com calma, pois meus cafés da manhã em hotel são sempre em cinco minutos.

Já no carro indo pro evento, contei pro Jairo o que tinha acontecido e ele ficou impressionado com a minha capacidade de não me irritar e não reclamar. Pensei comigo mesmo: aos 31 anos de idade, já tá na hora de ser um pouco mais exigente e deixar de ser babaca, sempre o querido para os outros. Passei a vida nesta resistência.

From now on, I'm gonna be the bitch!

quarta-feira, setembro 10, 2008

Entre chopps em Congonhas...

A etapa do projeto na semana passada foi mais cansativa do que o esperado, mesmo tendo sido apenas um evento. Apesar de terem sido dois vôos curtos, a parte massante da viagem foram as três horas indo de Chapecó para Francisco Beltrão no Paraná. A estrada ruim e o sono absurdo aliados com um calorão me destruiram. Para completar a indiada, esqueci de fazer a reserva do palestrante e tive que - óbvio - dar o meu hotel para ele e me hospedar num beira de estrada fuleiro, com o segundo pior banho da minha vida. O primeiro foi em Veneza, ironicamente a cidade cercada de água.

O local do evento era um auditório bonito, com um palco grande, camarins, mas como quase sempre em instituições públicas no Brasil, fora transformado num depósito de mesas, cadeiras e computadores velhos e o ar era uma variação de mofo com o encontro mundial dos ácaros.
De manhã, o evento aconteceu tranquilamente, apesar do público estar desperso e sem a mínima vontade no que tínhamos a dizer. Aviõezinhos de papel e latinhas de refrigerente sendo jogados entre os adolescentes (e não em nós, é claro) parecia ser mais divertido do que nós. Não via a hora de terminar e poder ir embora.

Mais três horas de carro rumo a SC, tive que dormir em Chapecó, pois não consegui vôo a tempo. O hotel desta vez era bom. Liguei o lap na mesinha em frente a janela, acendi meu cigarrinho e peguei uma ceva no frigobar. Horas e horas se passaram e a vontade de dormir, que antes era a minha prioridade, deu lugar a 6 latinhas de ceva, idéias de muitos textos e emails e scraps respondidos.

Dormi 3 míseras horas e fui tomar banho. Vinte minutos com o chuveiro aberto e nada da água quente vir. Lavei "as partes importantes" no frio (muito frio) e fui para o aeroporto debaixo de muita chuva. Pobre do meu motorista que enfretou ruas de chão batido viradas em lodo.

Cinco da matina, lá estava eu pegando o vôo da Ocean Air pela primeira vez na minha vida. Odeio Fokker 100!!! Mas foi tudo tranqüildo, apesar da nítida sensação de que o avião não tinha subido 5 metros se quer. Floripa, mais 1 hora esperando e finally Porto Alegre, de baixo de chuva, muita chuva. E sem banho!

Como consigo fazer quase tudo na vida, menos fiar sem banho, passei em casa correndo, tomei uma bela chuveirada e fui pro trabalho. Com 3 horas de sono, mas com uma diposição incrível (cheguei a desconfiar que tinha ritalina no suco da Gol).

Não curto muito Porto Alegre, mesmo, mas sempre que pouso no Salgado Filho eu penso: como é bom chegar em casa!

PS: texto escrito no aeroporto de Congonhas, uma semana depois. Sentado no restaurante "panorâmico", tomando um chopp esperando o vôo para Cuiabá. Fui interrompido por um monumento passando. Interrompido novamente pelo monumento vindo falar comigo. Vou parar de escrever e me socializar com as pessoas...

quarta-feira, agosto 20, 2008

Da porrrrta ao treixxxx ...

Quando deverá sair o livro "Como perder sotoque em 3 capítulos" da Deborah Secco???

Como a produção de A Favorita deixa isso passar assim? A Maria do Céu Sol perdeu completamente o sotaque caipira do interior paulista e agora fala carioquês, mesmo a personagem dela nunca ter pisado no Rio...

Mas verdade seja dita: A Flora de Patrícia Pillar está ótima. Grande atriz. Grande personagem. Se continuar assim, entrará para o rol de vilãs inesquecíveis da teledramaturgia brasileira.

Patrícia 10, Deborah zero.

terça-feira, agosto 19, 2008

Na terra do leite quente...

Depois de um péssima experiência em Ponta Grossa, onde queria fugir imediatamente que cheguei, os dias em Maringá prometem ser bem mais legais.

Desde que cheguei, quase derreti de calor (sair de POA chovendo e frio e encarar 32 graus de blusão e casaco no Paraná não foi muito agradável), o carro com motorista que devia me pegar no aeroporto de Maringá estava em Curitiba (erro da agência 1) e quando cheguei no hotel - depois de oito horas entre vôos e trabalho, com dois nutris no estômago - não tinham feito a minha reserva (erro da agência 2).

Me colocaram em outro hotel, muito melhor, com vista boa e milagrosamente internet funcionando. O único problema estão sendo os 55 minutos que estão demorando para me trazer uma simples massa a bolonhesa!

Amanhã é o terceiro dia da série de eventos que estou produzindo e ainda tenho frio na barriga antes de dormir. O Jairo, palestrante, é um queridão, mas estar fora da minha base, sozinho, tentando ganhar tudo na simpatia das pessoas, é um stress. Ainda mais depois de ter tido passado uma noite no hospital por causa de uma crise de stress e ansiedade que me deu antes da estréia.

Ponta Grossa foi um horror. O local do evento era um lixo, com cachorros caminhando entre o público e pombos fazendo coco em cima da platéia. Isto sem contar a chuva torrencial que nos acompanhou durante todo os dias. Queria sair de lá o mais rápido possível... mas parece que até um táxi lá tem que rezar para conseguir. Lembrei de como é fácil achar táxi em NY (mesmo sem ter ido), como é fácil pegar um deles em Londres (mesmo sendo caro e eu tendo pego duas vezes), a quantidade de táxi e o preço ridículo em Buenos Aires ou até mesmo os carrinhos laranja escuro de Porto Alegre. Mas eu estava em Ponta Grossa!!!!!

Na volta, atraso de vôo e 7 horas quarando no aeroporto de Curitiba. Sem banho, com fome e muito sono. Mesmo assim, consegui forças para ir ao aniversário do meu irmão. Mesmo tendo que ouvir logo que eu cheguei: como tu tá gordo!!!! Vontade de dizer: como vocês continuam sendo medíocres! Um bando de velho que nunca saiu daquela merda de cidade, não tem outro assunto se não os defeitos dos outros.

Deu, minha paciência esgotou. Vou ligar mais uma vez para a copa e pedir minha massa, pela terceira vez.

Aposto que vem com cuspe!

quarta-feira, junho 04, 2008

Mordendo...

Uma semana em abstinência, cheio de trabalho e milagrosamente não mordi ninguém. AINDA!

sábado, maio 31, 2008

Tornado...

Não sou a pessoa mais difícil de entender e de lidar do mundo, definitivamente.

Tem gente muito mais louca do que eu por ai.

Mas eu - dentro do meu mundinho de fantasias - quando vou fazer uma análise do meu humor ou atitudes tomadas ou prestes a serem tomadas, sempre procuro alguma referência em pessoas ou personagens que me agradam.

Hoje fiquei pensando em quais figuras femininas penso nesses momentos... sim, por que um homem não pode pensar nisso? Não é ser a pessoa/personagem, mas tirar de alguma fala ou atitute aquela forcinha extra na hora que precisamos.

E as referências do ano estão sendo:



Frase que não sai da minha cabeça:

"A grande diferença entre a senhora e eu é que a senhora só sabe amar sofrendo, chorando. E eu... eu só sei amar rindo."

(Hilda Furacão)

sábado, maio 17, 2008

Azedo...

Ontem eu tive mais uma prova de que se eu não fosse a pessoa calma e de paz que eu sou, poderia ser perfeitamente um perigo à sociedade.

A raiva me deixa cego. Dá-me muita força. Faz-me perder o controle. Transforma-me num monstro.

E me deixa triste, muito triste.

Acabou com a minha sexta-feira, não consegui nem tomar uma cerveja inteira no boteco da esquina. Só o que eu quis foi ficar sozinho, no meu quarto, na minha cama. Vi pela enésima vez o mesmo episódio de Friends e dormi.

Tristeza me deixa de mau humor. E de mau humor eu sou a pior pessoa do mundo. Nem eu, que há 30 anos convivo com isso, me agüento nestes momentos.

terça-feira, abril 15, 2008

Nó...

Quando decidi o nome desse blog, há uns 03 anos atrás, estava precisando dar uma banda fora de Porto Alegre. O "próxima parada será.." do nome era um pensamento positivo e um desejo mais que necessário.

De lá pra cá, o nome está fazendo um ótimo efeito. Ando viajando bastante nesses últimos tempos.

Umas semanas atrás passei uns dias em uma das cidades brasileiras que eu mais tinha vontade de conhecer: Belo Horizonte. Confesso que não foi tudo aquilo que eu estava esperando, mas gostei bastante da cidade e do povo.
Fiz uma equipe muito bacana de trabalho, me diverti bastante com os 4 meninos. Gente boa eles.

Claro que não entendia a metade do que dois deles falavam nos dois primeiros dias, pois além de falarem gírias e rápido, é impressão minha ou mineiro fala MUITO baixo? A praça de alimentação do shopping que eu fui estava lotada e era silenciosa como uma missa de domingo. Praça de alimentação aqui é ensurdecedor...

O hotel não era nada daquilo que eu tinha pesquisado, com banho horrível e um café da manhã onde serviam Tang laranja como suco natural. Além disso, tive que comprar um celular novo, pois além de não pegar nem BR Telecom nem Vivo por lá, meus dois aparelhos estavam bloqueados para chips de outras operadoras... uma beleza, cago dinheiro pelo jeito! Fora essas besteirinhas, foi muito bacana ter passado estes dias lá, adorei o clima boteco que tem em toda a cidade e fui muito bem recebido.

Mas gaúcho, principalmente porto-alegrense teve ter uma estampa na testa dizendo 'eu sou gaúcho'. Entrei num táxi e falei somente: "Avenida do Contorno, por favor". O motorista olha para mim e pergunta: "colorado ou gremista?"

Adorei eles falando 'Nó'. Perguntei o que era e chegamos a conclusão que 'nó' e 'bah' são a mesma coisa.

segunda-feira, março 24, 2008

Não perecível...

Esses dias sai para tomar uma ceva com alguém muito especial.
Consegue ser menor que eu, mas é um grande cara.
Está com a mesma cara de 17 anos atrás, mesmo humor, mesmo coração de sempre.
Estranho ver o guri de ontem, um homem feito hoje.
Difícil não pensar 'caraca, tô ficando velho mesmo'.
Impossível não fazer uma sessão revival dos melhores momentos da nossa vida nos anos 90.
Fácil ficar feliz em poder ter pessoas assim há tantos anos e com certeza pela vida toda.

Maurício, meu velho e bom amigo, valeu pela noite, mesmo. E que a gente não se veja apenas em ano bissexto!!!

Manu, adorei te conhecer também. Um beijão pra ti.

Miles away...

Uma semana depois de ter voltado de Floripa, resolvi que era hora de dar o ar da minha graça em outra cidade. Desta vez a passeio e com um motivo mais que especial: visitar minha amada amiga Raca em Brasília e ainda por cima com a Leti junto.

Consegui uma barbadinha da Varig e paguei R$ 10,00 a volta. E lá foi o Adriano para o planalto central.

Para variar um pouquinho, quase perdi o vôo. Mas desta vez graças ao trânsito horrível de Porto Alegre em final de tarde, o que me causou uma viagem de 45 minutos no trajeto trabalho-aeroporto, o que seria 10 minutos normalmente.

iPod no ouvido, feliz por estar com toda a fileira só para mim no vôo, vejo a comissária vindo filas na frente oferecendo a janta. Quando li os lábios dela falando o que seria servido, vi que definitivamente a única vez que eu tive comida boa mesmo de avião eu não pude comer por causa da amidalite vindo de Londres. Como se estivesse saindo de megafone, pude ouvir a indigesta frase ‘bobó de camarão, senhor?’. ODEIO camarão, frutos do mar em geral e coisas que vivem perto e/ou no mar.
Meses atrás já tinha ficado com fome num vôo para São Paulo quando me serviram ‘escondidinho de camarão’ e nem toquei na comida. Desta vez resolvi reclamar e para minha surpresa, o tal bobó era a única opção de comida. Me deu saudade do misto quente da TAM naquele momento.

Acho que a comissária gordinha ficou com pena do gordinho aqui e discretamente me entregou a janta dela, uma deliciosa pizza de calabresa (que mais parecia salsicha) e 3 vezes maior que o pratinho de bobó.

O que dizer de Brasília? Bom, por incrível que possa parecer, achei muita gente bonita por lá. Desculpem-me os candangos, mas sempre me falaram que o quesito beleza não era o forte da cidade. Ou dei sorte ou minha exigência de beleza não bate com a de algumas pessoas. Aliás, não sei quem que disse que o Rio Grande do Sul é terra dos bonitos! Eu, particularmente, não acho nada de mais aqui.

Fiz a rota turística básica de Congresso, Esplanada, Palácio, Catedral... e achei tudo muito menor do que eu via na TV. Acabei entendendo o lance de asa norte, asa sul, setores, tesourinhas, eixo monumental... bem legal. Realmente curti a cidade e moraria lá por um bom salário, com certeza.
Bom mesmo foi estar com a Raca e a Leti. Louco que estávamos para a Rê estar junto. Tu fez falta, muita!!! E ver a Gabi, conhecer a Adri, comer carne de sol e se entupir de caipirinha esperando a feijoada... se não estivéssemos esquecido de pedir e os caras terem acabado com o buffet antes de fazermos o pedido, às 17h!!!

Claro que o consumista aqui já voltou falido, com DVDs de 5 temporadas de seriados, um celular novo (com direito a número brasiliense), aparelho de DVD “lê qualquer coisa e não estraga” para o meu quarto.

Míseros 4 dias, mas bem feliz eu em estar com meus amores lá.

No volta me preparei para ouvir alguma coisa como ‘risoto de siri’ ou ‘ensopadinho de peixe’, mas respeitando a linha “Sabores do Brasil”, fui presenteado com um carreteiro. E acho que só para me lembrar que moro numa sauna, estava absurdamente mais quente aqui do que no meio do planalto.

PS: o título é a nova música da Madonna que estou adorando no momento.

domingo, março 23, 2008

Tropical the island breeze...

Quando meu vai e volta pela Free Way (caminho entre POA e litoral em bom gauchês) parecia ter acabado e eu passaria um sábado em casa depois de 2 meses, tive que ir trabalhar em Floripa.

Dormi exatos 19 minutos antes da van passar na minha casa, depois de ter tomando umas mil cervejas com a Leti (e depois sem a Leti) na Goethe e de ter feito a minha mala em 4 minutos. Já sou um expert em fazer mala correndo.

Agora veja você que inferno foi meu trabalho:

Floripa, ah minha bela ilha de tantos carnavais... o mesmo bom hotel de sempre, cafezão da manhã, piscina rapidinho antes de começar a trabalhar. Grande companhia do meu grande parceiro Alex durante o dia todo me levando para cima e para baixo e nunca, mas nunca sem um assunto interessante.

Equipe de promotores fantástica. Gurias lindas. Guris bonitões. Todo mundo muito profissional e cheio de pique. Jurere Internacional, Mole, Brava, Campeche, Lagoa..e mais uma meia dúzia de belas praias.

Equipe de montagem, supervisão e de transporte simplesmente ótimas.

Clientes satisfeitos, evento e ações promocionais entregues conforme prometido. Tudo beleza. A noite, um chopinho amigo, é claro.

Último dia de trabalho, chega atrasado no hotel, toma banho, faz check out, sai correndo. Quase fura o assoalho do táxi tentando instintivamente frear o carro enquanto a cruza de piloto de fórmula 1 com terrorista suicida versão catarina andava a 100km/h no perímetro urbano.
Tudo para não perder o vôo.... que ÓBVIO atrasou quase 2 horas e me fez mofar, sem bateria no iPod e sem nada para fazer no micro aeroporto da ilha.

45 minutos, um copo de suco de laranja e um saquinho com 03 bolachas depois, de volta a cidade-sauna chamada Porto Alegre.

Freeway...

Estava lendo uns posts abaixo onde eu falei eu não pisava em praias gaúchas há anos...

Pois então... paguei meus pecados este ano tendo que ir todos os finais de semana para Atlântida.

- Torrei no sol, com direito ao típico bronzeamento de caminhoneiro, aquele que deixa somente metade dos braços, rosto e pescoço torrado e o resto branco.
- Briguei com os nativos da praia e só não levei uns murros na cara graças a minha inconfundível política de boa vizinhança e a atuação discreta do meu segurança. Grande Vilagran.
- Não encostei o pé na água por pura falta de tempo.
- Dormi no sofá de uma casa com até 26 pessoas dentro.
- Dormi pouquíssimas horas entre uma festa e a hora de ir trabalhar às 7h na beira da praia.
- Conheci uma galera muito do bem, grande equipe de trabalho. Alguns que vou levar junto agora Brasil a fora.
- Me diverti muito, mas me cansei tanto que cada final de 12 horas de trabalho me lembrava a primeira semana de All Bar One em Londres.

Mas nada que uma sentada na frente da nossa “Kaza”, com um isopor de ceva e a galera não resolvesse.

Saudade das noites de sábado em Capão.

domingo, novembro 25, 2007

Na correria...

Sei que devo uma atualização aqui, mas estou trabalhando tanto que não tenho tempo, mesmo.
Mas à quem interessar possa, estou muito, mas muito feliz com esta nova fase.

Stress gostoso quando se faz o que se gosta.
Só queria ter mais tempo para minha vida cultural que está bem paradinha, sem idas ao cinema, leitura antes de dormir... e confesso que nem para a vida social eu tenho tido tempo e paciência.
Fora a santa ceva no Frango, não tenho saído. Um ou outro barzinho diferente, mas nenhuma noite forte desde a festinha com o Ro no Ocidente meses atrás.
Por um lado está ótimo, não estou ficando sem grana e o projeto next stop will be - parte 2, já tem fundos.

Começou a música de encerramento do Fantástico... sinal que o domingo acabou e minha cama me espera. Programar a TV para 20 minutos e ter esperança de pegar no sono antes do final do Teledomingo.

PS: tenho trabalhado aos sábados a tarde e advinhem a única coisa que me incomoda? Não poder ver o Caldeirão do Huck!!!! Me apeguei!

sexta-feira, outubro 26, 2007

Química...

Desde pequeno eu sempre detestei calor.Fora os dois meses de férias na praia, sempre sonhei que em Porto Alegre sempre fosse 16 graus e quem quisesse verão que dirigisse até a praia mais próxima.

Tinha uma certa vergonha em ficar sem camisa, só de calção, pois era magro, barriga reta. Saudade daqueles tempos.Não me importava em mergulhar nas águas gélidas e marrons de Tramandaí, nem arder de tão queimado e nem reclamar da maldita combinação pele torrada + areia + bronzeador.

Hoje, não piso em areia de praia gaúcha há anos, não reconheço mais as praias daqui, uso protetor 30, guarda-sol e fico sentado tomando cerveja na beira da praia, que óbvio tem que ser catarinense, no mínimo. O velho calção comprido mudou para sunga grossa na época que o corpo permitia e voltou a ser calção comprido, agora com camiseta.

Meus últimos contatos com água marinha foi no Mar Mediterrâneo, em Barcelona e no Atlântico, em Cascais, Portugal. Só molhei o pé. Claro que quando pobre vai a praia, está frio.

Para completar meu ódio ao calor, trabalho agora em uma rua com lomba, e cada subida pós almoço é um convite para suar em bicas. Hoje, para minha infelicidade, vim com uma camiseta que ao menor contato com calor, desencadeia uma reação química que deixa meu Nívea Gel Blébléblé, que resiste a tudo, num inhaca horrível.

Primeira providência de hoje: queimar esta merda de camiseta.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Premiado...

Na primeira vez, ela era marrom.
Na segunda, verde.
Na primeira, grande.
Na segunda, pequena.
Em ambas, vivas.
Na primeira, na rúcula.
Na segunda, na alface.

E nas duas vezes, o imbecil aqui foi premiado com minhocas e similares depois de ter comido metade da comida.

Na de hoje, a segunda vez em pouco tempo, chamei o garçom e peguntei:

- Oi, tu tá vendo isso? - falando baixinho, apontando o bicho com a faca.
- Bah, desculpa. Tava na salada? - perguntou o garçom constrangido.
- Sim - respondi, mesmo querendo falar: "Não, eu sempre trago ele para passear. É meu bicho de estimação..."
- Epa, e tá vivo!
- Sim, e espero que ele não seja orfão agora, pois realmente não desejo ter engolido o resto da família!

Pelo menos não paguei a conta.

Vício...

E a nova fase veio, mesmo.
Estou trabalhando depois de uma semana de férias, entre um emprego e outro.
Voltei a fazer o que gosto, num ambiente muito legal, onde me sinto um tio, mas OK, é bom ter gente de 20 e poucos ao redor.
Não conheço todos, apesar de ter voltado a trabalhar com vários ex colegas, mas me parecem legais.
Agora é pegar pesado, voltar ao "showbizz" aos poucos.

Entre todos esses anos (frequento a "firma" desde 98) só me convenço que devem ter colocado um feitiço na comida do refeitório para eu gostar tanto de lá.