Entre chopps em Congonhas...
A etapa do projeto na semana passada foi mais cansativa do que o esperado, mesmo tendo sido apenas um evento. Apesar de terem sido dois vôos curtos, a parte massante da viagem foram as três horas indo de Chapecó para Francisco Beltrão no Paraná. A estrada ruim e o sono absurdo aliados com um calorão me destruiram. Para completar a indiada, esqueci de fazer a reserva do palestrante e tive que - óbvio - dar o meu hotel para ele e me hospedar num beira de estrada fuleiro, com o segundo pior banho da minha vida. O primeiro foi em Veneza, ironicamente a cidade cercada de água.
O local do evento era um auditório bonito, com um palco grande, camarins, mas como quase sempre em instituições públicas no Brasil, fora transformado num depósito de mesas, cadeiras e computadores velhos e o ar era uma variação de mofo com o encontro mundial dos ácaros.
De manhã, o evento aconteceu tranquilamente, apesar do público estar desperso e sem a mínima vontade no que tínhamos a dizer. Aviõezinhos de papel e latinhas de refrigerente sendo jogados entre os adolescentes (e não em nós, é claro) parecia ser mais divertido do que nós. Não via a hora de terminar e poder ir embora.
Mais três horas de carro rumo a SC, tive que dormir em Chapecó, pois não consegui vôo a tempo. O hotel desta vez era bom. Liguei o lap na mesinha em frente a janela, acendi meu cigarrinho e peguei uma ceva no frigobar. Horas e horas se passaram e a vontade de dormir, que antes era a minha prioridade, deu lugar a 6 latinhas de ceva, idéias de muitos textos e emails e scraps respondidos.
Dormi 3 míseras horas e fui tomar banho. Vinte minutos com o chuveiro aberto e nada da água quente vir. Lavei "as partes importantes" no frio (muito frio) e fui para o aeroporto debaixo de muita chuva. Pobre do meu motorista que enfretou ruas de chão batido viradas em lodo.
Cinco da matina, lá estava eu pegando o vôo da Ocean Air pela primeira vez na minha vida. Odeio Fokker 100!!! Mas foi tudo tranqüildo, apesar da nítida sensação de que o avião não tinha subido 5 metros se quer. Floripa, mais 1 hora esperando e finally Porto Alegre, de baixo de chuva, muita chuva. E sem banho!
Como consigo fazer quase tudo na vida, menos fiar sem banho, passei em casa correndo, tomei uma bela chuveirada e fui pro trabalho. Com 3 horas de sono, mas com uma diposição incrível (cheguei a desconfiar que tinha ritalina no suco da Gol).
Não curto muito Porto Alegre, mesmo, mas sempre que pouso no Salgado Filho eu penso: como é bom chegar em casa!
PS: texto escrito no aeroporto de Congonhas, uma semana depois. Sentado no restaurante "panorâmico", tomando um chopp esperando o vôo para Cuiabá. Fui interrompido por um monumento passando. Interrompido novamente pelo monumento vindo falar comigo. Vou parar de escrever e me socializar com as pessoas...
1 Comentários:
E o monumento???
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