sexta-feira, junho 17, 2005

There's a light that never goes out...

Trabalho há anos na mesma empresa. Entre idas e vindas de outros setores, que envolvem diversos prédios, sempre acabo voltando para o prédio no qual comecei. E durante todos esses anos sempre fumo meu santo (maldito) cigarrinho na sacada olhando para o rio e sempre vejo a mesma lâmpada do poste da frente acessa dia e noite, faça chuva ou faça sol.
Todos os dias eu faço o mesmo comentário: "E a lâmpada, hein? Continua acessa. Que desperdício". E sempre penso em ligar para algum orgão público e reclamar, afinal de contas é o meu dinheiro. Liguei? Não, evidentemente.
Mas por que essa lâmpada me incomoda tanto?
Me dei conta que não é a lâmpada, mas sim a rotina de todo o dia me preocupar com ela e nunca fazer nada para mudar a situação.
Parece algo? Sim, metafóricamente falando, essa é minha vida: virei um poste e não me importei se minha luz tava acessa ou não. Foda....
Sempre achei pessoas apagadas uma raça triste, pois se a gente não fizer algo por nós, ninguém mais o fará. Sempre me preocupei em manter a minha luz bem acessa e me jogar nas oportunidades que me apareciam, mas de uns anos para cá vinha sobrevivendo num mundinho que não me seduzia mais. Esse mercadinho da comunicação é brabo, as mesmas pessoas, os mesmos papos e a incrível capacidade que essa gente tem de achar a profissão a mais fantástica do mundo, mesmo ganhando mal, vivendo numa província e participando da dança das cadeiras que é esse mercado.
Se eu gosto disso? Gosto! Muito! Mas antes que isso me transforme em mais um pseudo modernoso-fashion, vou viver um pouquinho mais a minha vida de gente do bem que eu sempre vivi...até 3 anos atrás.

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