Desafinado...

Tô ouvindo Like a Prayer ao vivo do Live 8 agora. Amo essa música, acho a letra incrível, a batida impossivelmente não dançante. Li o comenário de um jornalista de um grande jornal gaúcho falando sobre o Live 8 onde ele fala que " Madonna desafinando e com a sua voz fraca fez uma ironia ao G8 ao dizer que "Música faz as pessoas ficarem juntas, une a burguesia e os rebeldes" durante Music numa apresentação memorável."
Ora bolas, no meio de tantos artistas, alguém com mais de 20 anos de carreira conseguir levantar 200 mil pessoas no Hyde Park e emocionar bilhões de telespectadores prova que desafinar é apenas um detalhe. E ela já tinha feito isso 20 anos atrás no Live Aids.
Ter presença de palco e dominar uma platéia tão grande é um dom que poucos tem.
Cantar Ray of Light dançando seria difícil até para a Mariah Carrey com a sua voz de golfinho (hehehe), e voz nunca foi o forte de Madonna. Mas é inegável que ela seja a mulher mais influente da história da música.
Li várias críticas de jornais do mundo todo. Muitos associavam a apresentação dela com a que Freddy Mercury fez na primeira edição do evento.
Em todos a crítica voltava-se a importância do evento para a África e não aos detalhes técnicos de casa apresentação.
Entrou para a história.
Mas, voltemos ao tal jornalista.
Se ele canta puramente bem no banheiro da casa dele, que bom para os vizinhos.
Mas será que se ele desafinasse um 1/15 do que a Madonna desafinou ele não estaria trabalhando num lugar bem melhor do que ele trabalha?
Ganhando mais, com certeza estaria.