sábado, janeiro 28, 2006

Essas minhas mulheres...

Hoje é aniver da minha mãezinha!
Logo a meia noite já enchi ela de beijos me atirado na cama dela.
Fui no shopping comprar um presente e comprei um lindo vestido lilás, bem clarinho, a cor predileta dela...mas ficou pequeno, que pena. Troca-se.

Claro que eu, que só entro em shopping para ir ao cinema ou com cartão com saldo, acabei dando uma passadinha na Saraiva e saí de lá com dois CDs.
Madonna - Confessions on a dance floor (o meu era baixado...fã que é fã compra original)
Daniela Mercury - Balé Mulato. Antes de QUALQUER comentário...hehehe...eu amo ela.

25 minutos de shopping e R$ 110,00 a menos. Mas precisava. Mãe é mãe. Madonna é Madonna e Dani é Dani. As 3 mulheres da minha vida. Let, Fers, Luna, Pri, Re, Raca, vocês também são, mas me saem mais barato, com certeza.

Mas a pergunta é: será que eu sou o único que ainda compra CD original?

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Indo pro ralo....

E o Brasil ainda quer ser um grande pólo turístico e atrair nomes de peso do showbizz internacional.

Janeiro de 2006, entre outras coisas:
- tumulto e fraude nas vendas para o show do U2,
- casal de turistas americanos asslatados no Rio,
- 33 TURISTAS INGLESES ASSALTADOS NO RIO!!!! 33!!!

Repercusão mundial do assalto dos ingleses, feito de uma maneira cinematográfica, com auxílio de funcionário do aeroporto, armas de fogo, interceptação do ônibus dos gringos em uma grande avenida.... o filme do Brasil está cada vez queimado.

Políticos ladrões, povo ladrão, gente querendo ter vantagem em tudo, desorganização geral (menos no crime, que é super organizado!!!), presidente metiroso (ou idiota).... mas o que importa se já é quase carnaval e tudo pára mesmo?

Falta muito pouco para essa maldita mania de jeitinho brasileiro acabe afundando de vez esse país tinha tudo para ser um paraíso.

É triste. E dá vergonha.

Imigrando...

E a pobre baleinha que entrou no Tâmisa em Londres acabou morrendo.
Biólogos ingleses farão uma biópsia para ver a causa da morte.
Tenho uma hipótese: excesso de brasileiros dentro do animal para entrar ilegal em Londres.
Alguém duvuida da capacidade dos brazucas para driblar a lei de qualquer lugar do mundo? Eu não!

A fila anda...

Para mim, uma das coisas mais incríveis na vida é o entra e sai de pessoas em nossos círculos de amigos e família.
Hoje, mais uma vez me dei conta que família são aqueles que a gente escolhe.

Fui na formatura da minha prima mais nova e fora todos os rituais de colação de grau, paranínfos, oradores e blá blá blá, a coisa foi rápida e legalzinha. Não fui na maior das boas vontades, pois uma vez formado, toda formatura é um saco. Nas vezes em que o formando realmente vale o esforço, eu me divirto. Nas outras vezes, fumo meu cigarro na rua e fico devaneando durante todo o evento. Penso na cotação do euro, se fiz coco, se paguei a TV a cabo. Hoje foi tudo muito rápido para dar tempo às minhas loucuras.
Chorei ouvindo o hino nacional. Sim, uma lágrima escorreu mesmo eu enrolando 60% da letra. Sim, eu não sei o hino todo! Chorei por me lembrar que um dia, em algum lugar, vou sentir saudades daqui e chorarei ao ouvir o “dos filhos deste solo és mãe gentil. Pátria amada,
Brasil.”

Mas vontade de chorar mesmo foi quando revi a família do meu pai – não é mais minha há tempos – na saída da colação. Já postei nesse blog minhas indiferenças e mágoas com aquela gente e vou poupar vocês, caros leitores, dessa histórinha de intrigas e desprezos. Mas é impossível eu dormir esta noite sem desbafar nesse teclado minha tristeza.

Se o Instituto Butantã desse uma blitz lá, meus ex parentes seriam enjaulados na hora. Um bando de cobra, víboras. Um cinismo a flor da pele. Me senti mais uma vez um lixo perto daquela gente. Fora a formanda e o pai dela, os quais eu ainda nutro um grande carinho, o resto se trocar por merda, o cu tem prejuízo. Tinha tudo para ser uma boa festa. Lugar bom, som bom, comida excelente, mas a cara de bunda do meu pai para mim e para a mãe era algo. Meu pai muda completamente quando está ao lado da irmã dele e suas filhas. Tudo parace girar em torno delas, como sempre. Meu diálogo com o meu pai girou em torno de “como tu tá gordo”, “falou com a tua tia?”, “não corre”. Só isso. Um monólogo na verdade. Ele falando nas poucas vezes que ficou ao nosso lado e eu lá quieto, com uma vontade louca de mandar todos a merda e me mandar.

A sensação que eu tive durante toda a noite era de que a qualquer momento uma outra família do meu pai, nova esposa, novos filhos iriam aparecer e os seguranças teriam que colocar eu e minha mãe no vaso sanitário e puxar a descarga.
Minha maior chateação foi parecer ser sempre menor e menos importante para o meu pai do que a vizinha da cunhada da minha tia. Todos recebiam sorrisos, passadinhas na mesa e nós só recebemos as críticas e cobranças.

Quem me conhece sabe que eu nunca deixo de gostar de alguém sem motivo concreto. Para mim, todo mundo é legal, até que me provem ao contrário. Me provaram há tempos que aquele gente não presta (para mim, pelo menos). Aliás, eles mesmo provam de tempos em tempos o quão podres eles são.
Que aqueles que se dizem meus parentes fossem os mesmo idiotas que sempre foram eu entendo. Mas que o meu pai mais uma vez faça questão de ser um deles, eu não admito. Demorei muito tempo para assimilar e aceitar que a gente não é obrigado a gostar dos nossos laços sanguíneos. É meio estranho isso, mas faz parte da minha vida e com certeza da de muitas pessoas. Não gosto deles. Não faço questão que gostem de mim, falem comigo ou olhem para mim.
Só quero estar longe da maioria. A formanda, querida. Gente boa, provavelmente também não mereça os insuportáveis com o rei na barriga – tudo pobre metido a besta – mas cada um tem um nível de tolerância.
Amo de amar mesmo, pai, mãe e mano. Alguns outros, um carinho. Por outros, nem uma golfada de vômito traduziria o que eu sinto.


Em compensação, às vezes a vida nos brinda com pessoas muito melhores no nosso caminho. E com certeza isso me fez encontrar, tias, tios, primos, primas, irmãos e irmãs que mesmo não tendo um mililitro de sangue em comum comigo, são aqueles com os quais eu sei que posso contar a vida toda e com certeza me divertir nas formaturas
A todos esses, meu mais sincero obrigado!

Nas tardes de 15 anos...

Sábado fizemos uma rodada de Imagem e Ação na casa da Nat e pela primeira vez perdi. (Carla, se leres isso, sabes o quanto somos bons juntos no jogo e a minha imensa raiva em perder.)
Tava muito legal.
Meus programas nesse momento desempregado(?) de férias estão cada vez mais próximos aos que eu fazia aos 15. Papo furado, parque, ceva no meio da tarde, filmes na casa de amigos. Não tenho do que reclamar do meu pessoal.

Falando em pessoal, o Tiago está passando uns dias aqui e volta para Londres dia 09/02. Vontade de ir junto!!!! Saudades daquele alemão. Foi muito bom encontrar com ele na quarta, pena que o tragoléu que todos tomaram foi o mais forte dos últimos meses. Pra que tanto?

Saudades imensas da Raca... saudades!!!!

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Monday bloody monday...

Não vou comentar muito o assunto, pois se eu começar, ou choro, ou quebro o computador ou mato o Alexandre Accioly e os incompetentes que "organizaram" o show do U2 no Brasil.

14 pontos de venda, 12 em SP e 2 no Rio. E o resto do Brasil?
Um site para compra que está SEMPRE fora do ar.

Acho meio inacreditável que 73.000 ingressos entre R$ 200 e R$ 380 esgotaram em um turno num país onde se come merda e se ganha 300 reais para passar o mês.

Morte aos cambistas, idosos e grávidas filhas da puta que enganaram a galera.

Essa "monday bloody monday" vai ficar na história como o dia que o Brasil comprovou que não tem condições de trazer um show decente. E ainda prometem para 2006 Coldplay, Shakira, Foo Fighters, New Order, Oasis e MADONNA!!!!! Esse paízinho de merda merece É o Tchan, Preta Gil e Tati Quebra-barraco para sempre.

Se eu queria ir no U2? Queria.
Agora quero mais que o Accioly fique broxa pro resto da vida, seja espacando por um fã irado e a Rede Pão de Açúcar seja saqueada.
Vou comprar o DVD.

sábado, janeiro 14, 2006

Confiro-lhe o grau...

Hoje faz 6 anos que eu me formei. Dia 14 de janeiro de 2000. Um dia MUITO quente, como tem sido todos os dias deste ano.

O tempo passa e a poupança do Adri nunca fica numa boa!

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Cuspir: a nova modalidade do meu almoço...

Essa semana as manias de comprar compulsivamente tudo o que vê pela frente que a minha mãe tem, chegou ao limite máximo entre a mania e a saúde.
Como tem MUITA, mas MUITA coisa na geladeira aqui da minha casa, a pobre máquina não gela mais. Não se vê mais a luz de dentro e as gavetas não abrem mais de tanta coisa entulhada. Se eu tivesse uma digital (sim, eu ainda não comprei uma) iria tirar fotos e mostrar para vocês.
Sabem qual o resultado disso? Comida estragada aos quilos. Terça que quase vomitei ao engolir um pedaço de lazanha azeda que fizemos no almoço. Azedou, claro, no calor. Quarta comi um pizza meio suspeita. Ontem tomei um suco de goiaba que mais parecia um chá de tão quente, cuspi na pia a ambrosia azeda e lutei contra os mofos dos queijos. Hoje a vez foi de cuspir em pleno almoço o bife a milanesa, pois a carne - depois de dias na geladeira sauna- estava passada.
Não consigo entender como uma pessoa prefere ver as comidas estragando a comprar menos. Tem 3 panetones em cima da mesa. Eu destesto panetone. Tem sempre duas caixas de leita na geladeira. Eu não tomo leite há uns 13 anos. Iogurtes, queijos, chester, pepino, catchup, mostarda, maionese..tudo em dobro. Mas a campeã é a margarina: 4 normais, 1 provolone, 1 oliva, 1 alho, 1 ervas finas.... deve ter umas 9 margarinas. Moro só eu e a minha mãe!!!!!!

Caso o Brasil entre em guerra, podem procurar mantimentos aqui.

Say goodbye...

Ontem foi a despedida da Raca no aeroporto.
Quase chorei. Saudades daquela guria, muitas.

Raca, até mais. Até abril. Até London. Até 2007!

4 tapas na cara...

Nessa semana infernal de calor, ouvi as seguintes frases que OU me deram vergonha na cara OU vontade de me atirar de um precipício:

- Mas como tu te descuidou, hein? Tens que caminhar muito agora. Tá feio, sabia?

(Autor: meu vizinho de 70 anos ao me encontrar chegando em casa ensopado depois de uma caminhada na Redenção)

- Mas como tu tá gordo. Cada vez mais.

(Autor: um senho de 76 anos que frequenta o buteco aqui do lado de casa ao me ver durante o dia indo comprar cigarro na padaria)

- O fulano de tal também tem o mesmo problema (suor) que tu tens. É coisa de gordo.

(Autor: o prefessor bixa louca (querido ele) que vai no Frango ao reparar que eu estava destilando dentro do bar a uns 38 graus)

- Tu engordou hein? Tu estás tomando remédio? Algum anti-depressivo? Isso engorda.

(Autor: Guilherme, carinha rock'n'roll, também acima do peso, ao tomar uma ceva comigo ontem.)

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Big Besteira ou Big Beleza Brasil?

Desta vez a Globo se puxou na escolha dos candidatos(as). Fora uma e um participante, o resto da galera da casa são muito mais bonitos que qualquer outra edição do programa. Um bando de modeletes, completamente fora do estereótipo "normal". Mariana, Roberta, Daniel Saullo e Rafael são, na minha opinião, os que serão, num futuro próximo, os sonhos de consumo da Playboy e G Magazine. Anotem aí.

Em contrapartida, a Globo pisou feio na bola em manter os mesmos protótipos de participantes: um negro e uma negra, uma burrinha, um gay enrustido, uma (várias) gostosonas, um (vários) gostosões, o engraçadinho, o introspectivo, a pobrinha... sempre a mesma fórmula!

Se o enredo do BBB é igual a de uma novela, com fofocas, intrigas, panelas, complôs, bandidos e mocinhos, seus integrantes estão cada vez mais dentro do padrão Globo de elenco: bonitos, bons de vídeo, mas nem sempre com alguma coisa prestável além disso.

Prometi não ver mais o BBB desde quando o imbecil do Dhomini ganhou o terceiro, mas é sempre a mesma coisa, olho nem que seja para reclamar. E dá-lhe audiência para a Vênus Platinada.

sábado, janeiro 07, 2006

Downtown...

Fui no centro com a mãe na quinta. Me lembrei de quando eu passava o dia todo batendo perna com ela. A minha mãe ia no centro e passava 5, 6, 7 horas entre Americanas, C&A, Renner, Guaspari, Grazziotin, Mesbla, Arapuã, Pernambucanas... ufa, canso de lembrar. Eu odiava profundamente esses programas de índio.
Está aí a explicação pela aversão que eu tenho a shopping, lojas de departamentos e afins.
As únicas coisas boas dessas indiadas era dormir no ônibus com a cabeça no colo da mãe. Dormia de babar. E a outra era comer cachorro quente nas Americanas. Eu amava. Era puro pimentão e cebola, mas eu amava.
Viu, quando as coisas são boas, nos marcam para sempre.
Odeio shopping e centro, mas até hoje durmo cheirando o cangote da minha mãe sempre que possível e comida para mim tem que ter pimetão e cebola.

PS: fui no mercado público, comprei uma erva mate maravilhosa. Como é legal comprar em mercado...tem tudo. Nos meus 28 anos foram raríssinas as vezes que eu entrei lá.
Quando eu era pequeno, minha mãe me levava para comer salada de fruta com sorvete numa banca bem famosa lá. Uma vez vi o garçom completando os copos retirados das mesas com mais salada e servindo depois para outros clientes. Peguei um nojo e nunca mais voltei lá. Mas confesso que me deu uma mega vontade de comer uma saladinha de frutas com napolitando em cima.

Gordura cíclica....

Resolvi caminhar essa semana. Fui 2 dias. Isso mesmo, de 7 dias eu fui 2. Adorava caminhar, mesmo. Agora tenho uma preguiça mortal de andar 10 minutos. Ainda mais com o calor insuportável que anda fazendo.
No primeiro dia de caminhada, me senti um calouro do Raul Gil. Só tinha EU de barrigudo na pista da Redenção. Um bando de gente sarada sentado nos bancos, tomando chimarrão, ceva e eu lá caminhando, encharcado de suor, roxo de cansado. Parecia que eu era candidato a uma vaga num reality show e o povo era o juri.
Quando chegou os outros barrigudos, gordinhas e afins eu já estava colocando os pulmões pra fora.
Fui embora depois de 1h e 10 minutos de caminhada. Tonto, louco de fome e sede, muita sede.
O que eu fiz?
Tomei banho e fui pro Alex comer churrasco...com cerveja.

As férias dos "Nãos" ...

Queria ter alguma coisa legal para contar para vocês hoje, mas faz dias que nada acontece na minha vida. Estou um vagal, sem nada para fazer. É muito estranho essa vida de desempregado (estou em férias, mas a caminho de ser um), pois não sei o que fazer com tantas horas num dia.

Não posso procurar emprego, pois não sou oficialmente desempregado.
Não posso viajar porque não tenho dinheiro, só para variar.
Não posso sair todos os dias para tomar uma ceva na tarde, pois ou explodo, ou vou a falência, ou vou pro AAA, ou tenho cirrose ou minha mãe me expulsa de casa.
Não posso ir muito no cinema, pois está muito caro. Senhor, como sinto falta dos bolinhos de ingresso em outras épocas...fartura!
Não posso pegar sol para não parecer muito crioulo no passaporte,
Não pego piscina pois minha barriga está um atentado ao pudor.

Vou ver TV, aproveitar enquanto a NET não me corta.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Aconteceu comigo ... 4 min de prevenção!

Mais uma da série..

Uma das vantagens em trabalhar com venda externa é poder fazer as tuas coisas particulares no meio do dia e ser pago para isso. Uma vez, entre uma reunião e outra em agências em lados opostos da cidade, parei na Renner do centro para pagar "uns carnês". Como eu estava sem carro, tinha que fazer hora entre uma lotação e outra. Na Renner do centro tem umas 40 caixas para pagar. Tudo em nome dos 4 minutos de espera máxima...
Assim como eu, metade dos clientes da loja resolveram ir pagar também. Fila em S, caracol, Z, sei lá o que. Eu com uma mega pasta atrolhada. Toca meu celular. Um cliente querendo orçamento de mídia. Coloquei o celular no ombro, dobrei a cabeça. Enquanto explicava para a criatura os valores do projeto, resolvi pegar um chiclé...um Trident. A fila andando, eu com pasta no ombro, celular no outro, procurando o chiclé. Achei. Coloquei o pacote nos dentes para rasgar. Rasgou. Todo mundo me olhando. Empurrei o conteúdo para a ponta da língua. Quem não tinha olhado ainda, olhou com cara de espanto. Quando senti o gosto, fiquei com medo de entender o porque toda a fila da frente estava me olhando assustada.
Ao invés de ter aberto um Trident, eu tinha aberto um pacote de camisinha!!!
Imaginem a minha cara que já é um deboche em pessoa com uma camisinha na boca com 36 pessoas me olhando. E eu no telefone, louco para rir...e nem podia sair correndo, pois era aquela fila que tem cordas nas laterais, gente na frente e gente atrás.
Coloquei a camisinha na pasta, olhei pro além e assim fui até ser atendido...bem mais que 4 minutos depois!

U2? Será que rola?

Buenos Aires está fora de cogitação. Muita grana que eu não tenho para pouco tempo, que tenho de sobra!
Agora é tentar ver o U2 em São Paulo.
Consegui passagens baratas. Tenho onde ficar. Tenho assuntos pendentes.
Mas os caras não confirmam o show.
Estou ficando nervoso!!!!!

Eu só quero ir where the streets have no name...

5, 4, 3, 2 , 1 ... a mesma coisa.

Em casa....

Minha mãe se puxou na ceia, fez comida para um batalhão de gente. Meu pai não veio, preferiu passar o ano novo com a "amiga" dele e os filhos dela. Aos 58 anos, meu pai continua cara de pau e medroso. Tem medo de assumir que não é mais casado com a minha mãe, que tem uma namorada e que considera a família dela o máximo. Todos sabem disso. E quando eu digo todos, me refiro àquela podridão da família dele, ao pedreiro, ao cara que vende azulejos, a dona do quiosque da praia. Todos perguntam para ele: E a fulana, não vem? Tudo na minha cara ou na do meu irmão, e meu pai se retorcendo todo em caretas diz baixinho: não, ela tá trabalhando.
Meu pai não se deu conta que eu tenho 28, meu mano 35 e minha mãe até conhece a mulher.
Bom, mentiras a arte, iria passar eu, o mano e a mãe só. Isso é, um velório quase. Mas a nossa vizinha de rua iria passar sozinha, então a mãe a convidou.
Tava bem legal, a mulher é muito astral, uma coroa enxuta pra caramba, bem gostosona!
Eu coloquei a mesa e me puxei. Fiz arranjos, cestas de frutas, prato raso, prato fundo, taças, copos de cristal. Coloquei uns mini aquários com água, vela (amarela) em forma de estrelas, corações, junto com pétalas de flores. Um outro com moedas. De baixo de cada prato coloquei nota de dólar. Num cantinho, coloquei uns patuás como pipoca, santinhos. Tudo para fazer a noite de reveillon uma coisa mística e bem alegre.
Meu irmão trabalhou até 23h45, coitado. Chegou em casa 2 pra meia noite. Ora, já era hora de brindar, né? Pois bem, enquanto eu pegava o champanhe, meu irmão já tinha sentado, enchido um prato fundo que seria só para comermos a lentilha. Colocou todos as espécies de comida da mesa dentro de um prato. Parecia uma marmita. Quebrou uma taça, tomou 3 copos de Coca Cola em 2 minutos e perguntou: Pra que essa frescura de dinheiro embaixo dos pratos? Pra que pipoca? Batuque?
Pronto, todo o clima de passada de ano foi pro ralo. Acho incrível como alguém pode ser tão insensível. A vizinha e eu cantando "feliz ano novo, adeus ano velho", minha mãe comendo e meu irmão já levantando da mesa tendo uma congestão quase. Odeio essa época do ano, pois me lembro dos porres do meu pai a cada virada, minha mãe chorando, minhas tias berrando...
Mas a verdade é que eu acho que nunca passei uma virada feliz, onde todos participassem. Quem leu o post sobre o Natal já pode imaginar que quando eu saí de casa para a festa de Reveillon com o pessoal, meu irmão se instalou no meu quarto, ficou na internet deixando minha mãe sozinha lavando louça até altas horas. É por essas e por outras que tenho medo de sair daqui e me mandar para Londres. Mas vou juntar grana e levar a véia para lá no próximo ano

Na festinha....

A festinha lá na casa do Alex tava muito legal. Mais caída que o ano passado, mas valeu a pena. Me diverti bastante, bebi bastante mas não fiquei bêbado. O bom foi a finaleira com os amigos tocando uma viola, todo mundo sem voz e sem a mínima noção das letras. Dia lindo, sol a pino e a mãe do Alex nos expulsando a chicotada foi incrível. Tudo numa grande brincadeira, é claro, pois já era 8h30 da manhã. Pena que o chopp estragou... a galera torcendo a torneirinha desesperadamente para sair um monte de espunha. Essa galerinha é muito do bem, guerreiros. Adoro eles. Todos! Que 2006 seja tão do bem como eles são.

De volta pra casa...

Fui dormir às 9h30, no quarto da Madonna (minha cadela tem um quarto com cama de solteiro, gurada roupas, ventilador de teto e som). Minha mãe foi lá me contar o resto das grosseria do meu irmão. Não adianta...seja 1988, 1996, 2001, 2006, 2014...minha família não muda.