sábado, agosto 01, 2009

It's a Family Affair - Part II ...

Tem vezes nesta vida que eu realmente não entendo o que é prioridade quando se trata em relações familiares.
Minha família não o que se pode chamar de família louca ou desestruturada, mas também fica longe de ser a típica família feliz. Não tenho muito o que reclamar, mas algumas atitudes me fazem pensar mais uma vez em me mandar para qualquer lugar deste mundo.
O tempo que passei em Londres foi o suficiente para chegar a duas conclusões básicas: amo muito eles, mas a convivência jamais será a mesma. Lá aprendi muito mais a viver em harmonia comigo mesmo do que em 30 e poucos anos aqui.
Por mais que eu tente ser o ponto de equilíbrio entre eles, meu saco já não aguenta mais.
É realmente triste gastar meu latim todos os dias e tentar fazer desta casa um "lugar para chamar de meu".
Além de não ter a MÍNIMA privacidade nem no meu quarto, não poder dormir uma manhã de sábado sem ser acordado às 8h da manhã, ser controlado por gastar muito gás ao tomar banho (e levo no máximo 10 min), ainda tenho que escalar a pilha de louça para pegar um copo ou dividir a mesa com quilos de frutas e verduras passadas, milhões de potinhos de todas as formas e incontáveis garrafinhas de Coca pela metade que NUNCA são consumidas até o fim e - evidentemente - nunca são colocadas fora.
Mas hoje tive uma prova que a minha mãe não tem a menor noção de que os atos delas afastam todos que viveram aqui e eu, último morador e sobrevivente desta família, estou indo pelo mesmo caminho.

Meu irmão veio almoçar e como ele não come carne de porco, ia comer o restinho da carne com batata que eu tinha feito ontem. Antes do meu irmão pegar a colher para se servir, eis que minha mãe serve primeiro a cadela com a comida do guri!!!!!!
Na boa, não sei como ele não mandou ela enfiar a comida no cu e foi embora, mas como o guri precisa, tem que engolir à seco.
Eu, por outro lado, vim pro meu quarto e estou "almoçando" chocolates que trouxe de Gramado de raiva. Muita raiva!

Claro que isso é só um pequeno gesto perto de tantos outros, como, por exemplo, a vez que eu tive que dormir numa pocilga em Imbé a trabalho, infestada de mosquitos, teias de aranha e tomar banho num banheiro mais sujo que banheiro de estádio em dia de GreNal - pagando ainda por cima - enquanto meu pai passa 3 meses de verão na casa de praia com piscina com a nova família que ele nunca teve a coragem ou hombridade de assumir.
E como se não fosse o suficiente, ainda tive que ouvir dele ao ir me visitar: “não acredito que tu vai ficar aqui!” Sim, como se meu sonho de vida fosse passar o carnaval em Imbé na colônia de férias das pulgas e carrapatos ao invés de estar numa cama limpa com ventilador, no mínimo!

Depois, quando saio de casa às 8h e volto a meia noite, ninguém entende!

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Cara, continue fazendo o que voce mais gosta! Dar ......

6:33 AM  

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