terça-feira, julho 26, 2005

De repente ...é sempre igual !


Acabo de vir do cinema. Fui ver De Repente é Amor ( A lot of love). Se tivesse pago, teria saído muito brabo.
De repente é mais um filminho água com adoçante que não fede nem cheira. É a mesma história de sempre: opostos se atraem, um nerd e uma descolada, casamentos que quase acontecem, serenata, 1h e 30 de indecisões que acabam aos 47 do segundo tempo.

Nem o charme de Ashton Kutcher e a beleza de Amanda Peet seguram o filme. A começar pela idade dos protagonistas que no início da história não convecem como adolescentes, prova é que, se o espectador reparar, o filme, nos anos iniciais é mais escuro, provavelmente para disfarçar a cara madura do casal (Evita e Sobrou para Você utilizam a mesma coisa).
Kutcher,apesar do jeitão MTV de ser (Punk'ed) é um bom ator (Efeito Borboleta) e Amanda ainda paga o preço por ser estrela de seriado jovem (Jack & Jill). Não há química entre os dois, e salvo raras cenas, o filme cansa. Não emociona, não chora, não ri.

Alguns erros visíveis no filme:
- Emily (Amanda) acende um cigarro na estação do metrô, traga e apaga-o com o pé. Volta a cena para Oliver (Ashton) e lá está ela com o mesmo cigarro inteiro na mão.
- Oliver tem a jaqueta roubada ao experimentar roupas em NY. Por causa do frio (apesar de estar de bermudas) ele tem que comprar algo quente. Ele olha para o bolso e fala: "Vende algo por US$ 20,00?". Logo depois, paga US$ 26,00 pelas bebidas consumidas por eles. Ok, ok, ele podia estar pechinchando, mas por que comprar um moleton azul piscina?
- Oliver evapora com 6,5 milhões de dólares em 2 anos? Vai fazer negócio ruim assim no planalto central..

Quem já se cansou de filmes como Louco por você (Down to You), Amor ou Amizade (Boys and Girls), Ela é demais (She's all that) e outras centenas de genéricos, é melhor fazer uma sessão pipoca e ver os clássicos O Clube dos 5 (The breakfast club), A Garota de Rosa Shocking (Pretty in Pink) e afins.

De repente vale pela trilha. Da versão desafinada de Ashton para I'll be there for you, do Bon Jovi durante a serenata ao som melancólico de Jets, o filme rende um bom CD.
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Ao sair do cinema, troquei mensagens com a Pri, pois ela tinha visto o filme antes. Falei que tinha odiado e ela respondeu que "era filme para cancerianas". Definitivamente para virginianos não era.

1 Comentários:

Blogger Fernanda Souza disse...

É o problema de continuação... acho que é esse o termo. Estudei essa porcaria.

Mas o filme devia ser muito ruim mesmo. Essas coisas a gente só observa quando o assiste mais de uma vez!

4:04 PM  

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