O ruivo do postinho...

Em épocas onde as pessoas só se importam com o seu próprio umbigo e cada vez mais tratam os outros como lixo, queria registar aqui meus parabéns ao ruivo do postinho da Silveiro com José de Alencar.
Deixo de comprar cigarro em qualquer outro posto no caminho do trabalho para comprar com aquele guri. Ele te atende bem pra caramba, tá sempre de bem com a vida, te da bom dia, deseja "bom começo de semana" ou "bom findi".
São pequenas coisas assim que fazem toda a diferença. Além do bom atendimento, o ruivinho do posto passa coisas boas. Saio dali feliz por ver alguém tão de bem com a vida.
O mundo precisa de mais ruivinhos desses no mundo.

Desde pequeno eu "invejava" meus amigos quando eles faziam 14 anos no dia 14, 10 anos no dia 10. Invejava porque sempre pensava: vai demorar tanto tempo para eu fazer 28 anos no dia 28.
Ah pois é, demorou, menos que eu esperava, mas chegou.
Hoje completei 28 primaveras, ops, invernos, ops, na real com o tempo atual, 28 estações-não-definidas.
Não quis fazer nada hoje, pois estava um dia murrinha (Fers, rainy day here) e já tinha comemorado involuntariamente ontem na formatura da Fran. Aliás, não só eu, mas o Igor também.
A formatura tava muito legal, adorei, tudo.
A Fran e sua família, muitos conhecidos e amigos, papo bom, ceva boa e grátis e principalmente um astral com as pessoas do trabalho que há tempos eu não tinha. Tava todo mundo tão pra cima, tão do bem. Que legal!!! Entre todos, impossível não me manifestar aqui. Eu adoro o Gerson! E a mana Pri, que a cada parabéns cantado pelo coro de bebuns, montava no meu colo para me dar parabéns. Pri, amo te.
Mais uma vez eu me dei conta que é muito bom ter amigos. Nunca liguei muito para essa coisa de aniversário, mas a sensação de não passar a virada dos 29 perto deles me deixou mais emotivo.
Uma vez, vi uma frase breguinha em inglês escrita numa capa de caderno e hoje me lembrei dela.

"If you have friends, you have the door of happiness in front of you and the keys in your hands."

You know what? That's absolutely right!

Valeu mesmo a todos aqueles que fizeram parte desse dia, aqui, Londres ou Los Angeles!

Ah saudosismo.... 80´s

Antes de dormir ontem, resolvi voltar a ler o Código da Vinci, mas mais uma vez não consegui acabar duas páginas sem bocejar (devo ser o único no mundo que não consegue ler esse livro, ah... a Let tb) e resolvi ler algo menos dormível. Peguei o Almanaque dos Anos 80. Que delícia!!!!! Podem dizer tudo dos 80, mas eu achei do caralho. A cada página eu me lembrava de alguma coisa da minha infância. O livro é grosso, deve ter umas 350 páginas e conta tudo, eu disse tudo, que a gente possa se lembrar (ou não) daquela época, tudo devidamente separado por capítulos: guloseimas, brinquedos, cantores, músicas, filmes, novelas, festas, roupas...

Queria fazer uma lista agora com o melhor do livro, mas tô sem saco. Mas impossível não citar algumas coisinhas que eu tinha ou usava que me deram uma saudade imensa da minha infância (efeito aniversário):

Brinquedos:
- Boca Rica
- Mundo Feliz
- Aquamóvel
- Playmobil ( era da Troll)
- Falcon ( era da Glasslite)
- Pula Pirata
- Cara a Cara
- War
- Jogo da Vida
- Cubo Mágico (você sabia que em mais de 1 trilhão de combinações diferentes?)
- Autorama
- Cai não Cai
- Aquaplay
- Odissey (sim, eu não tinha Atari, mas o Odissey era mais caro!)
- Calói
- Io-Io (é assim que se escreve?)
- Álbum de figurinhas Olé
- Pogoball
- Vai e Vem
- toca discos da Philips
- bater figurinha

... esses eu não tinha EVIDENTEMENTE, mas me lembro das vizinhas:
- Pequeno Poney
- Ursinho Carinhosos
- Fofolete
- a boneca que virava vaso de flor
- Bate Palminha
- Bolinha de Sabão
- Coleção Moranguinho
- Barbie e seus derivados (coisa feia aquelas cabeças de barbies para pintar e pentear)
- Snif Snif
- Agarradinho
- Mola
- papel de carta
- meu bebê
- boneca grávida

Modismo:
- chaveiro de mola (era na verdade um fio de telefone)
- chaveiro com a letra do teu nome
- chaveiro pé de pato
- colecionáveis Coca Cola
- disquinhos
- todas as coisas da Company
- cinto da Gang (de lona com fivela dourada, ai !!!!)
- caneta 2, 4, 10 ou 12 cores
- caneta prateada e dourada (que davam câncer???)
- Menudomania
- Madonnamania
- viseiras
- tênis tipo iate (ai meu Deus)
- calça begue (ai meu Deus 2)
- bota da West Coast
- casaco com ombreiras (ai meu Deus 3)
- casaco feito de cobertor (azul ou vermelho)
- Milkshake do Ribs ou Bobs
- zilhares de gírias *
- pulseirinha preta até o cotovelo
- blusa de renda ou manga bufante
- vestido trapézio ou balonê
- calça begue com botinha, com a meia para fora prendendo a calça (ai meu Deus 4)
- mullets (só fica "bem" em argentino)
- questionário em caderno
- tocar ovo e farinha no aniversariante
- assinar camiseta no final do ano
- guerra de bixiguinha no último dia de prova
- colocar o nome em tudo com aquelas tirinhas de plástico onde se gravava letra por letra com a maquininha
- bota de chuva
- reunião dançante
- A Gata Comeu, Que rei sou eu?, Mandala, Vale Tudo, Top Model e Ti ti ti
- Goones, De Volta para o Futuro, O clube dos 5, Indiana Jones, Guerra nas Estrelas, Tubarão, A Garota de rosa shocking...


Tá, vou parar.....mas farei uma lista com as músicas dos anos 80 amanhã.

PS: Você sabia que a expressão "da lata" vem veio do Rio, em 1987, por causa de uma carregamento de maconha enlatada jogado no mar por traficantes panamenhos? Eles iam ser pegos pela polícia portuária do Rio e jogaram 20.000 latas com 2,5 kg de maconha em cada no mar. Assim, praias como Copacabana e Ipanema receberam milhares de latas recheadas nas suas areias, provocando uma verdadeira gincana entre "consumidores" e policiais para ver quem pegava o maior número do produto. As latas se espalharam por todo o litoral do Rio, chegando a ser encontradas até aqui no Rio Grande do Sul. Apenas 2.500 latas foram resgatadas pela polícia... o resto foi devidamente apreciada pela galera.
Por isso, "da lata" era usado para dizer que algo era bom.

Demorou...mas já tá no som!

Tempinho louco esse de Porto Alegre, um dia manga curta num calorão, outro dia
congelando.
Assim não tem saúde que agüente.
Minha amiga Fernanda escreveu uma vez no blog dela a frase que mais define essas loucuras de São Pedro, e serei obrigado a plagiá-la: " Dormi no verão e acordei
no inverno" .

Tô louco para comprar o livro 102 MINUTOS que narra as últimas horas do World Trade Center em 11 de setembro.Mas os R$ 34,50 hoje me fariam não só fala, um rombo no banco, mas serviriam para assinar uma ordem de prisão do Unibanco contra mim.

Ganhei o CD do Coldplay (X & Y) quase me caguei de emoção quando o cara da
gravadora me deu. Pô, meses esperando e nada, quase compre esses dias e do nada o cara me dá. Show de bola. Tô ouvindo agora. Muito bom, muito, muito!
O melhor mesmo é não precisar ouvir pela internet (entre outras músicas), pois me irrita muito as mensagens da UOL ou do Terra:
" você pode ouvir apenas 30 segundos desse cd" (Terra)
" experiência otimizada em 20%" (UOL)

Hoje tem show do Los Hermanos, ainda bem que não curto eles, pois seria mais uma grana que teria que tirar do olho do fiofó. Fiquei feliz, feliz, quando vi que a
Rê conseguiu o ingresso dela. Acho uma merda quando a gente não pode curtir o show de quem a gente é fã.

Tô meio lento para escrever aqui. A real é que não tem nada de novo para contar
aqui. Por enquanto vou parar de reclamar um pouco da vida, me preparar psicologicamente para os 28 anos que chegam domingo. Acho que vou comprar um
Renew!

Home Alone...

Esse final de semana foi uma coisa meio " casa de praia no inverno".
Sexta cheguei em casa e fui descansar um poquinho e acabei pegando no sono. Acabei não saindo. Foi até bom, pois no meio da madrugada, um filho da puta arrebentou a grade do meu prédio e arrombou o carro da minha mãe. Feita a novela: desce, chama vizinho, liga pro pai, não dorme mais.

A mãe viajou e fiquei sozinho em casa. Passei no super, fiz um ranchinho-bailinho básico, com cerveja (para o dia) e vinho e queijos (para a noite). Tava num mau humor matinal, às 9h da matina, depois de uma noite do cão por causa do vagabundo assaltante.
Parei na fila dos frios e quando eu ia pedir o meu chester e muzzarela, uma senhora pede para o atendente: tu tens salame Sadia light?
O atendente responde:
- SÇalame SÇadia?
Quase ri na hora...pô, o coitado com a língua solta falar salame e sadia um atrás do outro... só faltava responder:
- Sçalame Sçadia Light não tem, sçerve o sçaudável sçalame Sçadia?

Passei o sábado todo em função de coisas de casa: lavar e aspirar carro, arrumar o carro da mãe, passear com a cachorra, cozinhar, lavar.... tudo regado a várias latinhas. Fiz um bailinho das 11h30 às 22h. Muito som alto, de blues a axé, uma mistureba de som... 12 latinhas de ceva e eu me sentindo na praia no inverno. Tava um silêncio, só o barulho do meu apartamento, uma brisa na sacada, côza bem boa!
Resolvi nem tocar no vinho e minha noite acabou ao final de Xica da Silva, anestesiado para não me preocupar com possíveis barulhos de alarmes.

Domingão cozinhei uma rangão muito bom para mim e para o mano e passei o dia em função de arrumar casa, grade do prédio e deixar tudo nos trinques.

Nesse findi pensei num monte de coisas. Algumas coisas que decidi fazer, algumas coisas que me arrempendi de não ter feito, algumas coisas que as pessoas fazem e que eu jamais vou aderir.

Pergunta do findi:
Com um país tão grande como esse, com um mundão tão cheio de oportunidades, por que as pessoas ainda agem como se vivessem numa província de 5 mil habitantes?

"South African Way"....

Minha troca da academia por uma ceva com o Matheus lá no Vassouras foi válida.
Na mesa ao lado da nossa sentou um casal que só falava inglês. Evidentemente, o Matheus se apresentou e começamos um papo muito bacana com eles.
O Brandon é sul africano e a Alice, sua namorada, uma gauchinha linda, linda, linda!
Para quem acha que a África do Sul é como o resto na África, com suas tribos de negros acharia que o cara era um ET lá no seu país natal. Mas a África do Sul foi colonizada pela Inglaterra, logo está cheia de loiros e olhos azuis. E assim ele é também. Gente boa o casal.
Depois de se conhecerem em Londres, vieram morar aqui na cidade dela. Coisa linda é o amor. Trocar Londres por Porto Alegre e achar isso ótimo. Espero fazer o mesmo um dia.

- Por que o Brasil, Bradon?
- Porque vocês são calorosos, simpáticos e amáveis.

Pronto. Já bateu saudade do povinho brazuca antes de ir.

Saldo da noite:
- 30 reais a menos,
- 10 garrafas de cerveja para dois,
- um banho de chuva no meu carro, meio que voltou a ser branco agora,
- troca de informações londrinas,
- possibilidade de 2 novos bons amigos,
- o protótipo de mulher que eu me casaria e teria filhos.

Os porquês da vida I...

Nesse dia murrinha, de tudo que aconteceu comigo, ficam perguntas para reflexão:

1- por que pobre maloqueiro sempre caminha no meio da rua?
2- por que quem não vai dobrar sempre pega a faixa de quem vai dobrar?
3- por que almoço fora sempre vira orgia gastrônomica?
4- por que tem gente que berra na mesa ao lado 5 dias pro semana,
8h30 por dia?
5- por que eu vou trocar a academia hoje por uma ceva com um amigo?
6- por que quanto menos a gente tem, mas coisa pra fazer / comprar existe?
7- por que a gente sempre abaixa o som do carro quando procura uma rua?
8- por que eu não consigo ver nada na borra do café?

Soundtrack - Gal Costa (na época da Tropicália) - Divino, maravilhoso.

" É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte."

Scraps alheios...

Essa coisa de orkut é uma merda mesmo. Não adianta, quem nunca olhou scrap dos outros que jogue o primeiro mouse. A gente até pode tentar evitar, mas basta olhar pro profile cheio de scraps e lá se vai o clique nas coisas alheias.
Mas o pior não é ler um scrap. Ler a resposta daquela pergunta no profile de uma terceiro é o começo de todo o processo. Quando a gente vê, já entrou na " vida" de dezenas de pessoas. E como se não bastasse, a gente ainda vai no álbum para ver se é pegável, solteira, namorando, casado, se tem amigos e amigas pegáveis. Olha as comunidades e fica emocionado quando vê que a criatura tem tudo a ver contigo. Ah, se ele faz parte da comunidade " Esportes Radicais", " Cala a boca e beija logo" ou " Adoro churras com amigos" deve ser o máximo. Mas se fizer parte das comunidades "Não cago fora de casa", "Eu tiro tatu na sinaleira" ou "Adoro arrotar bem alto" a gente fica com "vergonha de conhecer" essa pessoa. Conhecer? Desde quando? Esqueceu que até 18 cliques atrás ele era apenas o amigo da prima do ex colega do ex namorado da tua amiga que tu tava brigada e que foi lá xeretar nos scraps dela?
E às vezes a gente acaba se apegando a essas pessoas. Perfeitos protótipos de namorado(a) que a gente nunca viu na vida, mas que já conhece os gostos, sabe onde passa as férias, onde estuda, onde sai, se faz coco fora de casa ou não. Daí, um belo dia a gente vai lá e manda um scrap e a pessoa responde. Deu. Basta isso para a gente se sentir íntimo.
Eu, por exemplo, fico brabo, tenho ciúmes, nutro paixões platônicas por gente que nunca vi. Fico brabo quando não tenho resposta e pulo de alegria quando me respondem. Seja online ou seja da TV, eu me pego pensando nas pessoas, julgando, criticando quando essas pessoas nem sabem que eu existo. Maldita mídia. Merda de orkut. Curiosidade desgraçada.

Não tô a fim de escrever...

Sexta-feira choveu convites. Aniversários, shows, happy hours...queria ser 6 em 1 para conseguir fazer tudo, pois todas as companhias eram ótimas. Queria ter dinheiro para fazer tudo isso também. Optei em tomar uma ceva com o Matheus para brindar o aniver dele que era sábado, já que no dia mesmo eu tinha mais um monte de compromissos. Fomos no Picas e tomamos todas. Tava bem legal. Acabei não indo no aniver da Jac, mesmo querendo dar um beijão nela, a vontade de dar uma passada no Ocidente falou mais alto. Fui. Sem comentários. Não precisava ter ido. Aliás, isso é uma coisa que eu sempre sei, não vale a pena ir naquela bodega, mas fazia taannntttooo tempo que eu não ia...
Acabei encontrando a Ju. Não consigo guardar rancor do outros e muito menos ser quem eu não sou. Nos falamos numa boa. Nada de "enfim, juntos novamente", mas se encontrar, será divertido. A distância às vezes é boa para ambos.

Sábado acordei péssimo. Típica ressaca do Ocidente. Péssima. E tinha que filmar ainda. Vi minha Shirle no Fama, tomei banho e me mandei para o set. Muito legal acompanhar a gravação. Minha baita performance se resumiu em passar por trás da personagem princial, interpretada pelo Leo... direto do fundo do tempo... Bah, curso de atores, 1997... coisa boa, era feliz e não sabia.
Mas valeu, 10 segundos "atuando", uma graninha a mais e 3 horas em um meio que sempre me fascinou. Mudarei meus conceitos logo. Chega de metas e números, área comercial e castelo do mal.

Domingão dia dos pais e aniver do meu irmão. Não gosto de datas comemorativas, imagina duas. Mas o almoço foi tranqüilo, rango maravilhoso. Como amo meu pai! Obrigado Deus por ter ele como pai /amigo.

Agora estou ouvindo Joss Stone - Victim of a foolish heart. Sozinho no meu quarto, sem msn, um único cigarro na carteira. Louco para tomar um vinho do frio da serra, calças de moleton, meias brancas, endredon, sem hora para nada, sem mais ninguém por perto de nós. Acordar e dormir beijando. Eterno sorriso de felicidade na cara, uma passagem na mão e todo o futuro pela frente. É pedir demais?

Acorda, Adriano.....vai tomar teu segundo banho que ainda tem o aniver do mano pela frente.

Às compras !!!!!

Definitivamente não posso entrar em shopping.
Fui ao Praia de Belas depois do almoço para comprar apenas um pulover. Saí de lá com camisas, camisetas, tênis, perfume e nenhum pulover. Meu armário é enorme e vive cheio. Mas a real é que metade do meu roupeiro não entra mais em mim e a outra tá se poindo toda. Além de nunca ter dinheiro, sou a pessoa com a maior capacidade do mundo para destruir roupas e sapatos. Chuto tudo na rua, sento no chão, me encosto na tinta e sempre, sempre que estréio uma roupa nova derramo molho, gordura, pasta de dente ou vinho. Desisti de ser arrumadinho. Só não abro mão de perfume. Sou pobre mas cheiroso.

Hoje vou na academia à noite fazer pump. Depois de quase um ano, voltar à academia me dá nos nervos...gente bonita, malhada, arrrgggsssss.... banheiro cheio, só os sarados e eu lá, roxo de frio e sem respirar para encolher a barriga. Mas vamos lá....chegou uma hora em que as roupas já não entram, já não como ninguém, já sinto dores nas costas, cansaço e a começo a ouvir:

- tu engordou, hein?
- tu tem um rosto tão bonito...
- " falei com aquele ali, o gordinho..."

Argssssss...nunca pensei chegar nesse ponto. Dai, quando volto a ter o peso "ideal", ouço:

- tu era tão mais bonito antes,
- preferia antes,
- chega a estar sem bunda,

Ah para, quem deve gostar de mim sou eu. Mas cheguei num momento que nem mesmo o meu eu gosta de mim assim.

PS: não sei com quem ainda, mas vai rolar ceva hoje depois da academia...para comemorar a volta! E o ciclo continua....malha, bebe, come, malha, come, malha, desiste.

Saudosismo...

Hoje estava teclando com a Rê e falamos sobre coisas boas da infância. Como eu queria voltar a ser criança. Mesmo que eu não pudesse mudar nada na minha vida, dormir no colo da minha mãe seria meu melhor presente.
Essa coisa de crescer, envelhecer e nos afastarmos de quem a gente ama mexe muito comigo. Às vezes fico horas olhando pro além e pensando o que será de mim quando eu for sozinho no mundo. Mesmo que a coisa mais natural do mundo seja nascer, crescer, perder, procriar, envelhecer e morrer, nada vai me fazer deixar de ser saudosista com as pequenas coisas da minha infância:

- me afogar mamando e vomitar até pelos ouvidos, ficar roxo de falta de ar e quase matar minha mãe de susto;
- me pendurar no berço, aos berros, querendo atenção (estrela desde sempre);
- viver com a testa roxa de tanto cair de cara no chão;
- dançar de meia e cair de beiço no chão: 7 pontos e chamar a enfermeira do HPS de puta aos 5 anos;
- minha mamadeira azul com um buraco no meio para por a mão;
- fazer sessão de fotos dando discurso, dentro de uma caixa e com uma panela na cabeça,
- ir sozinho, a pé, para o colégio na 1ª série, enquanto minha mãe me seguia escondido para checar se eu olhava pros lados ao atravessar a rua;
- ter a minha merendeira amarela,
- ter meus livros encapados com papel de presente ou plástico;
- usar galochas em qualquer sinal de chuva;
- sair de manhã pro colégio com 5896457 blusões e casacos e voltar de manga curta derretendo;
- chegar do colégio e ouvir o barulho da panela de pressão com feijão novinho;
- comer muito bolinho de arroz, o melhor do mundo, e ter que ir oferecer para a Gaby todas às vezes;
- ouvir sempre o mesmo lembrete antes dos passeios do colégio: "não apronta e não deixa ninguém comer tuas coisas";
- ter as unhas da mãe cravadas na minha orelha por eu atravessar correndo na frente de um carro;
- ter a mesma observação nos boletins do jardim a 8ª série: não conversar em aula;
- pegar filhotinho de passarinho caído depois da chuva e criar durante o verão todo,
- voltar do colégio recolhendo bicho sem dono;
- ter meus dentes moles arrancados com linha presa na porta e meu pai "deixando" a porta bater quando eu ficava distraído;
- encontrar dinheiro embaixo do fogão quando deixava os dentes de leite lá;
- encontrar meus presentes de aniversário escondidos debaixo da cama;
- ter que fazer por merecer meus míseros cruzeiros, cruzados e reais;
- chorar na sacada da casa da vó esperando a mãe chegar do centro;
- dormir no ônibus na ida e na volta das inúmeras idas ao centro com a mãe;
- comer cachorro quente puro pimentão nas Americanas depois de 6 horas na muvuca com a minha mãe;
- ajudar o pai a fazer a cozinha e o banheiro;
- comer goiaba no pé, araçá e amora na casa da vó Dora;
- dormir com os cachorros e gatos na casa da vó Jura;
- esconder as notas vermelhas;
- declamar o verbo To Be pela casa no primeiro mês de inglês;
- comer gemada que o pai fazia;
- dormir na volta da casa da vó todo domingo e ser carregado no colo até o terceiro andar pelo pai;
- "dirigir" no colo do pai na garagem;
- ir pro SOE uma vez por mês por bagunça ou por emburrar as colegas que não me davam beijo na boca;
- dormir cheirando a camisola da minha mãe;
- meu pai me convencendo a comer salada;
- ter como castigo mor comer uma fatia de queijo e um copo de leite;
- fazer de uma garrafa de whisky cortada meu primeiro aquário;
- derramar suco no prato para não comer o bife de fígado "que é bom pra anemia, meu filho";
- me perder no supermercado e ir para casa sozinho aos 6 anos, mais uma vez quase matando minha mãe de susto pela segunda vez;
- imitar os Menudos pra metade do bairro;
- guerrinha de bixiguinha na Getúlio;
- só poder brincar depois das 15h por causa do horário de silêncio;
- ter que dormir a tarde para a minha mãe poder limpar a casa, todos os dias;
- ouvir um "Adriaaaaaaaannnnnnoooo, sobe agora" em alto e bom tom para todo o prédio ouvir;
- plantar feijão no algodão;
- dormir com meu urso quando tava triste;
- dormir sem dar boa noite quando tava brabo;
- receber beijo na testa ao pegar no sono;
- ouvir os vinis do mano escondido com medo de arranhar;
- assustar a Gaby com a música da Cuca;
- brincar de banco, escola e Playmobil no corredor do prédio;
- dormir sem me preocupar com minhas contas.

Saudade.

Mas minha adolescência foi muito boa também...um outro tópico virá.

Uma passagem para a Tunísia...

Semana passada eu queria sumir e meu nick no msn era " Uma passagem só de ida para a Tunísia, por favor". Mas por que a Tunísia? Não sei, na real nunca tinha ouvido falar muita coisa sobre tal Tunísia mas sempre me soou como um lugar onde ninguém vai e, consequentemente ninguém iria me encontar. Mas para minha surpresa, no dia que eu tava usando esse nick, um avião que vinha da Itália caiu matando 13 passageiros num vôo fretado para, advinha onde? Sim, para a Tunísia.
Que horror, meus poderes mediúnicos estão fortes. Quando falei em passagem só de ida eu tava brincando, ok Senhor?

Para quem não sabe, a Tunísia é um país ao norte da África. Margeia o Mar Mediterrâneo, entre a Argélia e a Líbia. Distante 130km, sudoeste da Sicília e 160km ao sul da Sardenha. A capital é Túnis, nacionalidade tunisiana e tem uma população de 9,7 milhões de habitantes segundo o censo de 1997. Suas praias paradisíacas e resorts são destino de muito turistas, entre eles os italianos.
Trata-se de um dos países mais estáveis do mundo árabe e muçulmano. É também um dos mais livres. As mulheres têm direitos civis e não precisam usar o tradicional véu, o shador. Contrapondo-se a essa abertura, no entanto, há um movimento fundamentalista islâmico cada vez mais atuante. A população concentra-se na costa norte e nordeste do país. A região tunisiana é montanhosa e fértil ao norte e desértica ao sul, com lagos salgados no interior.

Quem sabe não é umas?

Programinha cultural...

Depois de um sábado hibernando em casa, resolvi sair no domingo depois que a Let mandou um torpedo anunciando a indiada do dia. Domingo chuvoso, frio perfeito para ficar em casa, namorar, ver TV, dormir, mas decidimos ir ao Santander ver a exposição do Miró.
Não namoramos, já não podemos comer tanto e ver Criança Esperança em casa é fim de carreira. Já sabe o que me restava, né?
Fomos eu, Let e Raca para o centrão. Em todo o centro deveria ter umas... hummm ... umas 15 pessoas. Para fumar um cigarrinho antes de entrar, paramos debaixo na marquise da entrada. Três pegas e poft! Uma pomba, provavelmente cruza com um avestruz, deu uma senhora cagada no meu ombro. Meu casaco preto ficou praticamente uma obra de Miró, com aquele borrão verde, branco e amarelo.
Vimos a exposição e mais uma vez me dei conta que sou um asno em relação a obras de arte. Sinceramente, nada, mas nada mesmo me tocou aquele monte de risco preto pintados com vermelho, azul e amarelo. Aliás, ele não conhecia outra cor? Qualquer criança de 6 anos faz aquilo. Mas as pessoas gostam, pagam muito dinheiro por exemplares e têm zilhões de explicações para a genialidade do cara. Se fosse eu quem tivesse feito aquilo, colocariam a direção da APAE atrás de mim para ver se eu não era fugitivo.
Legal no Santander foi mesmo ver a arquitetura do prédio e o acervo de moedas, cédulas e apetrechos de banco que tem lá.

Saimos dali e fomos no MARGS. Só nós. Todo o museu só nosso. 5 min dentro a gente já tinha visto tudo e nos mandamos para a Casa de Cultura. Depois de um cappuccino com creme e um croissant "fofinho" decidimos tomar UMA tulipa de chop das grandes. Tomamos 6 de 1,2 litro cada. Conversamos bastante. Tava legal.

Incrível como:
- a gente mora numa mesma cidade por 28 anos e não vê tanta coisa legal,
- como eu amo a suite 1000, como me fazem bem,
- como é impossível tomar tulipão na CCMQ sem me lembrar da Fers (correndo, cantando, "tu que um beijo, né? ")... hehehehe, aliás Fers, encontrei ele esses dias, mais B que M...pra variar.
- como as tulipas se multiplicam sempre,
- os bombeiros são eficientes.


PS: Parabéns Fers pelo job!

A companhia faz a noite...

Essa sexta foi longa. Das 9h às 19h no castelo do mal me deixou exausto. Até tava legal, as pessoas estavam de bem com a vida, era dia 05, todo mundo recebeu, mas aquele lugar não é mais para mim.

Noite de sexta e nenhuma idéia do que fazer. Bagasexta? Não tava na pilha. Churrasco na casa do Alex? Até tava, mas não fui convidado. Podem chamar de frescura, mas odeio ser convidado pelo convidado número 35. Ou o dono do churras me convida, ou não vou.

Deixei o carro em casa e peguei o ônibus. Fazia tempo que não andava de busum. Pegar o Menino Deus 77 para ir à Lima e Silva e não encontrar a Fers dentro foi estranho.
Combinei de tomar uma ceva com um casal muito louquinho que de conhecidos de buteco viraram meus amigos queridos. A Rô e o César são umas figuras. Encontrei com eles num mega xis, o Só Comes. Detestei o lugar. Não me sinto bem bebendo e fumando no meio de 200 pessoas comendo xis. Ainda mais com o fedor de fritura e uma chapa enorme com bacon, ovos e afins fritando ao meu lado. Tava um saco. A chefe da Rô estava junto e mais um monte de amigos da mulher, então a Rô parecia uma foca aplaudido tudo que a chefe fazia numa puxada de saco explícita.
Ao me apresentar para tal chefe lipoaspirada até as orelhas, a Rô falou:

- Esse é o Adri. Nosso grande amigo, sabe tudo da nossa vida.
O marido César completa, querendo dar mais aproximação:
- Sim, o Adri sabe até do azulzinho.
Avoado que eu estava perguntei para a Rô: tu transou com um cara da EPTC?
- Não. Disse ela. Tava falando dos viagras que o César toma. Falando nisso, amor, temos que ter um filho.
- Filho nosso? Bah, imagina como ele seria?
Instintivamente respondi:
- Um Smurf. O filho de vocês seria um Smurf.

Paguei minha ceva e troquei de bar sozinho.
Fui no Pica Paus, o famoso Picas outrora ponto de encontros, hoje jogado às traças. Tinha uma "banda de 3 pessoas" tocando um som muito ruim, músicas próprias com uma mini legião de fãs. Não tinha mesa. Resolvi ir embora e me dei conta que não tinha um centavo para pegar o bus. Esqueci o cartão para sacar dinheiro. A saída era pagar uma ceva no balcão com cheque e pedir troco. Ora, já que vou ter que aumentar o valor, baixa mais uma aqui. Consegui uma mesa e fiquei uma meia hora viajando. Como a Cidade Baixa consegue juntar tanta gente feia ao mesmo tempo. Ontem, particularmente, tava um pandemonium. Maloqueiro, gente feia, darks, punks, patricinhas bregas, uma muvuca. Claro que entre os milhares, dava para pescar uma meia dúzia. Quando tava quase indo embora, minha querida ex estagiária e atual funcionária da "A empresa" passou vagando.

Nos sentamos juntos com o Gui e com o Diego e durante horas debatemos os mais diversos assuntos, de racismo ao cara que comia cachorro na zona sul, de Matrix à Porks, de Jesus à Hitler. Se Shakespeare era gênio? Eu acho que não. Dormi em Matrix. O que é dejavu? Não sei explicar, mas já vi isso antes.

Na volta, fui a pé até o cachorro quente perto do Zaffari. Comi, na real devorei, um cachorro quente maravilhoso. Inconveniente foi ver uma turminha de classe média fazendo arruaça na frente da carrocinha. O lixo do lado, mas eles tinham que derramar todos os papéis e latinhas no chão. Antes de ir embora, um deles abaixou as calças no meio da rua mostrando a bunda. Vontade de tocar a salsicha do meu hot dog no meio daquela bunda cabeluda para ele ter vergonha na cara.

Fui para casa a pé às 3h40 da manhã. No fim, a história de trocar um cheque para pegar o bus virou lenda.
Obrigado Natacha. Salvou minha noite.

Pequenas irritações...

Hoje tive que travar uma verdadeira batalha contra meu sono para poder chegar na hora no trabalho. Meu sono, aliás, está cada vez maior. Dormindo cedo ou tarde, não consigo mais acordar num horário decente. Das 7h às 8h15 rolo pela cama num martírio para acordar. Sorte que moro perto do trampo e chego rápido. Queria muito ser aquelas pessoas saudáveis, que amam e conseguem acordar cedo.

Uma térmica de chimarrão, meia dúzia de e-mails e minha manhã já tinha acabado. Acho que mesmo em pé, devo ter dormido uma hora e meia internamente.
Minha alegria foi a Fers ter ligado de Londres assim que chegou. Saudadessssssssss dela. Tava preocupado, mas tudo worked out just fine! Amanhã beberei uma ceva às 20h, mesmo que sozinho para brindar com ela. Ela lá, à meia noite e eu aqui, às 20h. Ela sempre vai beber antes de mim...aqui ela também bebia, pois eu sempre chegava atrasado no bar!

Hoje tinha mocotó no refeitório. Incrível como uma empresa de televisão não presta atenção na própria previsão do tempo. Mocotó com o calor de 30 e vários graus é para matar. Aliás, mocotó já é brabo por natureza, imagina neste calor e no "Le Purê" com sua capacidade imensa de impregnar o cheiro de qualquer comida até na alma. Decidimos ir no Habbib's da Goethe. Comemos razoavelmente bem por pouco. Pobre da Let que foi a sorteada com um Beirute sem cheddar e quando reclamou, ganhou um novo com ovo frito. Ela detesta ovo. E o cheddar tava colado no ovo. Fumamos um cigarro no Parcão e me deu aquela vontade de me atirar na grama e nunca mais voltar para o calabouço.
Voltamos num trânsito péssimo. Na real a ida foi pior, em 3 min quase bateram em mim duas vezes. Gente louca.

A tarde...bom a minha tarde parecia eterna hoje. A Gaby doente, e eu o Victor comendo mosca. Mais 2 térmicas de chimas e nada do tempo passar. Me irritei com algumas coisas hoje, definitivamente não estava e não estou uma boa companhia nem para o msn.

Vim para casa. Meu irmão tava aqui. Conversamos um pouco. Como é bom morarmos separados. Me abostei no sofá e vi tudo o que tinha na TV. No GNT, uma matéria da bicha louca Michael Jackson. Meu Deus, que monstro(a) ele. Era um documentário sobre os supostos abusos dele com as crianças. Fiquei vendo algumas cenas de show que ele insiste em colocar a mão na virilha. Será que ele se acha sexy? Será que alguém em sã consciência acha aquilo sexy? Ele deve ter pau minúsculo? Será que ainda tem pau?

Troquei para a minha Xica, tá tão boa a novela!

Coloquei na BBC e comecei a ver sobre uma matéria que a TV da Al Qaeda tinha divulgado sobre possíveis novos atentados nos EUA e Inglaterra. VÃO SE FUDER, FANÁTICOS RELIGIOSOS. Querem se matar, se matem nos seus países, porra! Queria que o Bush morresse hoje. Cuzão de merda que começou tudo.

Falando em cuzão, me lembrei de americano metido a "processo tudo e todos". Tava lendo hoje "NY é processada por inspeções em mochilas". O povo alega contrangimento nas revistas de suas mochilas no metrô. Pergunto eu: se tu queres segurança, qual o problema de alguém olhar tua mochila? Rabo preso? Tráfico? Vibradores escondidos? (se a moda pega aqui... poutz). Sou da opinião que quem não deve não teme e que se for para o bem dos outros, tô sempre disposto a ajudar.

Me irritei com o Michael, com os noticiários e com e merda da tecla Insert do meu teclado que insite em ter vida própria. Pra que serve essa merda??? Odeio estar escrevendo e aquela merdinha lá apagando o resto da frente. Tô numa merda de uma tosse. Encatarrado. Ranhento. Com gosto do ovo do beirute até agora. Te entendo agora Let.

Mas o melhor momento de todos hoje foi eu, Rê, Juli e Raca tentando de todas as formas decifrar um desafio. Não conseguimos, ainda.

Quer tentar? Clique aqui.

Mande seu comentário com a resposta!!!

PS: Encatarrado e ranhento? Adriano, Adriano, e tu ainda quer namorar? Depois dessa...

Fecha-se o ciclo. Ponto final.

Diazinho do cú foi essa terça.
Não tinha nada para fazer a tarde a não ser ver o depoimento do Zé Dirceu. Que baixaria, baita programa para se ver em casa, não pelo Terra travando toda hora.
Tava num humor tão neutro... fiquei feliz por termos resolvido fazer um happy. Mas minha excitação transformou-se num mau humor nível 3 (escala de 0 a 10). Ninguém sabia onde queria ir. Sugeri alguns lugares, entre eles o Pub Nova York.
Fomos....
Adoro aquele lugar. Adorei minhas companhias. Carola, cada vez mais!!!!
Mas para variar, mais uma vez, o tal do Murphy. Ele deve ter atração sexual por mim, deve me amar.

Existem 6 bilhões e 477 milhões de habitantes no planeta e uns 300 bares em POA. Isto é, se todas as pessoas da terra que eu poderia sair, namorar, casar, amar viessem para esta cidade, eu teria 21 milhões e 518 mil e 999 chances de NÃO encontrar a tal pessoa em cada bar.

Advinha?

Sim, nos últimos 6 dias, eu saí dois. Entre os 300 bares de POA, eu fui em dois. Nos dois encontrei a tal pessoa. Zona norte ou zona sul, centro, leste, oeste. Coincidências existem sim, não me venha falar de destino.

Vindo para casa lamentei muito não estar com um cd específico para extrapolar as idéias num postinho. Só tinha Smiths e ter que ouvir "The boy with the thorn in his side" seria praticamente um tratamento de choque. Troquei 125894656 vezes as estações e nada para me inspirar. Para tomar minhas decisões, sempre ouço alguma coisa que me remeta a determinada situação. Coloco os prós e os contras, meço tudo o que eu fiz e o que me fizeram. Daí cheguei a seguinte conclusão: sou sempre eu que tenta ser legal, que da presente, que deseja sucesso e coisas boas... pra que? Se é para ser legal, serei só com quem realmente faz parte da minha vida.
Sem mágoas. Sentimentos nulos na verdade.

Durante muito tempo posterguei escrever essa música, pois o "combinado" era que essa música seria o adeus. Mas na atual conjuntura que minha vida está, este é o momento perfeito.

Fecha-se o ciclo.

PS: Rê, tradução nos comentários para ti.

I"ll remember

Say good-bye to not knowing when
The truth in my whole life began
Say good-bye to not knowing how to cry
You taught me that

And I'll remember the strength that you gave me
Now that I'm standing on my own
I'll remember the way that you saved me
I'll remember

Inside I was a child
That could not mend a broken wing
Outside I looked for a way
To teach my heart to sing

And I'll remember the love that you gave me
Now that I'm standing on my own
I'll remember the way that you changed me
I'll remember

I learned to let go
of the illusion that we can possess
I learned to let go
I travel in stillness
And I'll remember
happiness
I'll remember

No I've never been afraid to cry
Now I finally have a reason why
I'll remember

Deus dá dentes... a Corega, a cola!

Quando acabou LOST, coloquei no SBT para ver Xica. Eis que começa a Hebe e logo de cara ela faz um merchandising do tal Corega para dentaduras. Ok, milhões usam dentaduras, mas o que encucou foi a Arlete Sales fazendo a propaganda. Antes dela a Suzana Antipática Metida Vieira já tinha feito.
Como deve ser difícil para um artista, outrora símbolo sexual, mocinha, galã ter que "recomendar cola para chapa". Ora, se recomenda é porque usa. Eu, por exemplo, não recomendo absorvente higiênico, sutiã, remédio para cólicas nem cera depilatória. Fico imaginando o parceiro de cena após ver esse merchan e ter que beijar apaixonadamente a usuária da tal fita adesiva.
Dizem que nas filmagens do filme Os Normais, o Evandro Mesquita foi dar sua fala e perdeu um pivô.

Imagino daqui muitos anos, a Suíte 1000 conversando sobre dentadura:
- eu iria esquecer na casa de alguém,
- a Rê iria tirar para gritar e fazer careta,
- a Let iria deixar cair certo e iria explicar a fórmula da Corega,
- e a Raca juraria até a morte não usar chapa. Nasceu lisa e bem dentada.

Vai ser bem estranho ver a Deborah Secco velha, sempre piscando, anunciando a nova Corega 2038!

Desnecessário...

Sexta-feira li a coluna do Paulo Sant'ana e fiquei absimado com a falta de assunto ou com a falta de simancol dele.
Ele comenta que a Ana Paula Padrão alega ter saído da Globo por um desejo de ser mãe e consequentemente não trabalhar mais até o meio da madrugada, mas que na verdade estaria interessada no salário de R$ 250.000 oferecido pelo SBT.

Ora, quem não gostaria de ganhar isso, ser a grande cacique da emissora e trabalhar num horário "normal"? Mas o infeliz Paulo Sant'ana diz que prefere a audiência global ao salário milionário da emissora paulista.
Se for assim, ter apenas o nome Globo na carteira de trabalho deve ser a única coisa no mundo que importa. Será que uma audiência e a marca Globo pagam aluguel, compram leite, dão colégio particular e realizam sonhos?? Essa mentalidade de que trabalhar em tal lugar já basta faz com que os empresários paguem o que eles acham que a gente merece.
Aquela velha história de que se tu não aceitar, tem centenas querendo a tua vaga para ganhar até menos.
Não vamos muito longe, aliás. Isso acontece em tanto lugar...se é que me entendem. Depois não sabem porque vários profissionais estão se mandando.

Mas a maior imbecilidade que esse senhor fez foi comparar a situação da Ana Paula com a da Cristina Ranzolin. Não quero discutir a qualidade de cada uma, mas dizer que a RBS pagou 10 x mais o salário que ela ganhava na Globo para trazê-la de volta foi hilário. Ele mesmo, que prefere audiência, não acha que seria muito melhor para ela continuar no Jornal Hoje que tem uma audiência nacional a apresentar um programa regional ? Por melhor que seja a posição da Cristina Ranzolin na afiliada gaúcha,nem de longe pode-se comparar o salário das duas. E mesmo que pudesse, seria no mínimo anti-ético discutir o salário de uma colega no jornal de maior circulação do estado. Para melhorar ainda mais, ele comenta que o marido da apresentadora, Falcão, ganha salário duplo: pela RBS e pela Globo. Desnecessário.

Sr. Sant'ana, em época de sequestro e violência explícita, enaltecer os ganhos de um figura pública é perigoso. O Sr. esqueceu que fora da TV ela é mãe, esposa, tem família? E para os leitores que não são da área do jornalismo, comparar um salário de R$ 250.000 dá margem para que o público acredite que a gaúcha ganhe tanto quanto.

Minha sugestão: na sua próxima coluna, escreva sobre o seu salário.