segunda-feira, outubro 31, 2005

E dá-lhe força de vontade...

Meus últimos dias foram os mais insignificantes dos últimos meses. Anos, talvez. Nessa semana passada, sai bastante, fui a vários bares, churrascos, vi pessoas novas, mas nada, nada mesmo me agradou. Estou numa fase “saco cheio de tudo isso”, mais uma vez. Mas agora a coisa parece estar chegando num patamar insuportável. Fora meus amigos e amigas do peito mesmo, não consigo mais mexer a boca para esboçar um sorriso, nem que seja um amarelo. Em casa, tudo na boa dentro do possível. Há 28 anos ouço os mesmos papos, as mesmas lamentações e convivo com as mesmas manias. Já estou vacinado. Mas é isso que chamam de família, não? Pois é ... elas só mudam de CEP.
Trabalho? O que é isso? Faz tempo que não sei o que é ser útil e produtivo. Logo eu que sempre amei a correria do dia-a-dia, fundir a cabeça pensando, discutir projetos... mas nem sempre a gente pega o caminho certo. Apostei numa coisa e no fim essa coisa é o que me faz mais infeliz ultimamente. Não vejo a hora desse ano acabar e eu me libertar. Definitivamente não nasci para comer mosca.

Ontem fui ver Plano de Vôo (Flightplan) com a Jodie Foster. Para ruim não serve, mas fica longe de ser um bom filme. A impressão que e tive foi a de que o filme foi feito as pressas, com diálogos ruins, história previsível e nenhuma química entre os atores. Aliás, foi um dos filmes com menos atores que eu vi na vida. Foras os figurantes do avião, os diálogos são entre a Jodie, o policial, o capitão e as duas comissárias. O resto só largava as já manjadas frases em filmes de seqüestro de avião. Mas uma coisa eu fiquei pensando: por que a engenheira responsável pela estrutura elétrica-mecânica do superavião viaja de classe econômica num vôo Berlin – Nova Iorque?
Voltei para casa e vi o Fantástico do início ao fim. Vi a entrevista da Madonna que milagrosamente foi simpática com a Glória Maria. Depois vi o Sob nova direção e achei graça. MEU DEUS!!!! O que está acontecendo comigo? Ver o Fantástico até vai, mas rir no Sob nova direção....alguma coisa está acontecendo.

Voltei a ler Eva Perón – a madona dos descamisados. Ganhei esse livro da minha amigona Fers há uns 3 anos atrás e nunca consegui me entusiasmar lendo ele. A história me fascina, mas a linguagem do livro cansa. Resolvi lê-lo agora sem me prender a datas ou nomes de pessoas que não tem muito destaque. Funcionou. Coloquei o Código da Vinci de lado, mais uma vez, e agora estou no mundinho de Maria Eva Duarte de Perón – a Evita – e suas artimanhas para conquistar seus objetivos. Quem sabe me motiva?

Meu próximo livro comprarei na Feira do Livro nessa quarta. 102 Minutos, que narra os 102 minutos entre o choque do primeiro avião no World Trade Center até a queda das duas torres. Narra a deficiência da polícia nova-iorquina e os erros de estratégia na hora da evacuação dos prédios.
Ia esperar pela troca de presentes da suíte 1000 mas não agüentarei. Até lá já descubro outra coisa para pedir.

Hoje ganhei o single de Hung Up da Madonna. Louca vontade de dar uma banda de carro ouvindo o cd. Mas no momento, evitarei (sem trocadilhos) fazer algumas coisas que eu fazia muito. Bandas de carro, postinhos, happys, cevas. Estou há dois dias sem fumar. Vou tentar, mais uma vez. Além de 13 anos fumando e sentindo os males do cigarrinho na hora de caminhar uma distância maior que a da porta do prédio ao estacionamento, pagar 5 libras por uma carteira em Londres não me deixa muito a vontade. Vou tentar unir o útil ao agradável. Vou aproveitar a força de vontade da Rê (e seus adesivos) e seguir o exemplo.

Vamos ver no que vai dar.

sexta-feira, outubro 28, 2005

No $, no internet...

A crise bateu forte na minha porta e provavelmente deve ter fila de espera!!!
Estou sem NET e, consequentemente, sem internet.
Por isso, novos posts somente na segunda!!
Além dessas contas, devo para cartões, carro, banco, Renner, C&A...buáááááá´.
Quem quiser ajudar, me avisa que eu mando minha conta do banco para depósitos voluntários!

terça-feira, outubro 25, 2005

Compras desvairadas...

Uma coisa que me deixa extremamente triste é a maldita mania que minha mãe tem de comprar o super inteiro. Na real isso é doença. Falei para ela hoje que, ou ela mente muito para a terapeuta dela, ou a mulher é uma incompetente. Consumismo compulsivo é doença, e ela devia se tratar. Hoje tive que levá-la no supermercado - "pois é dia de frutas e verduras, meu filho!!!" Tive que levá-la, pois depois de ser pega pela Brigada com os documentos do carro dela vencidos há dois anos, ela tomou vergonha na cara... não para pagar, é claro, mas para não andar mais de carro. Advinha? Evidente que o meu carro, na cabeça dela, agora é de uso e fruto dela. Minha mãe é o tipo de pessoa que se você fizer um favor, pagar uma conta para ela você se rala, pois ela vai achar que é sua obrigação no mês seguinte. E nessas das pessoas ajudarem, ela depende de todos para tudo. Condomínio, seguro do carro, IPVA, IPTU, luz, água, gás, telefone... tudo! Numa casa para duas pessoas...
E o dinheiro dela? Torra todo em:

- roupas na C&A, Renner e Marisa: compra tudo o que vê, "pois sempre precisa urgentemente",

- Nacional, Zaffari e Big: passa horas, duas vezes ao dia. Na minha casa, tudo é em grande quantidade.
12 detergentes,
7 potes de maionese,
250g de queijo e chester a cada dia,
8 potes de catchup, 6 de mostarda,
8 kg de arroz estocados, 12 latas de creme de leite,
6 de leite condensado,
papel higiênico suficiente para abastecer um time de futebol com diarréia por uma semana,
E mais milhares de coisas duplas, triplas....

- Revistas: todas as revistas Ana Maria, Viva Mais, Carinhosa, Caras, contigo, Viva Melhor, 7 dias, todas que falam a mesma coisa na capa e dentro: Perca 48 kg em 2 dias, Como enlouquecer seu parceiro na cama, Como vencer na vida, Fui traída e traí, Posições sexuais, Haydeé é presa, Tião morre pisoteado pelo boi bandido. Todas falam a mesma coisa, sabem por que? Além de sere semanal e trazer as fofocas das novelas, a metade é de uma editora e outra metade, de outra. Cada uma destinada para um público (C,D,E), com suas cores e linguagens características, mas com o mesmo conteúdo. Minha mãe? Compra todas!!!

Mas a mania que ela pegou agora supera tudo. Ela compra horrores no supermercado, né? Pois bem, agora ela comprar pelo simples prazer de comprar, por no carrinho, carregar sacola. Chega em casa, vai guardar e "se dá conta" que já tem mais 5 iguais. Daí ela vai - num momento aventura - trocar por outra coisa no mercado. Outras vezes, as coisas estragam na geladeira, pois ela não descongela a merda e não tem espaço nem para um yakult mais. As coisas estragam e lá vai ela - de super em super - trocar.

Mas sabem o que é pior? Ela diz para as pessoas nos supermercados que o filho dela (EU) é meio abobado mental e não sabe comprar as coisas direito. Qualquer dia vão me barrar ou chamar a APAE para me buscar.

sábado, outubro 22, 2005

Mais fragmentos... 12 horas de um sábado.

Acordei meio grogue da cerveja de sexta ás 8h da manhã para levar minha mãe na rodoviária. Na volta ia no super e mandar lavar o carro, mas decidi ir direto pra casa. Quando cheguei encontrei a minha cadela Madonna desmaiada na cama dela. Vomitada, mijada, com os olhos revirados, língua para fora e fazendo coco interruptamente. Me lembrei na hora o dia que cheguei em casa e vi a Shanna, minha primeira cadela morta na sala. Quase morri junto aquela vez e nesse sábado tive que me controlar para não chorar. Liga para veterinário, sai correndo pela casa....triste. Depois de abrir a 5 fechaduras da minha casa, porta do prédio, porta da frente... 8 fechaduras depois lá estava eu correndo pela Getúlio com a cadela no colo. Tive que levá-la na clínica mais cara da cidade quase. É um hospital, com toda a estrutura necessária... já estava prevendo deixar as cuecas lá para pagar a conta. Resumo da ópera: a cadela tava com suspeita de anemia profunada e precisava de transfusão de sangue. Depois de vários exames, nada foi descoberto. Precisava ficar em observação. Deixei ela lá quando ela começou a voltar ao normal e fui para casa. Peguei um café na recepção e fui caminhando pela rua. Todos me olhavam e desviavam de mim e eu não sabia o por quê. Me dei conta na esquina de casa: ao sair, não tinha penteado o cabelo, tava todo pra cima, com uma cara de bêbado (ainda exalando cerveja de sexta),bermuda, camiseta da Rádio Cidade, tênis sem meia, com um copo numa mão, um cigarro na outra. Mas o melhor (pior) de tudo foi me dar conta que a cachorra tinha mijado extamente no meio das minhas pernas... como se EU tivesse me mijado todo. Toda a bermuda molhada numa mega rodela com direiro a resto de coco amarelo na pernas. Só faltava eu pedir esmola na rua.
Passei horas na cozinha fazendo almoço para as visitas de final de semana (pai e mano) e quando eles foram embora fui lá ver a filhota. Em observação. Já de banho tomado e menos maloqueiro, fui no super comprar um peck de ceva para o bailinho que eu tava sonhando em fazer há dias. Voltei pra casa, e ao invés de ouvir música, resolvi ver Closer - sem legendas - pela enésima vez, só para treinar o ouvido com o sotaque do Jude Law e Clive Owen. 3 latinhas depois, resolvi buscar a cadela. Em observação, ainda! Mas melhor, já latia e já tava caminhando. Ela tinha que tomar banho ainda. Voltei para casa. 2 latinhas, umas músicas e liguei para a clínica. Ela tava saidno do banho, já podia ir buscá-la. Lá fui eu. Quando cheguei, a recepcionista fala que "devido ela ter feito xixi e rolado nele depois de terem acabado de secá-la, ela terá que tomar outro banho!" . Fui no balcão pagar a conta. R$ 93,00!!!! Quase me caguei. Mas filha é filha. Fui tomar uma ceva no Frango, que é a uma quadra enquanto esperava o segundo banho dela. Um piá de rua tava comendo o resto dos farelos que a antipática da padaria, entre o Frango e a Clínica, tinha despejado na sarjeta. O guri tava com um cachorrinho todo fodido, com a perna quebrada. Como eu poderia deixá-los assim? Mandei o guri sentar na minha mesa com direito a levar o vira-latas junto. Pedi um X salada e uma Coca para ele. Conversei com o guri de 17 anos, 1m 50cm, loirinho, magrinho, que nunca foi a escola. Pedia uns trocados para juntar com os R$ 3,00 que ele já tinha, pois pela "fortuna" de R$ 15,00, uma veterinária boa alma iria colocar a pata do cusco no lugar. Porra!!!! Eu tinha pago R$ 93,00 há 10 min atrás. Não me custava. Mas infelizmente não tinha um tostão para contribuir (sabe como é, ponho tudo na conta lá no Frangotes). Quando o X chegou, o guri olhou sério e falou: "Não gosto de ervilha..." Minha vontade era mandar ele tomar no cu com ervilha e tudo. Quando eu tô com fome, ervilha é o que menos me importa. Cansei de comer pão dormido há uma semana com margarina!!! O piá pegou o X e levou para comer sei lá onde. Ok, ok, tô numa merda de dinheiro, mas não me custou tanto ajudar. Estava em dívida com São Francisco de Assis (protetor dos animais) por ter salvo a nega Madonna.
Fui lá bucar - agora sim - a gorda. Quando cheguei a recepcionista me falou que tinha errado o valor. Quase olhei pro céu e agradeci mais uma vez. Tinham salvo a cadela e agora salvariam a minha conta no banco. Que nada! Erraram para menos. A conta certa era R$ 108,00.... será que foi eu ter desejado mandar o piá-que-não-gosta-de-ervilha tomar no cu?
Peguei a Madonna e voltei para casa, 12 horas depois, R$ 108,00 mais pobre, mas muito feliz por ter a negrona nos braços sã e salva.
Queria muito ganhar uma bolada e poder ajudar os outros... tava me sentindo meio Evita - a santa dos descamisados.
Evita...hummm...tá ai...um bailinho temático viria pela frente. Pobre dos vizinhos.

OBS: a cadela teve, na verdade, uma convulsão por ter comido muito e muito rápido. Coisas da minha mãe que acha que a cadela Cocker é um Labrador.

Fragmentos de uma sexta-feira...


Saí do trabalho e dei um tempo em casa vendo os meus programas prediletos: os de gastronomia. Chef Alan, Anonymous Gourmet e principalmene o Jamie Oliver, o inglês que fala com uma batata quente na boca, com o sotaque britânico puxadíssimo que me mete medo de não entender nada nem ninguém em Londres.
Depois de 6 dias totalmente abstêmio, resolvi dar um pulo ali no Frango no Cesto da esquina tomar UMA cervejinha. Adoro aquela espelunca. Ceva barata, tratamento VIP , do lado de casa e principalmente seus personagens que estão sempre lá batendo ponto.
Sentei na mesma mesa de sempre. A sexta mesa da fila da frente da porta, ao fundo, ao lado no freezer da Polar. Pedi minha ceva, meu cigarrinho e fiquei lá observando o movimento.
Na mesa da frente, a 2 R (sim, eu sei até os números das mesas) tinha uma turma de amigos. Entre eles, um cara com seus 40 anos, com uma calça capri, uma camiseta preta dessas de banda. Estava com a sua namoradinha... um guria ruiva, com seus 24 anos por ai. Que casal feio! Levantaram da mesa e se abostaram na frente da porta se beijando. Língua aqui, língua lá, o feio resolveu se abraçar na feia – bem mais alta que ele - e assim ficou, com a cabeça no peito da guria. Minutos! Um, cinco...dez minutos, ele com uma cara de apaixonado e a feia com uma cara de cu. Se fosse eu, já teria dado uma joelhada no saco. Odeio gente grudenta. Como o casal estava na porta, atrás deles, uma fila indiana de entregadores de cerveja, cigarros e pão de X aguardava o final da cena romântica. O negrão da Kaiser me olhava e ria. Coube ao entregador da Polar a tarefa de, depois de tempo, tirar o casal feio da porta.
Minha primeira cerveja acabou nesse meio tempo. Pensei em pedir outra, mas eu estava com um sério problema: gases! Olhei para os lados, ninguém. Foda-se, queria aliviar a coisa ali mesmo. Ora, pra que serve a tática de soprar a fumaça em direção a cadeira enquanto o tal gás sai? Exatamente para dar um pum sem sair do lugar! Cansei de fazer isso. Mas dessa vez, resolvi ser mais educado e ir ao banheiro mínusculo do bar. Fui lá, entrei no mini recinto e fui para a cabine. Me matei peidando. Alto, forte e claro, fedorento. No meio do ato pensei que teria matado o bar todo se peidasse assim sentado na minha mesa. Nem mesmo a tática de fumar um charuto me salvaria da vergonha. Cabine impregnada, Adri aliviado. Ao abrir a porta...surpresa!!!! Três pessoas esperavam para entrar! Não sabia onde enfiar a cara. Antes eu tivesse soltado tudo na mesa mesmo. Pelo menos poderia culpar algum dos outros personagens do bar.
Podia culpar o Baiano de Alagoas, um senhor de 74 anos que vem lá da zona norte todos os dias tomar sua água mineral com gelo e limão ali no bar. Ele é alagoano, mas tem o incrível apelido de Baiano. Pessoas idosas não conseguem segurar essas coisas. Principalmente quando riem. É batata. Ri e peida na hora. Se eu tivesse peidado lá, só precisaria fazer o cara rir. Mas ele tava sozinho, meio triste. Na sexta, os amigos dele não foram. Um bando de senhores que passam horas falando sobre política, futebol, mulheres e sobre o excesso de punheta que os jovens batem quando descobrem os prazeres da adolescência. Sim, eles falam isso. Com direito a descrever a câimbra na panturrilha no momento final. Eu, pelo menos, nunca tive essa sensação.
Lá na rua, sozinho, um dos caras mais legais do bar. O cara é totalmente estiloso, rock’n’roll inglês, típico indie, publicitário bom de papo, e que às vezes leva o filho Gabriel de 6 anos que me adora e passa horas conversando comigo. Comecei a cogitar mais uma vez a idéia de ter filhos depois de uma longa conversa sobre a primeira série que tive com ele. Me presto e adoro o gurizinho. O indie não está mais sozinho, pois o advogado taradão acabou de sentar na mesa dele. Esse me persegue. Em qualquer bar que eu vá, lá está ele com sua pasta poída, a Folha de São Paulo e a Serramalte Pílsen de sempre.
Pedi a terceira – a segunda eu tomei logo após o episódio de peido – bem na hora que o estudante de Educação Física chegou para beber a Polar dele no balcão. O cara é fiscal de academia de ginástica, mas bebe e fuma mais que eu. Na mesa do canto, o casal de lésbicas que cuida de gatos de rua. Acho elas bem legais. Devem ter uns 45, 50 anos e há uns 20 juram que são só amigas. Arrã! Nasci ontem!
Senti falta do professor. Um senhor de cabelo e barba branca - mulher, mulher - que dá aula de matemática no meu ex colégio. A bicha véia é muito legal. Só não dá para dar corda quando ele resolve cantar as músicas da Lisa Minelli ou representar um musical da Broadway. Ou corta ou pegue a sua sapatilha e entre no ritmo. Nessa sexta faltou um monte de confirmados do bar. Seria a chuva?
Minha quarta cerveja foi no balcão conversando com o Indie e com o Anderson, gerente do bar. Guri bacana. Gosto dele. Nunca um cheque meu voltou e minha conta lá não tem limite. O indie, não sei porque, me comentou que adorava o Ray of Light da Madonna. Será que tá estampado na minha testa que eu amo a mulher? Mas eu queria mesmo era saber se ele conhecia uma banda inglesa chamada Doves. Claro que ele conhecia. Me achei o máximo falando de uma banda nova e tal, até saber que já é o 4º CD dos caras. Eu SEMPRE conheço as bandas anos depois dos outros.
O indie foi ensaiar e eu pedi a saidera. Nas conversas de balcão descobri que o meu ex colega bombado que eu achava que era michê é na verdade o receptor de coisas roubadas pelos marginais na vila perto da minha casa. Quando achava que o guri era de programa (pois vive sem camisa na esquina, qualquer dia da semana o dia todo quase) eu nem cumprimentava ele. Agora sou todo sorriso. Nunca compraria nada roubado, mas nesses casos, é melhor ser legal. Um mão lava a outra e as duas lavam o rosto.
Durante tudo isso, estava passando América na TV. Serei obrigado a fazer um comentário sobre essa merda mais tarde. Fui para casa com uma mega dor nas costas. Minha coluna está sentindo os anos de má postura no sofá e na cadeira do computador. Ficarei sozinho em casa esse findi. Amanhã é comprar um peck de latinhas, preparar os CDs e dá-lhe bailinho*!

*Bailinho: ficar em casa, tomando algo, com um som bom. No bailinho pode-se viajar sobre tudo. Você mesmo cria a situação. Eu já fiz vários temáticos: Oscar, VMA, brigas, viagens, encontros, desencontros, fama... gasta pouco, ouve o que quer, dança, pula, fala sozinho e pode peidar por tudo sem problemas.
Sim, isso é coisa de solteiro(a) encalhado(a). Se você não tem barriga, tem grana, possibilidades de fazer sexo num sábado, evidente que você JAMAIS irá entender de bailinho.
Fui...

Última chance antes de 23/10...

Num desesperado último pedido ao referendo, coloco aqui um texto de um aluno do 10º semestre do curso de direito da Universidade Federal de Santa Maria - Márcio Cardoso Weller que me fez, mais uma vez, pensar na minha vida e dos meus próximos:

Deveria ser de conhecimento de todos os cidadãos que, em decorrência da aprovação da Lei nº 10.826/03, alcunhada de “Estatuto do Desarmamento”(!?), serão chamados às urnas, mediante a realização de um referendo popular em outubro próximo, a fim de se manifestarem acerca da possibilidade, ou não, da comercialização de armas de fogo e munições em todo o território nacional (art.35).
Deveria ser, mas não o é. Há, inclusive, quem pense que a discussão interessa somente à indústria bélica, uma vez que o questionamento a ser feito no referendo diz respeito à proibição do comércio de armas e munições.
Ledo engano.
Está em discussão um dos direitos mais caros ao cidadão, o direito à legítima defesa, que se confunde com o próprio direito à vida, na medida em que só pode ser invocado para repelir uma injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem, consoante estabelece o art. 25 do Código Penal Brasileiro.
Nessa linha, traz-se à baila decisão proferida, em 14/02/05, pelos Desembargadores que compõem o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde entenderam, por unanimidade, derrubar a Lei Estadual nº 4.135/03, que aumentava a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços(ICMS) incidente nas operações de compra de armas de fogo e munição, de 37% para 200%.
Legislação esta, aliás, que estava com seus efeitos suspensos por força de medida liminar concedida em agosto de 2003 pelo Desembargador Luiz Eduardo Rabello, que na oportunidade assentou que “a experiência mostra que, ao contrário do que procuram as autoridades estaduais fazer crer, a lei ora sob exame virá a estimular o comércio ilegal de armas e munições”.
Importa assinalar que a inconstitucionalidade da legislação daquele Estado foi reconhecida por um critério técnico, qual seja, o Princípio da vedação ao confisco, estampado no art. 150, IV da Carta Política de 1988.
Ocorre que a mencionada decisão abordou, com precisão, também os efeitos do malsinado Estatuto do Desarmamento, desconstituindo os frágeis argumentos dos pacifistas(!?) de ocasião, defensores de tal absurdo legislativo.
Consta do acórdão fluminense: "A tentativa de reduzir a violência desarmando a população, ao contrário do que podem estar pensando os mentores de tão pueril solução, não é inédita e, na verdade, só vem tendo sucesso graças ao parco conhecimento de nossos dirigentes."
Com efeito, solução apresentada já foi tentada por outros países sem qualquer sucesso, obviamente em tempos atrás, e somente agora é que está sendo implantada no Brasil, sem atentar para o que ocorreu anteriormente no mundo, até porque o nosso País, infelizmente, está sempre na contramão da história.
A propósito, a história, para quem esqueceu, ou nunca soube, vai aí o lembrete: Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, um milhão e meio de armênios, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1945, 13 milhões de judeus e outros "não-arianos", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de dissidentes políticos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 1964 a 1981, 100.000 índios maias, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1970, Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1979, 300.000 cristãos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977, um milhão de pessoas "instruídas", impossibilitadas de se defenderem, foram caçadas e exterminadas.
Pessoas indefesas caçadas e exterminadas nos países acima, no século XX, após o desarmamento da população ordeira, sem que pudessem se defender: 56 milhões.
Há doze meses, o governo da Austrália editou uma lei obrigando os proprietários de armas a entregá-las para destruição. 640.381 armas foram entregues e destruídas, num programa que custou aos contribuintes mais de US$ 500 milhões. Os resultados, no primeiro ano, foram os seguintes: os homicídios subiram 3,2%; as agressões, 8,6%; os assaltos à mão armada, 44%. Somente no estado de Victoria, os homicídios subiram 300%. Houve um dramático aumento no número de invasões de residências e agressões a idosos. Os políticos australianos estão perdidos, sem saber como explicar aos eleitores a deterioração da segurança pública, após os esforços e gastos monumentais destinados a "livrar das armas a sociedade australiana" [e é um país de primeiro mundo].
O mesmo está acontecendo no Reino Unido. País tradicionalmente tranqüilo, onde até a polícia andava desarmada, adotou o desarmamento da população ordeira. Pesquisa realizada pelo Instituto Inter-regional de Estudos de Crime e Justiça das Nações Unidas revela que Londres hoje é considerada a capital do crime na Europa. Os índices de crime a mão armada na Inglaterra e no País de Gales cresceram 35% logo no primeiro ano após o desarmamento.
Armas em poder da população ordeira e responsável salvam vidas e defendem propriedades. Leis de desarmamento afetam somente a população ordeira.
Em 2003, com a aprovação do absurdo Estatuto do desarmamento, o Brasil iniciou o processo de desarmar a população ordeira. Salvo engano, isso quer dizer o homem de bem, o trabalhador, e, se a população não for conscientizada para lutar contra isso, ela é que, certamente, será a próxima vítima indefesa, posto que, na medida em que se desarma a vítima, se fortalece o agressor.
O Brasil, como dito, tem a mania de andar na contramão da história. Aqueles que tomam, por nós, as decisões estão fortemente protegidos pelo aparato da segurança do Estado, circulando em carros blindados, tudo pago pelo dinheiro público, sendo que a única coisa que temem é o uso consciencioso do voto. Daí a falta de recursos para a educação e a extensão do voto ao analfabeto.
Urge, portanto, que nos conscientizemos que o ato de adquirir, possuir e portar uma arma de fogo é um direito inalienável do cidadão, de sorte que este direito não pode ser tolhido por pessoas ou organizações desinformadas, e sobretudo, mal intencionadas.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Dar play ... a escolha é sua....


Mudança de tempos. Minha mãe está numa festa, magríssima (sim, assim é o certo!) e eu estou em casa acordado, bem gordo, esperando ela me ligar para buscá-la. Me lembro do meu pai indo me buscar em festas. Todos meus amigos preferiam que o meu pai nos buscasse, pois meu pai, ao contrário dos outros, sempre me deixava ficar até a festa acabar. Era sempre assim: eu marcava 3h e ele chegava pontualmente e me perguntava como estava a festa. Eu respondia que estava ótima e ele falava: então o pai vai dar uma volta e te busca ás 4h. Se ás 4h estivesse boa ainda, ele voltava ás 5h. Onde ele ia eu não faço idéia, mas provavelmente ia tomar umas cevas ou dar uma visitada nas inúmeras "amigas" dele. Mas como tava bom para mim, nem perguntava.

Tava olhando umas fitas de vídeo procurando uma entrevista da Madonna na Marília Gabriela - que foi uma vergonha para ambas - e encontrei umas 25 VHS de filmagens caseiras. MEU DEUS!!!! Onde eu estava com a cabeça em 93 em deixar franjão? Em 93, evidente. Mas em 92 era ainda pior, a franja era loira. Eu, um risco e um fedor, magríssimo (já falei que assim é o certo, não me corrija de novo!), virado em olho (AZUOOOO), dente, cabelo e cabeça. Em 2005: tenho tanta bochecha que os dentes ficaram pequenos, meu cabelo ficou bem mais ralo e agora tapo as entradas, a cabeça continua grande e o peso que eu tinha em 92 deve ser o das minhas coxas atualmente!
Vi fitas de aniversários, churrascos, veraneios, a minha cadelinha Shanna que virou cadela de estimação de São Pedro (já falei isso, né?), filmes antigos, novelas - tinha Rainha da Sucata e Renascer!!! - mas o que não deu para assistir foram os de Natal em família. Blergs, blergs, blergs. Não adianta, sou um cara da paz, amo meus amigos, pais, mano, bichos, a Madonna (cantora), tomar ceva, ler, escrever, tomar banho, amo um monte de coisas, mas ver aquela família reunidada hoje em dia me deu vontade de vomitar. Família para mim é meu pai, minha mãe, mano, vós (as 2 que cruzaram o cabo da boa esperança e a que tá vivona - sim, eu tinha 3 vós!), minha cachorra Madonna (entendeu porque eu explico Cantora / Cachorra?), a falecida Shanna e meus poucos amigos de coração. O resto é bullshit! My father's parents sucks!
Hoje entendo o por que de eu não gostar de Natal, Ano Novo e festas de família. Eu, minha mãe e meu irmão éramos meros coadjuvantes numa festival de horrores, cinismos e predileções. Graças a Deus, passou. Hoje, só com pai, mãe e mano, pode ser um clima do cu essas festas na minha casa, mas é honesto pelo menos.
Mas o tempo passa, as VHS estão lá no armário para lembrar o pessado negro, mas só são vistas quando a gente quer. Se na minha memória, fiz questão de apagar tanta coisa chata, quando dá saudade, a Basf me ajuda!

Vou buscar minha mãe agora. Modificando um pouco o ditado: Mães crescidas, trabalhos dobrados!

segunda-feira, outubro 17, 2005

Novos e velhos!

Esses últimos dias tenho feito uma volta ao passado tão legal. Mas nada de saudosismo, fotos velhas, cheiro de mofo. Ok, a Atena 1 continua embalando as noites em frente desse computador. Queria uma ceva ou um vinho agora. Tenho cigarros, mas como um bom virginiano, só fumo na sacada...depois vou lá, com meu copo d'água!
Se tem uma coisa boa nesse orkut é achar e ser achado por pessoas legais que a gente perde contato nos rumos da vida. Nessas achadas encontrei meu primeiro melhor amigo. Rafael Lopes! A gente era amigo na quarta série em 1900 e vários anos atrás..acho que 86. A gente fez um clube chamado V.V.V (Verificação de Vagabundos Viajantes**) e tínhamos como nome de guerra Maloca (ele) e Sub Maloca (eu). Não faz sentido para vocês? Nem para mim, mas eu tinha 10 pra 11 anos, nada fazia sentido nessa época. O Rafael foi morar em Floripa no final da quinta série, talvez início da sexta... É dele a lembrança que tenho quando me perguntam quem foi meu primeiro amigo. Tenho uma única carta que trocamos, uma camiseta assinada de final de ano que não entra na minha panturrilha e a imagem da cara de debochado dele. Quase 18 anos depois a gente teclou por msn hoje. Parecia que a gente tinha se visto semana passada. Cara muito legal ele. Continua em Floripa, tá reclamando da vida. Eu continuo aqui em POA, tô reclamando da vida. Mas acho que agora o V.V.V fez um pouco de sentido. Os dois coçando, loucos para novos ares e advinhem? ** O cara está indo para Londres também!
Talvez a gente tome uma ceva juntos lá. 18 anos depois, um zilhão de histórias diferentes e mais uma vez a vida dá as suas voltas.

Sábado fui dar uma banda de carro com a Vivi. Essa é outra. Conheço ela uns 21 anos e para mim ela sempre será a Vivi. Os anos passam e ela continua um doce. Amo ela da mesma maneira que eu a amava quando a gente namorava... na 3ª série, com direito a bilhetes de declaração com a letra da música do Menudo. Pois é, a Vivi também conhece o Rafa. Também conhece a Cíntia, a Etiene, a Tati e mais um bando que apesar dos muitos anos fazem parte de uma história que eu nunca me esquecerei. E que graças ao Sr Orkut me acharam.
Mas o melhor do sábado foi dar a banda de carro com a Vivi num momento "instrutor de auto escola". Ela tá bem! Apenas colocaria no bolhetin dela, no meu momento professor, "conversar menos em aula". Aliás, minha mãe tava me lembrando hoje que eu ia para o SOE dia sim e outro também por não calar a boca em aula. Ahhhh... lembrei agora da Vivi subindo na cadeira na aula (primeiro grau) incentivando um enorme dãããã... Ela lá de maestra e a turma toda gritando dããã!!! Sei lá porque ela fez isso, mas deve ter sido para mostrar que não tinha medo de levar um dããã quando fazia as inúmeras perguntas dela em aula! Aliás, ainda se faz dããã no colégio? Ah, lembrei da gente imaginando a coleção de tênis All Star da professora de história.... Tanta coisa, tanta coisa. Vivi, te adoro.

Por falar em Vivi, queria deixar um beijo enorme para uma outra Vivi, a Ucker que me lê lá de Macaé, RJ. Vivi, saudades dos nossos cigarrinhos no banco da TV. Queria tomar uma ceva ou um chimas contigo para compartilhar os planos de escapar da senzala e me mandar.

E hoje é o aniver da minha amiga do coração Rê. Te amo! Beijo, beijo, beijo!

Saudades da Fers, Dinho, Baiana e Tiago, todos internacionais agora.

Para a Rê, amiga de poucos carnavais mas para sempre, para os internacionais, ou para as Vivis e pro Rafa, meu tudo de bom! Novos ou velhos, curto vocês sempre. E para sempre.

Nota do autor: não estou triste, não vou me matar, não embarco amanhã, não estou ouvindo a Antena 1. Só aprendi na vida que dizer (escrever) o que a gente sente é um santo remédio.

sexta-feira, outubro 14, 2005

E a Lídia, hein?

Queria escrever tanta coisa hoje, mas o sono está num nível 8 e minha cama implora pelo meu peso (muito) nela agora.
Mas só para registrar ai vão coisinhas que me passaram pela cabeça no últimos dias.

Humor Montanha Russa: é incrível como o meu humor oscila de ótimo para o péssimo em segundos. O meu bom humor de terça, nível 8, mudou para mau humor nível 10 na quarta. Uma vez ouvi de alguém muito importante para mim na época que eu era o El Niño em pessoa. A pessoa me olha e eu estou radiante de bom humor, vira pro lado, acende um cigarro e na volta vê um poço de mau humor, estupidez e principalmente: ironia. Ultimamente tenho me dado conta disso e preciso ver onde está o problema, apesar de ter quase certeza de saber onde ele está. Mas para entender isso, teria que explicar para vocês a mania/costume de viver num mundo só meu... e isso é coisa para outro dia.

Em dívida com: além de todas as minhas dívidas, não estou em dia com alguns amigos. Desculpa, não estava num bom momento.

Feeling as a clown: não sei quanto a vocês, mas cansei de bancar o palhaço. Meu saco está por um pentelho para estourar.

Churras: por mais que eu tente, impossível não gostar daquela gente. Volta e meia, o efeito Ibiraquera 2004 bate mais forte.

Aniver da Rê: o que faremos? Topo até dividir uma lata de Moça Fiesta na calçada da Cristovão.

Volta ao tempo: estou ouvindo a Antena 1 enquanto escrevo, se não tivesse uma pança e algumas rugas para me lembrarem dos meus 28 anos, poderia jurar estar em 89. Ah se eu pudesse...

Não sei por que, mas me veio a cabeça hoje e até agora não saiu: como será que está a Lídia Brondi?

terça-feira, outubro 11, 2005

Pense bem antes de votar no dia 23/10!!!!

Recebi esse e-mail da Let e achei muito bom.
Leia até o final e torça para que, em caso do SIM ganhar, você não precise chamar a azarada Sol ou o songa-monga do Tião.
Ah, e se você é a fim do SIM, começe agora a mandar e-mails para os artistas da Globo que fazem a campanha e peça um dos seguranças deles emprestados.
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Antes, eu tinha certeza de que ia votar no NÃO e ninguém ia me convencer do
contrário. Mas o tempo foi passando, entrei nas comunidades do SIM e do NAO
no orkut, ouvi propagandas no rádio e na TV e os argumentos do SIM me convenceram. Vou votar SIM. Sabe por que?


Vou dar 20 motivos:

1. Descobri que a arma legal alimenta os bandidos. Todas aquelas AR-15, AK-47, granadas e bazucas que os traficantes do Rio usam foram roubadas de cidadãos honestos que compraram as armas legalmente. Da minha casa mesmo, por exemplo. Ano passado me roubaram quatro mísseis stinger

2. Descobri que todos os pais que têm armas de fogo costumam deixá-las carregadas e engatilhadas em cima do sofá da sala. Por isso que 94 milhões de crianças brasileiras morrem brincando com armas de fogo todos os anos.

3. Descobri que todos os assaltantes de casa têm superpoderes. Eles atravessam portas e paredes e se materializam imediatamente na sua frente e apontam uma arma para a sua cabeça enquanto você ainda está deitado, tornando impossível qualquer reação. Eles não perdem tempo e não fazem barulho arrombando portas.

4. Descobri que se eu vir ou ouvir algum bandido pulando a cerca e entrando no meu quintal, eu não vou conseguir afugentá-lo com um tiro para cima ou para o chão. Se ele ouvir o tiro, aí sim, é que ele vai ficar excitado e vai querer de toda forma entrar em casa e trocar tiros comigos. Eles adoram fazer isso.

5. Descobri que os 570 milhões de reais investidos para realizar o referendo foram muito bem empregados. Afinal, porque que a gente vai gastar com segurança, quando se pode gastar num referendo? E dizendo SIM eles, nossos governantes, vão ver o quanto a gente adorou ter esse privilégio de exercer nosso direito como cidadão de decidir os rumos do nosso Brasil!

6. Descobri que se o NAO ganhar, as armas de fogo vão imediatamente ficar 90% mais baratas e vai acabar a burocracia para a compra de uma. No dia seguinte à vitória do NÃO, qualquer pessoa (bandido ou não) vai poder ir numa loja de armas, comprar um 44 e oito caixas de munição, já vai sair armado e vai para o bar mais próximo para arrumar briga e me matar.


7. Descobri que delegados e policiais civis militares e federais - que são em quase totalidade favoráveis ao NAO - não entendem N-A-D-A de violência e criminalidade. Quem manja mesmo do assunto são atores, sociólogos e dirigentes de ONGs internacionais.

8. Descobri que estrangeiros que lideram ONGs como a Viva-Rio têm muita experiência no assunto. Afinal, todo mundo sabe que a situação social, econômica e de criminalidade da França, Inglaterra e Estados Unidos (que é de onde eles vêm) é IGUALZINHA à realidade do Brasil. Não tenho a menor dúvida de que as teorias que eles têm vão funcionar direitinho aqui.

9. Descobri que o governo quer que a gente vote sim. E o governo sempre pensa no nosso bem. Afinal, todo mundo sabe que a qualidade da saúde pública, ensino público, segurança pública, e etc vêm melhorando cada vez mais, dia a dia.

10. Descobri que todos os cidadãos de bem assim que acabarem suas munições vão manter suas armas eternamente sem munição, até se deteriorarem, ninguém vai buscar bala no mercado negro (até porque a violência vai diminuir um bocado), e assim não corre o risco do mercado negro se fortalecer.

11. Descobri que se o SIM ganhar, não vão mais acontecer mortes banais. Maridos ciumentos só vão agredir as mulheres com travesseiros, torcidas organizadas vão se dar as mãos, facas e canivetes vão perder o fio, tijolos e paus vão ficar macios e os pitboys vão todos se converter ao budismo.

12. Descobri que essa história dos crimes por armas de fogo ter aumentado 500% na Inglaterra nos 6 anos após o desarmamento por lá foi uma coisa super normal, afinal, a população tá se expandindo, né? É natural que haja um aumento.

13. Descobri que o jovem é a principal vítima da arma de fogo. Claro que isso não tem nada a ver com o fato de o jovem ser o maior usuário de drogas, e nem o fato de que quase 100% dos envolvidos no tráfico de drogas têm menos de 30 anos (porque morrem ou são presos antes). Isso é só coincidência.

14. Descobri que quem mora em fazendas, isolado de todos, no meio do mato, não precisa de armas. No meio da natureza rola uma 'vibe' muito forte, as energias positivas das árvores e das flores protegem eles.

15. Descobri que no Texas - onde há quase uma arma por habitante – reduziu para quase a metade o índice de crimes violentos nos últimos dez anos. Mas isso é porque nesses dez anos, o pessoal parou de comer carne vermelha e começou a ouvir mais Bob Marley.

16. Descobri que todo mundo que tem arma de fogo é um suicida em potencial. E a única causa do suicídio é a arma de fogo, e não a falta de perspectivas, falta de um ideal, falta de um sonho a buscar ou então distúrbios mentais como a depressão.

17. Descobri que se algum bandido invadir a minha casa, basta eu ligar para o 190. A polícia sempre tem homens e viaturas sobrando e levará menos de 3 minutos para me atender.

18. Caso isso não aconteça, basta eu fazer o sinalzinho do "sou da paz" com as mãos e o ladrão vai saber que eu sou um sujeito legal, e então ele vai embora em paz sem levar nada e sem violência nenhuma. Eles sempre agem assim quando descobrem que você é da paz, e não um daqueles psicopatas malvados que são a favor do NÃO.


19. Caso o ladrão seja muito, mas muito malvadão, eu só preciso gritar por socorro. Em cinco segundos vão aparecer a Fernanda Montenegro, a Maitê Proença e o Felipe Dylon para me salvar e prender o bandido. Sem usar armas.

Êêêêêêêêêêê!!!


20. Se o SIM ganhar, o Brasil vai ser um país mais feliz. Que nem na novela!

Obaaaaaaa!

sábado, outubro 08, 2005

Essa tal de Pandora...

Uma das coisas que mais me tiram do sério é não saber a origem de ditados e fatos.
Sou ignorante em um monte de assuntos e odeio isso. Não gosto de não saber. Por mim, saberia de tudo um monte, mas na maioria das vezes que tenho dúvidas, me entrego a preguiça e não acho respostas.
Pois bem, hoje assistindo uns DVDs - num momento sem dinheiro para nada numa sexta a noite - vi uma parte de um show que a cantora sai de uma caixa negra gigante.
Pensei: por que será que ela sai de uma caixa de pandora?
2 minutos pensando!
- Hummm...mas afinal de contas, o que é essa tal caixa de pandora?

Sabia que era parte da mitologia grega, que era uma caixa onde tinha alguma coisa complicada, segredos, desejos, vida, morte, sei lá o que... mas só isso.
Superei a preguiça e achei uma explicação para a tal pandora. É de um psicólogo chamado Sérgio Pereira Alves (não custa creditar o autor, né?). Bem interessante.

quarta-feira, outubro 05, 2005

É o amoooorrrrr ....


Me rendi aos sertanejos. Fui ver o filme " Dois filhos de Francisco " ontem. Fui sem maiores pretensões e saí gostando da tal dupla. Muita gente tem preconceito com os sertanejos. Eu, particularmente, se tivesse que escolher entre sertanejo e música gaúcha, ficaria com o primeiro. Acho música gaudéria um saco. Mas esse tal preconceito que as pessoas tem não pode interferir no senso crítico ao ver o filme. Assim como outras tantos filmes que contam a história de cantores que depois de comerem o pão que o diabo amassou conseguem o tão sonhado reconhecimento, o filme emociona. Olha, já vi um monte de filmes mostrando a ascensão de meros zés ninguém em astros: Tina, The Wonders, The Commitments, The Doors (Fers, desculpa a comparação), um filme sei-lá-o-nome que conta o começo da Madonna.
"Dois Filhos" conseguiu me prender mais.
De uma forma simples, mas eficaz, o filme mostra pessoas como eu e você, pessoas reais, sem a correria atrás de agentes em Manhattan, sem passar perna, sem se acabar em drogas, sem dormir com meio mundo para subir na vida. Gente que não teve o fator sorte como diferencial, mas sim a persistência. Mostrou um Brasil pobre, do interior de Goiás que eu nunca fui. Aliás, conhecer o Brasil por inteiro ainda é uma meta de vida minha. Mostrou fome, miséria, princípios, valores, honestidade, força de vontade, amor e o principal: ter sonhos e correr atrás deles.
O fato de me lembrar de quando Zezé di Camargo e Luciano estrearam no Faustão e no Gugu me assustou.Faz tão pouco tempo que eles se lançaram, mas faz tanto tempo que eu vejo TV...
Se a voz do Zezé te dói os ouvidos, pelo menos há de se admitir que o cara é um compositor e tanto. Sem maiores discussões, aqueles que acham que o Roberto Carlos é um ótimo letrista, preste atenção nas músicas do Mirosmar, ops, Zezé.
Gostar ou não de música sertaneja não é o principal motivador para ir ate o cinema mais próximo assistir ao filme. Veja o filme como se fosse com você a história. Tome como exemplo a determinação do Francisco, pois mais que a dupla, ele é a verdadeira estrela dessa história.
Se no Brasil tivéssemos mais Franciscos assim, acredito que seríamos um país melhor.

Nota do autor: Dablio Moreira (isso mesmo W Moreira) ator que interpreta o Zezé criança vai longe. Guri bom!
Ângelo Antônio está muito bem no papel de Seu Francisco.