terça-feira, setembro 23, 2008

Tele-memória ...

No mínimo 3 vezes por semana eu ligo para a mesma companhia de táxi para ir trabalhar. Sempre cansado e atrasado, acabo optando em gastar um pouquinho para poder dormir uns 15 minutos a mais e ao invés de pegar uma lotação e um ônibus, acabo pegando um táxi. E todos os dias depois de dizer o endereço, alguma das atendentes diz:

- É para o senhor Maurício?- Não! É para Adriano - respondo eu com o meu por-incrível-que-pareça-bom humor matinal.

O Maurício dormiu na minha casa dois dias e chamou um táxi para ir embora. Há anos atrás! E mesmo assim é o nome dele que consta no cadastro da companhia de táxi. Meu endereço, meu telefone, o nome dele.

Certa vez liguei da casa de uma amiga e a atendente perguntou se era para o Tiago. Falei que não. Ela perguntou se era para o Mauricio (outro), então. Disse que não e resolvi falar o meu nome antes que ela me dissesse o nome de todos os ex namorados da minha amiga que tinha chamado táxi da casa dela.

Fiquei imaginando a confusão que daria se o atual namorado ouvisse que o ex, provavelmente, tivesse chamado táxi na noite anterior. Até explicar que as atendentes não trocam o nome do último chamado, um namoro estaria abalado. E se a pessoa tivesse morrido? Teria que ouvir para o resto da vida a atendente perguntar se o táxi ela para ele? Toda santa manhã ouvir o nome de alguém que já se foi? Ou o nome de alguém que não se quer nem ouvir? No meu caso, ouço toda a semana o nome Maurício, que graças a Deus continua bem vivo e que, independente da atendente, eu nunca esqueci e nem vou.

Meu amigão de anos, e para o Tele-táxi, morador oficial da minha casa.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial