A companhia faz a noite...
Essa sexta foi longa. Das 9h às 19h no castelo do mal me deixou exausto. Até tava legal, as pessoas estavam de bem com a vida, era dia 05, todo mundo recebeu, mas aquele lugar não é mais para mim.
Noite de sexta e nenhuma idéia do que fazer. Bagasexta? Não tava na pilha. Churrasco na casa do Alex? Até tava, mas não fui convidado. Podem chamar de frescura, mas odeio ser convidado pelo convidado número 35. Ou o dono do churras me convida, ou não vou.
Deixei o carro em casa e peguei o ônibus. Fazia tempo que não andava de busum. Pegar o Menino Deus 77 para ir à Lima e Silva e não encontrar a Fers dentro foi estranho.
Combinei de tomar uma ceva com um casal muito louquinho que de conhecidos de buteco viraram meus amigos queridos. A Rô e o César são umas figuras. Encontrei com eles num mega xis, o Só Comes. Detestei o lugar. Não me sinto bem bebendo e fumando no meio de 200 pessoas comendo xis. Ainda mais com o fedor de fritura e uma chapa enorme com bacon, ovos e afins fritando ao meu lado. Tava um saco. A chefe da Rô estava junto e mais um monte de amigos da mulher, então a Rô parecia uma foca aplaudido tudo que a chefe fazia numa puxada de saco explícita.
Ao me apresentar para tal chefe lipoaspirada até as orelhas, a Rô falou:
- Esse é o Adri. Nosso grande amigo, sabe tudo da nossa vida.
O marido César completa, querendo dar mais aproximação:
- Sim, o Adri sabe até do azulzinho.
Avoado que eu estava perguntei para a Rô: tu transou com um cara da EPTC?
- Não. Disse ela. Tava falando dos viagras que o César toma. Falando nisso, amor, temos que ter um filho.
- Filho nosso? Bah, imagina como ele seria?
Instintivamente respondi:
- Um Smurf. O filho de vocês seria um Smurf.
Paguei minha ceva e troquei de bar sozinho.
Fui no Pica Paus, o famoso Picas outrora ponto de encontros, hoje jogado às traças. Tinha uma "banda de 3 pessoas" tocando um som muito ruim, músicas próprias com uma mini legião de fãs. Não tinha mesa. Resolvi ir embora e me dei conta que não tinha um centavo para pegar o bus. Esqueci o cartão para sacar dinheiro. A saída era pagar uma ceva no balcão com cheque e pedir troco. Ora, já que vou ter que aumentar o valor, baixa mais uma aqui. Consegui uma mesa e fiquei uma meia hora viajando. Como a Cidade Baixa consegue juntar tanta gente feia ao mesmo tempo. Ontem, particularmente, tava um pandemonium. Maloqueiro, gente feia, darks, punks, patricinhas bregas, uma muvuca. Claro que entre os milhares, dava para pescar uma meia dúzia. Quando tava quase indo embora, minha querida ex estagiária e atual funcionária da "A empresa" passou vagando.
Nos sentamos juntos com o Gui e com o Diego e durante horas debatemos os mais diversos assuntos, de racismo ao cara que comia cachorro na zona sul, de Matrix à Porks, de Jesus à Hitler. Se Shakespeare era gênio? Eu acho que não. Dormi em Matrix. O que é dejavu? Não sei explicar, mas já vi isso antes.
Na volta, fui a pé até o cachorro quente perto do Zaffari. Comi, na real devorei, um cachorro quente maravilhoso. Inconveniente foi ver uma turminha de classe média fazendo arruaça na frente da carrocinha. O lixo do lado, mas eles tinham que derramar todos os papéis e latinhas no chão. Antes de ir embora, um deles abaixou as calças no meio da rua mostrando a bunda. Vontade de tocar a salsicha do meu hot dog no meio daquela bunda cabeluda para ele ter vergonha na cara.
Fui para casa a pé às 3h40 da manhã. No fim, a história de trocar um cheque para pegar o bus virou lenda.
Obrigado Natacha. Salvou minha noite.
3 Comentários:
que historia eh essa de musica no picas? tem som ao vivo agora???
bj
Adri!
Me diverti um monte na sexta-feira. Adoro encontrar você, principalmente quando nesse lugar podemos sentar, conversar e tomar ceva. O Gui tb adorou a noite!
Bj
Natacha
Bah! Ainda bem que eu tenho teu telefone agora! Já vi que tu é 24h mesmo...
Eu ia te sugerir ir a pé, mas não naquele horário né???
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