quinta-feira, dezembro 22, 2005

Aconteceu comigo - A carona...

Dando início a saga "Aconteceu comigo", vou contar um episódio patético pelo qual passei há anos atrás, nos primeiros semestres da faculdade.
A primeira festinha particular que eu fui convidado foi um aniversário na casa de uma colega milionária na zona sul, Ipanema. Como não tinha carro e, para variar, sem dinheiro para um táxi, aceitei a carona de uma outra colega, a Bina.
No dia da festa, a Bina me ligou dizendo:
- Adri, já que vamos com o meu namorado e para ele me buscar ele tem que passar na tua casa, ele te pega primeiro e depois vocês vem me buscar.
- Ok. Qual o nome dele?
- Ricardo.
- Que carro ele vem?
- Um Parati vermelha. Fica na frente do teu prédio que ele busina.
- Ok.

Na hora marcada eu estava lá embaixo pontualmente (o que é raro). Meu prédio ficava numa avenida de duas pistas separadas por um canteiro cheio de palmeiras. Parou uma Parati vermelha do outro lado da rua businando, na outra pista. Deve ser o Ricardo, pensei. Atarvessei e quando tava no canteiro, no meio das pistas, o cara olha para mim e fala meio gritando:
- Entra agora.
Eu fiquei meio encabulado, mas vai ver o cara tava com pressa. Esperei um carro passar e ouvi novamente:
- Entra AGORA, porra!
- O que? - disse eu.
- Acabou a palhaçada. Entra nessa merda e vamos embora AGORA.
- Oh, peraí. Nem te conheço e tu fica ai me xingando? - falei ainda no canteiro.
- Se não entrar AGORA, vai dar briga, porra. Não tô a fim de me estressar!!!!
Fiquei completamente catatônico. Como alguém que nunca me viu já chega me largando as patas. Quer saber, eu não ia pegar carona com um louco. Olhei para ele, ainda no canteiro do meio das pistas e falei:
- Quem tu pensa que é para me tratar assim? Eu só pedi uma carona para a Bina, se te custasse tanto, não precisava vir, cavalo.
O cara me olha e diz:
- O que tu está falando, cara?
- Isso mesmo, Ricardo. Isso é jeito de tratar alguém que nem conhece?
- Cara, cala a boca e sai da minha frente. Estou brigando com a minha mulher que está do outro lado da rua e nem sei quem é esse Ricardo, porra.

Engoli a seco, olhei para a outra pista e lá estava a mulher do cara chorando. Provavelmente eles tinham brigado feio e ela saiu do carro. Ele, brabo, seguia ela pela pista que dava mão à direção que ela andava. E eu lá, bem metido jurando que era comigo. Voltei para a minha calçada querendo me enterrar no asfalto. Parou outra Parati com um cara dentro que ficou me olhando. Cheguei perto e falei:
- Por favor, tu é o Ricardo, né?

PS: como eu ia advinhar quem era o cara sem nunca ter visto se na hora marcada, um carro idêntico para e me manda entrar?

3 Comentários:

Blogger Dani disse...

Hahahahahahahahahahahahah
Que coincidência louca!

Uma vez, algo parecido aconteceu com o meu pai, que deixou o carro na porta da padaria, com minha mãe dentro. Aí, chegou um sujeito e estacionou o carro igualzinho na frente do do meu pai.
Passaram-se alguns minutos e, de repente, o cara entra no carro do meu pai, e joga o pão pra minha mãe, que assustada diz: "Ué!?!?!".
O cara olha pra minha mãe, olha pra frente, percebe o engano e os dois caem na gargalhada. É mole??? rs

Beijos!

1:08 AM  
Blogger Fernanda Souza disse...

Adri! Só tem essas histórias inacreditáveis hahhahahahahaha eu ri muito!!!!

Olha só, sempre tô lendo aqui mas só em casa consigo postar comentário por causa daqueles códigos...

E hoje tava assistindo o Jô e tinha um cara com histórias muito engraçados por ele ser considerado muito sem sorte. Acho que vou escrever para o gordo te chamar lá para contar essas aventuras!!!!

hahahahahahah

12:01 AM  
Blogger Matt disse...

He he he......Essa é uma das várias impagáveis que tu tens para contar.

11:24 PM  

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