segunda-feira, agosto 24, 2009

Eu os declaro ...

Tenho sido um amigo relapso.
Quando o cara marca, eu nunca posso, pois surge alguma coisa de última hora ou eu simplesmente acordo 3h depois do combinado.
E graças a minha operadora "Tim, viver sem fronteiras, viver sem sinal", meu telefone vive desligado.
Mas, o cara sabe mesmo o quanto eu gosto dele e o quanto a amizade dele é importante pra mim.
Pois bem, meses atrás, este cara, meu amigo de longa data, Maurício-agora-casado-Bondan, juntou as escovas de dentes e as pantufas com um guria linda e eu tive o prazer de presenciar o momento tão importante pra vida deles.
E quer saber?
Eles se merecem.
Eu que sou um mega romântico e acredito piamente que existe sempre uma alma gêmea por ai, jamais duvidaria que a Manu é a metade da laranja do meu amigo Mad. A começar pela (falta de) altura, os dois são um dos casais mais lindos que eu já vi se formar, se não, o mais.
Muita química, muita felicidade explícita e um excesso de atenção de dar inveja naqueles que não cultivam amizades tão antigas.
Há muito tempo não me sentia tão bem numa festa, tão bem recebido, tão eu. Mesa com amigos (uns até que eu não sabia o quanto gostavam de mim), muita, mas muita ceva, músicas da nossa época e o frio absurdo da noite de Osório City fecharam a noite com chave de ouro.
Aos meus dois M&Ms só tenho a desejar uma longa e feliz vida a dois.
E que nem a catapora os separe!

Assumo: fiquei de comprar o presente e até hoje nada... mas um dia vem... nem que seja um tip top pro piá que logo deve estar chegando.

Boooo ...

Vim pra São Paulo hoje pela manhã para dar uma força no lançamento da revista aqui.
Apesar de acordar às 4h30 da madrugada não ser, nem de longe, o que mais gostaria de fazer numa segunda-feira, gostei de estar presente neste momento tão bacana que a empresa está passando.
Meu primeiro trabalho hoje foi em uma escola de um bairro nobríssimo da capital paulista, onde me deparei com muita gente com grana e sem um pingo de educação. Sério, a criançada parecia nunca ter visto refrigerante na vida. Por pouco não massacram meus promotores.
No avião da vinda, vim como uma múmia louco para dormir, mas sem conseguir, pois cada vez que eu conseguia pegar no sono, tinha a nítida sensação que ia me mijar nas calças. Tô ficando velho mesmo.
Agora estou num quarto maravilhoso, mas com certeza mal assombrado (uma lata de ceva se mexeu sozinha, a tela do telefone mil e uma funções se acendeu sozinha...) e graças a uma janta que não saiu como eu imaginava, cá estou tomando Bohemias compradas no botequim da esquina para não ter que pagar R$ 7,50 cada uma no hotel.
Amanhã, mais escolas, escritório e volta à Porto Alegre, que - milagrosamente - me faz falta hoje. Não a cidade-fim-de-mundo-província alegre, mas minha casa.
Hotel me deixa triste.
Odeio hotel que não se pode abrir a janela.
E que se paga R$ 20,00 para usar a internet!
Vou esvaziar o meu frigobar falsificado.

Amém ...

Eita semaninhas cheias de stress estas últimas duas.
Muito, mas muito trabalho.
E graças à Nossa Senhora Protetora das Úlceras, nada que não se resolvesse com toda a calma do mundo.

Você foi...

A gente vê que está velho quando derrama a primeira lágrima num show do Roberto Carlos.
Pois tive esta experiência na terça passada quando levei minha mãe ao show do Rei...
Ao ouvir os primeiras frases "você foi, o maior dos meus casos, de todos os abraços, o que eu nunca esqueci..." deixei uma lágrima tímida rolar e quando estava quase comprando a faixa de Roberto eu te amo, todas as minhas emoções viraram um vontade incontrolável de tocar as duas amigas da minha mãe arquibancada a baixo.
Nem meus amigos ficam tão chatos bêbados, imagina senhoras de 60 anos gritando SOZINHAS o show inteiro "ah, eu sou gaúcho"?
Nas duas horas da minha noite, briguei com velhas histéricas, mandei algumas se fuderem, raptei uma velha de 157 anos em troca da filha dela sentar e deixar minha mãe assistir o show sentada, como estavam as outras 13 mil pessoas ao redor. Só as bagaceiras em pé, tirando foto e repartindo, entre pessoas desconhecidas, inúmeros copos de cerveja.
Nem a gripe suína parou aquelas leitoas!

quarta-feira, agosto 12, 2009

Vamos passar a sacolinha...

A melhor novela no ar nestes últimos dias está sendo o bate boca entre a Globo e a Record.
Reconheço vários erros da Globo, mas não tem como negar que pelo menos ela mantém uma elegância nas denúncias contra a rival.
Já a tele-igreja-visão está tentando fazer a mesma lavagem cerebral que seus bispos fazem, agora tendo como porta-vozes ex globais como Ana Paula Padrão, Celso Freitas, Britto Jr...
Estar à frente da bancada de um telejornal e dizer que o chefe não rouba dinheiro dos pobres (e bobos) fiéis soa tão mal quando os discursos pró dízimo feitos na mega estrutura montada pela Igreja Universal em mais de 100 países. Imagino o quão sofrível para eles deva ser.
Uma coisa é defender a notícia, outra é apelar em nome de Deus para defender um cara que não consegue esconder a cara de salafrário. Outra é não trazer nenhum prova a seu favor e só acusar a outra de vingança em nome do Ibope.

Numa das poucas vezes que tive faxineira, vi a fundo o poder de persuasão destes bispos. A pobre (literalmente) velhinha de 68 anos, depois de limpar a minha casa, foi para o templo. Vi que ela havia trazido produtos de limpeza da casa dela e perguntei o por que:
- É para limpar a templo.
- A senhora vai limpar de graça e tem que levar produtos da sua casa?
- Sim, o pastor pediu. Deus quer que a gente prove o quanto somos fiéis.

E assim lá se foi a Dona Eva, rumo ao terceiro turno. Dois pagos por mim. O terceiro, o momento onde o dinheiro ganho 8 horas atrás seria todo entregue para comprar seu pedacinho no céu... ou o champanhe do pastor!

Louvável seja a guerra pela audiência, que gera emprego para centenas, milhares de pessoas, nos dá outras opções de entretenimento (nem sempre de bom gosto).
Pecado seja roubar de milhões de fanáticos que juntam seus poucos (ou muitos) reais e dão em nome de um Deus que, por incrível que pareça, só enriquece o bispo todo poderoso!!!

Sem falar que estes fanáticos são chatos pra caralho!

sábado, agosto 01, 2009

It's a Family Affair - Part II ...

Tem vezes nesta vida que eu realmente não entendo o que é prioridade quando se trata em relações familiares.
Minha família não o que se pode chamar de família louca ou desestruturada, mas também fica longe de ser a típica família feliz. Não tenho muito o que reclamar, mas algumas atitudes me fazem pensar mais uma vez em me mandar para qualquer lugar deste mundo.
O tempo que passei em Londres foi o suficiente para chegar a duas conclusões básicas: amo muito eles, mas a convivência jamais será a mesma. Lá aprendi muito mais a viver em harmonia comigo mesmo do que em 30 e poucos anos aqui.
Por mais que eu tente ser o ponto de equilíbrio entre eles, meu saco já não aguenta mais.
É realmente triste gastar meu latim todos os dias e tentar fazer desta casa um "lugar para chamar de meu".
Além de não ter a MÍNIMA privacidade nem no meu quarto, não poder dormir uma manhã de sábado sem ser acordado às 8h da manhã, ser controlado por gastar muito gás ao tomar banho (e levo no máximo 10 min), ainda tenho que escalar a pilha de louça para pegar um copo ou dividir a mesa com quilos de frutas e verduras passadas, milhões de potinhos de todas as formas e incontáveis garrafinhas de Coca pela metade que NUNCA são consumidas até o fim e - evidentemente - nunca são colocadas fora.
Mas hoje tive uma prova que a minha mãe não tem a menor noção de que os atos delas afastam todos que viveram aqui e eu, último morador e sobrevivente desta família, estou indo pelo mesmo caminho.

Meu irmão veio almoçar e como ele não come carne de porco, ia comer o restinho da carne com batata que eu tinha feito ontem. Antes do meu irmão pegar a colher para se servir, eis que minha mãe serve primeiro a cadela com a comida do guri!!!!!!
Na boa, não sei como ele não mandou ela enfiar a comida no cu e foi embora, mas como o guri precisa, tem que engolir à seco.
Eu, por outro lado, vim pro meu quarto e estou "almoçando" chocolates que trouxe de Gramado de raiva. Muita raiva!

Claro que isso é só um pequeno gesto perto de tantos outros, como, por exemplo, a vez que eu tive que dormir numa pocilga em Imbé a trabalho, infestada de mosquitos, teias de aranha e tomar banho num banheiro mais sujo que banheiro de estádio em dia de GreNal - pagando ainda por cima - enquanto meu pai passa 3 meses de verão na casa de praia com piscina com a nova família que ele nunca teve a coragem ou hombridade de assumir.
E como se não fosse o suficiente, ainda tive que ouvir dele ao ir me visitar: “não acredito que tu vai ficar aqui!” Sim, como se meu sonho de vida fosse passar o carnaval em Imbé na colônia de férias das pulgas e carrapatos ao invés de estar numa cama limpa com ventilador, no mínimo!

Depois, quando saio de casa às 8h e volto a meia noite, ninguém entende!