E dá-lhe força de vontade...
Meus últimos dias foram os mais insignificantes dos últimos meses. Anos, talvez. Nessa semana passada, sai bastante, fui a vários bares, churrascos, vi pessoas novas, mas nada, nada mesmo me agradou. Estou numa fase “saco cheio de tudo isso”, mais uma vez. Mas agora a coisa parece estar chegando num patamar insuportável. Fora meus amigos e amigas do peito mesmo, não consigo mais mexer a boca para esboçar um sorriso, nem que seja um amarelo. Em casa, tudo na boa dentro do possível. Há 28 anos ouço os mesmos papos, as mesmas lamentações e convivo com as mesmas manias. Já estou vacinado. Mas é isso que chamam de família, não? Pois é ... elas só mudam de CEP.
Trabalho? O que é isso? Faz tempo que não sei o que é ser útil e produtivo. Logo eu que sempre amei a correria do dia-a-dia, fundir a cabeça pensando, discutir projetos... mas nem sempre a gente pega o caminho certo. Apostei numa coisa e no fim essa coisa é o que me faz mais infeliz ultimamente. Não vejo a hora desse ano acabar e eu me libertar. Definitivamente não nasci para comer mosca.
Ontem fui ver Plano de Vôo (Flightplan) com a Jodie Foster. Para ruim não serve, mas fica longe de ser um bom filme. A impressão que e tive foi a de que o filme foi feito as pressas, com diálogos ruins, história previsível e nenhuma química entre os atores. Aliás, foi um dos filmes com menos atores que eu vi na vida. Foras os figurantes do avião, os diálogos são entre a Jodie, o policial, o capitão e as duas comissárias. O resto só largava as já manjadas frases em filmes de seqüestro de avião. Mas uma coisa eu fiquei pensando: por que a engenheira responsável pela estrutura elétrica-mecânica do superavião viaja de classe econômica num vôo Berlin – Nova Iorque?
Voltei para casa e vi o Fantástico do início ao fim. Vi a entrevista da Madonna que milagrosamente foi simpática com a Glória Maria. Depois vi o Sob nova direção e achei graça. MEU DEUS!!!! O que está acontecendo comigo? Ver o Fantástico até vai, mas rir no Sob nova direção....alguma coisa está acontecendo.
Voltei a ler Eva Perón – a madona dos descamisados. Ganhei esse livro da minha amigona Fers há uns 3 anos atrás e nunca consegui me entusiasmar lendo ele. A história me fascina, mas a linguagem do livro cansa. Resolvi lê-lo agora sem me prender a datas ou nomes de pessoas que não tem muito destaque. Funcionou. Coloquei o Código da Vinci de lado, mais uma vez, e agora estou no mundinho de Maria Eva Duarte de Perón – a Evita – e suas artimanhas para conquistar seus objetivos. Quem sabe me motiva?
Meu próximo livro comprarei na Feira do Livro nessa quarta. 102 Minutos, que narra os 102 minutos entre o choque do primeiro avião no World Trade Center até a queda das duas torres. Narra a deficiência da polícia nova-iorquina e os erros de estratégia na hora da evacuação dos prédios.
Ia esperar pela troca de presentes da suíte 1000 mas não agüentarei. Até lá já descubro outra coisa para pedir.
Hoje ganhei o single de Hung Up da Madonna. Louca vontade de dar uma banda de carro ouvindo o cd. Mas no momento, evitarei (sem trocadilhos) fazer algumas coisas que eu fazia muito. Bandas de carro, postinhos, happys, cevas. Estou há dois dias sem fumar. Vou tentar, mais uma vez. Além de 13 anos fumando e sentindo os males do cigarrinho na hora de caminhar uma distância maior que a da porta do prédio ao estacionamento, pagar 5 libras por uma carteira em Londres não me deixa muito a vontade. Vou tentar unir o útil ao agradável. Vou aproveitar a força de vontade da Rê (e seus adesivos) e seguir o exemplo.
Vamos ver no que vai dar.